sábado, 1 de outubro de 2016

Não jogue seu voto para vereador no lixo

Amanhã será o dia de exercer a sua cidadania e o futuro da sua cidade e nesses dois meses de campanha, vimos boa parte das propostas dos candidatos a prefeitura da sua cidade, principalmente daqui do rio, na qual o colunista desse artigo está escrevendo, mas também precisamos pensar em quem votar para vereador.


Os representantes das Câmaras Municipais não têm poder para determinar, de forma direta, a construção de creches ou a pavimentação de vias públicas e em tempo de campanha, tudo vale, até candidatos de determinadas regiões que fazem promessas, pedem seu voto e depois de eleito somem, retornando novamente em ano de eleição, enquanto nesse período essa região sofre diariamente. Então precisamos entender até que ponto um vereador pode fazer de necessário para nossa cidade.


As funções de um representante da Câmara Municipal é elaborar, apreciar, alterar ou revogar leis municipais. Eles também têm atribuições de fiscalizar a prefeitura, acompanhando a execução do orçamento, e de apreciar as contas do prefeito. Mas de forma indireta, pois não têm autorização para determinar a construção de creches ou a pavimentação de vias públicas e sim solicitar a realização de uma obra para a prefeitura por meio da atividade legislativa — como uma emenda à Lei Orçamentária, por exemplo, que dependerá de votação da câmara.


A competência dos vereadores é exclusivamente municipal. Parece óbvio, mas não custa lembrar e se o candidato prometer instalar no seu bairro um posto da Brigada Militar, órgão de responsabilidade do governo do Estado, desconfie. Muitos dos candidatos falam sobre a questão da segurança pública. Eles até podem tratar desse tema como vereadores, mas apenas fazendo sugestões ou organizando discussões e muitos vem com propostas irreais", aparecendo em todas as eleições, por causa da falta de informação da população.

Então preste muita atenção antes de escolher o candidato, e veja se comprometido com a cidade e com a região que pretende representar, já que ele será um canal de demandas da população e não para interesses comuns, já que em sua maioria só entra para esse intuito, como aqui na cidade do Rio de Janeiro sobre votar o aumento do próprio salário e o desejo de ter um carro oficial.


Então pense bem antes de votar ou reeleger algum candidato e em baixo vou citar alguns candidatos que poderiam ser bom para nossa cidade.


Professor Filipe (27277) – É formado em Geografia, professor de Ensino Médio e vem como candidato pela primeira vez. Nascido e criado em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele acredita que essa região precisa de renovação e de alguém que lute de verdade para essa população. É um bom nome para quem mora nessa região e está cansado dos mesmos nomes.


Cesar Maia (25500) - Foi secretário de Fazenda, deputado constituinte, prefeito por três vezes (1993-1996 e 2001-2008). Tem sido um excelente vereador. Apesar de seu partido ter declarado apoio ao atual prefeito, ainda assim manteve-se como independente e criticando a administração quando devia criticar, inclusive, se declara sem candidato a prefeito.


Jefferson Moura (18123) – Foi candidato a governador em 2010 e eleito vereador em 2014. Ele é redator da CPI das Olimpíadas concorre à reeleição pela Rede e seu empenho e na redução das desigualdades, no aprofundamento da democracia, na luta contra o racismo, contra a homofobia e a violência contra a mulher, defende os direitos da população LGBT e a reorientação dos rumos do Rio, para torná-lo a capital da sustentabilidade.


Tarcísio Motta (50123) – Candidato a governador pelo PSOL em 2014 e com o bordão “tenho rabo de cavalo mas não tenho rabo preso“, Foi professor de história do Colégio Pedro II e teve passagens pela Pastoral da Juventude, por sindicatos e até aulas para o MST. É diretor do bloco Bagunça Meu Coreto.


Marielle Franco (50777) - Marielle tem se destacado, principalmente, na luta pelos direitos das mulheres e no combate à violação de direitos de moradores de favela. Foi premiada, esse ano, com o “4º Prêmio Dandara: Mulheres Sempre Vivas”. Marielle também trabalhou em organizações como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).


Leandro Lyra (30300) – Estudou Engenharia e doutorado em economia. Uma de seus objetivos é reduzir de 20 para 6 assessores. É candidato pelo NOVO com o pensamento de mudar a política carioca.


Reimont (13333) – É candidato a reeleição, Reimont tem uma belíssima história de luta em defesa dos artistas de rua. Também é um dos poucos candidatos a vereador que levantam a bandeira de seu partido. Na Câmara Municipal, liderou a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), desenvolveu atividades na Comissão Permanente de Educação e Cultura e presidiu as Comissões Especiais de População Adulta em Situação de Rua e a de Habitação e Moradia. Liderou duas frentes parlamentares: Em Prol da Democratização da Comunicação e Cultura e da Economia Solidária.


Rocco (43333) - Músico com especialização em gestão de projetos ambientais, Roberto Rocco, de 51 anos, é morador de Botafogo e concorre à Câmara pela primeira vez. Suas propostas se concentram no meio ambiente, com atenção para o Plano Municipal de Saneamento Ambiental.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Entrevista exclusiva com o candidato a vereador da cidade do Rio de Janeiro Professor Filipe



O Blog Razão e Cultura entrevistou na última quarta-feira (28) o candidato a vereador Professor Filipe do PSDC, um  dos professores de geografia mais conhecido na região da Zona Oeste da Cidade.


Professor Filipe é um combativo militante em defesa da educação, além de melhorias na Zona Oeste do Rio de Janeiro e outras pautas como saúde, mobilidade urbana e políticas públicas e esse ano será uma das apostas do PSDC e para aqueles que buscam uma renovação da política e trabalho sério dentro da câmara de vereadores.


Comente sobre a sua história e trajetória política e quais foram os motivos para querer se candidatar?

Comecei a ter contato com a política através do meu pai em 1988 e com tempo também passei a me interessar nesse campo, efetivamente me fazendo escolher ser professor de geografia. Nesse período vi de perto o descaso com a educação e seus profissionais da área, porém minha cidade tem muito mais problemas do que o descaso com a educação. Por isso aceitei o convite para ser candidato.


A mobilidade urbana da região foi prejudicada devido ao encurtamento e fim das linhas por causa do BRT e boa parte da frota não possui linhas com ar-condicionados, além disso, boa parte da população utiliza transporte alternativo como Vans e Moto Taxis. Quais as suas propostas?


A mobilidade da região precisa ser repensada e ser analisada cada caso, mas se eleito lutarei contra o fim das linhas que serão retiradas por causa do BRT, principalmente as linhas que vão para o Centro da Cidade. Outro projeto e o valor único de R$3,80 durante 2 horas e meia e todos os meios de transportes como BRT, metrô, trens, etc.... Interligação dos transportes alternativos com a linhas ferroviárias, criação de bicicletários nas linhas do BRT, além do aumento da malha cicloviárias e o fim da dupla função dos motoristas de ônibus.


Vamos falar de educação, já que foi professor por muitos anos. Qual são seus objetivos para o melhoramento nessa área?


Primeiro corrigir no que está errado como o funcionamento pleno dos colégios municipais existentes e criação de creches e espaço de desenvolvimento infantil (EDIs), além disso, acho importante o acesso de moradores e alunos nas escolas nos finais de semana para o desenvolvimento e qualificação criança e do adolescente, ale do adulto e do idoso como reforço escolar, pré-vestibular e Ensino de Jovens e Adultos, além de cursos extracurriculares como informática, línguas estrangeiras garantindo certificado e outras práticas como esportes, artes marciais e aulas de música. Não podendo esquecer da educação especial e pressionar a prefeitura para a convocação de professores auxiliares e expandir o número de estagiários, além de valorizar os profissionais por meio de formação continuada e aumento de recursos disponíveis. Não só na área de educação, mas também na área da saúde.


Falando em saúde, quais são suas propostas tanto na saúde como na área de políticas públicas?


Para saúde quero implantar o programa nos bairros com equipes multiprofissionais voltada para campanhas de prevenção e diagnósticos de doenças, diminuir as filas de espera para consultas e exames mediante o uso de tecnologias e parcerias com o governo estadual e federal, além de contratar novos profissionais e investimentos nos programas de prevenção a saúde. Outros projetos são ônibus itinerantes nos bairros para realizações de exames, melhorar a cobertura de medicamentos e criação das alas de atendimento infantil, separando das crianças. Nas políticas públicas quero criar um conselho de moradores para que a cidade seja pensada por quem mora no bairro, cobrar o prefeito o saneamento dos bairros, exoneração dos cargos e taxas trabalhistas para criação de mais empregos, retornar com os guardas municipais dentro das escolas e nos bairros garantindo segurança do cidadão e melhoria da iluminação de ruas e praças.


Obrigado candidato, para finalizar, agora fale em poucas palavras o porque da população votar em você?


Sou uma nova opção a uma velha política e vote 27277.

Debate Rede Globo a Prefeitura do Rio de Janeiro

Na noite de quinta-feira (29), foi realizado pela Rede Globo, o quarto e último debate desta corrida para Prefeitura do Rio de Janeiro. O debate foi mediado pela apresentadora Ana Paula Araújo.

Desta vez o programa foi o mais tenso que nos debates anteriores, muito pela conduta da Jandira Feghalli, que continuou adotando uma campanha nacionalizada em relação ao impedimento da ex-presidente Dilma Rousseaf e trocas de farpas entre os candidatos Marcelo Freixo e Pedro Paulo, que estão empatados tecnicamente nas pesquisas de intenções de votos, além dos ataques contra o candidato do PMDB indiretamente e o clima de torcida entre os convidados que estavam na platéia.

O debate teve vários confrontos. No início teve entre Jandira e Pedro Paulo trocando ofensas e cada um pedindo o direito de resposta. Depois foi a vez do Pedro Paulo e Marcelo Crivella, onde o candidato do PRB sugeriu que ele trocasse de partido, além de rebater as alianças com Garotinho e a ligação com Bispo Macedo e a Igreja Universal falando sobre as alianças com PMDB com empreiteiras e a ligação do partido com os casos de corrupção como a Lava Jato. O embate mais tenso no debate foi entre Marcelo Freixo e novamente Pedro Paulo. O candidato do PSOL lembrou das duas mortes ocorridas da ciclovia Tim Maia, além de sempre bater na tecla ao falar do Planeta Pedro Paulo, que rebatei sobre a agressão do assessor de Marcelo Freixo, condenado pela Lei Maria da Penha, que rebateu falando que exonerou seu funcionário, enquanto o candidato do PMDB foi promovido a concorrer as eleições da prefeitura. No final ainda teve o Marcelo Freixo rebatendo a vice do Pedro Paulo Cidinha Campos, que estava na platéia, falando que ela não gostava dele, enquanto a sua neta gostava. Fora isso e o ataques a Pedro Paulo, que ao meu ver saiu derrotado no debate, foi ameno entre os candidatos, principalmente quando se elogiavam e fizeram dobradinha para atacar o candidato do PMDB.

Apesar de um debate mais ideológico do que propostas em prol da cidade algumas coisas foram citadas pelos candidatos, quanto eles não estavam trocando carinhos. 

Agora vamos falar dos candidatos que estavam presentes no debate:

Marcelo Crivella (PRB): Começou com o mantra em sua campanha como cuidar das pessoas. Falou sobre o projeto dos CIEPs criados por Brizola e citando que foi destruída pelo PMDB na época de Moreira Franco precarizando o modelo que pertencia a gestão anterior, também falou sobre a reclamação das pessoas com a péssima qualidade do transporte que afetava a todos os usuários.

Marcelo Freixo (PSOL): Começou o debate criticando a saúde, como o alto número de casos de tuberculose na cidade e prometendo melhorar os salários e as condições de trabalho aos profissionais da saúde e fala que anarquia é o que a gestão PMDB faz em alusão as indiretas do Pedro Paulo, também falou em rever os contratos com as OSs e que não vai fechar a clínica da família. Também questionou sobre o combate as milícias, citando que é máfia e quem sofre são os moradores da Zona Oeste e falar em combater como enfraquecer a economia deles, além disso, falou sobre o desemprego no Rio e falou em investir em grandes obras de saneamento, empregando os moradores dos próprios bairros e de moradia popular no Centro da cidade.

Jandira Feghalli (PC do B): Começou o debate nacionalizado a questão do impedimento da Dilma Rousseaf, recebeu o direito de resposta da Rede Globo, Depois falou em saúde como fazer obra de saneamento e inflaestruturas nas áreas mais urbanas, incorporando as favelas na cidade através do seu projeto Nova Brasil.

Flávio Bolsonaro (PSC): Nada de diferente nos outros debates, começou falando de segurança e armar a guarda municipal, treinar e trazer os reservas do ultimo concurso. Defendeu o Escola Sem Partido e criticando a ideologia de gênero.

Pedro Paulo (PMDB): Começou falando sobre coisas positivas que fez na gestão do Paes e quando foi questionado sobre saneamento, falou que vai usar a iniciativa privada para acelerar o processo e comentou sobre áreas tratadas de uma forma inteligente.

Índio da Costa (PSD): Começou falando em querer entender o que acontece com eleitor sobre os problemas e dificuldades da cidade, prometendo criar um aplicativo de celular. Falou também em limpar a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Alessandro Molon (Rede): Começou o debate se dirigindo aos professores, lembra da repressão da prefeitura e prometendo melhorias na educação e a criação de novas creches na cidade. Falou também sobre o legado olímpico citando Londres que escolheu um dos lugares mais pobres o parque olímpico, criticando o Rio de escolher a área mais rica e aposta no turismo, oferecendo mais empregos, cultura e deixando as ruas mais seguras, além do investimento em coleta e tratamento de esgoto para toda cidade. Falou sobre os gastos públicos e prometeu transparência e fiscalização. Falou sobre aproveitar as universidades e centros de pesquisas para gerar empregos. Sobre segurança, falou sobre um planejamento de segurança pública para cada território onde tem a guarda municipal distribuindo uma forma inteligente em parceria com a Polícia Militar.

Carlos Osório (PSDB): Osório começou atacando as promessas de Pedro Paulo sobre a criação de novas escolas. Falou sobre a regulamentação do Uber, incluindo um limite de carros, além de cobranças de impostos. Prometeu preparar a cidade em todas as esferas, o investimento em saneamento gerando mais ou menos 58 mil empregos.

O que esperar nas eleições?

Foram menos de dois meses de campanha, quatro debates televisivos e outros debates em diversos lugares na cidade, várias sabatinas e campanhas diárias. Apesar do esforço de cada candidato, a nacionalização na eleição da cidade foi o mais comentado, além da segurança e dos processos que alguns deles tem, não esquecendo os padrinhos de cada um que podem dar e tirar votos dos candidatos e a polarização direita e esquerda tão comentado nos últimos anos. Oito candidatos com chances, mas somente dois chegarão no segundo turno. Crivella é quase certo, tem poucas chances de vencer no primeiro turno, mas acho improvável, assim como não chegar ao segundo turno. Freixo e Pedro brigam pela segunda vaga, mas o candidato sofre pela rejeição da população com a esquerda, além da própria divisão dela. Pedro Paulo pela questão em relação a sua ex-mulher e queda da popularidade do prefeito Eduardo Paes, em que ele fez parte. Creio que Jandira e Índio tem pouquíssimas chances, assim como Osorio e Molon, porém o ultimo citado foi bem no ultimo debate e pode “roubar” votos do Freixo e da Jandira. Bolsonaro corre por fora, mas pela popularidade do seu pai e falta de ordem onde muitos querem de volta, além nas regiões mais pobres que sofrem com alto índice de violência. Dia 2 está em aberto e falarei sobre isso após a eleições. 

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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domingo, 11 de setembro de 2016

Debate Rede TV a Prefeitura do Rio de Janeiro


Na noite de sexta-feira (9), foi realizada pela Rede TV em parceria com UOL, Veja e Facebook, o segundo debate desta corrida para Prefeitura do Rio de Janeiro. O debate foi mediado pelas apresentadoras Mariana Godoy e Amanda Klein e contou também com a participação de jornalistas dos três veículos de comunicação que participaram do evento realizando pergunta aos candidatos, além da pergunta da população.

Desta vez o programa foi mais tenso que no primeiro debate realizado pela TV Bandeirantes (Clique aqui), muito pela conduta da Jandira Feghalli, que adota uma campanha nacionalizada em relação ao impedimento da ex-presidente Dilma Rousseaf e trocas de farpas entre os candidatos Marcelo Freixo e Flávio Bolsonaro, além do Crivella e Indio da Costa, como no primeiro debate realizado pela Band.

Apesar de um debate mais ideológico do que propostas em prol da cidade algumas coisas foram citadas pelos candidatos, quanto eles não estavam trocando carinhos. Abaixo segue algumas análises:

Educação: Apesar de ser um dos principais temas da cidade e um dos principais problemas, poucos foram a propostas apresentadas pelos candidatos, mas todos focaram na educação integral. Pedro Paulo usou as escolas criadas pela gestão Paes, como os EDIs e prometeu criar mais escolas, ampliando para regiões da Zona Oeste e Zona Norte. Outra questão citada foi a Escola Sem Partido do Flávio Bolsonaro, alegando que há uma doutrina ideológica nas escolas e que se o aluno for contra a posição do professor, leva uma nota zero. Nessa questão, Alessandro Molon falou em interligar o ensino com as vilas olímpicas e as Naves do conhecimento, colocando mais atividades aos alunos e evitando que fiquem nas ruas, como a preocupação de segurança perguntada por uma telespectadora.

Mobilidade Urbana: Como morador da Zona Oeste, creio que a região foi uma das mais prejudicadas e a menos citada no debate. Para Pedro Paulo ouve uma grande transformação nos transportes públicos com a criação dos BRTs e do VLT e com isso sofreu ataques com a ampliação do VLT até a Gávea. A mobilidade foi um tema que deixaram a desejar e não aprofundaram nos debates, pois muitos resolveram atacar a ligação da gestão PMDB com os cartéis dos ônibus e a única coisa citada foi a relação das vans que não foram legalizadas e que seria importante para o tema na questão do uso dos modais. Outra polêmica que tem envolvido muitas cidades do mundo e no Rio não seria diferente, foi a questão do UBER, onde Pedro Paulo se posicionou contra e a favor dos taxistas, enquanto o outros candidatos se posicionaram a favor.

Segurança: É um tema restrito e pouco a prefeitura pode fazer já que o assunto pertence ao Estado e Governo Federal, porém querer armar a Guarda Municipal como o Flávio Bolsonaro, que na sua visão serviria para proteger a população de pequenos delitos. Em outra visão vem o Pedro Paulo falando em equipar e treinar, além de colocar a guarda presente em alguns bairros contra pequenos furtos, enquanto Molon defende que as ruas deveriam estar iluminadas, pois estariam cheias e teria uma diminuição de crimes.

Agora vamos falar dos candidatos que estavam presentes no debate:

Marcelo Crivella (PRB): Começou criticando a falta de saneamento do governo anterior, prometendo resolver o problema, além da coletagem do Lixo e Gari comunitário, além da uma dobradinha com Freixo citando a denúncia, revelada por VEJA, de que o programa de governo do candidato do PMDB é copiado de um estudo pago pela prefeitura por 7 milhões de reais. Também falou sobre o sistema funerário e o alto custo de pagar o velório, além de criar uma parceria com a Santa Casa, também criticando a demora de enterrar os mortos e a falta de vagas nos cemitérios escolhidos.

Marcelo Freixo (PSOL): Começou falando sobre a falta de inspetores e porteiros nas escolas públicas, além de criticar a questão de armar a guarda municipal, mas não respondeu sobre os moradores de ruas.
Jandira Feghalli (PC do B): Falou pouco e decidiu atacar os adversários que foram a favor de impedimento, além de defender o fim das OSs, a criação de um terceiro turno nas clinicas da família.
Flávio Bolsonaro (PSC): Pouco fez e foi mais ideológico do que apresentou propostas, decidiu atacar o índio da Costa por causa das doações, defendeu em arma a guarda municipal, criticando as propostas dos adversários em questão da iluminação. Falou também da doutrinação partidária e defesa do Escola sem Partido, além da política de drogas com a ajuda das igrejas, onde do meio do debate resolveu se denominar batista.
Pedro Paulo (PMDB): Sofreu ataque de todos os lados e continuou com as mesmas propostas do debate anterior: Falou em criação de novas escolas, afirmou ser contra o Uber defendendo os taxistas e prometendo melhor seus serviços e falou em equipar e treinar a guarda municipal, além de colocar a guarda presente em alguns bairros contra pequenos furtos.

Índio da Costa (PSD): Começou falando que trocaria dez olimpíadas por melhoria da vida do carioca, respondeu o Flavio Bolsonaro sobre as doações e criticando o marketing de extrema direita feita pelo adversário e falou que além da educação em tempo integral, citou a importância das naves de conhecimento e das vilas olímpicas para tirar as crianças da rua.

Alessandro Molon (Rede): Começou o debate falando sobre o Pedro Paulo e outro planeta que ele vive, menos na cidade do Rio de Janeiro. criticou aqueles que não respeita as pessoas com deficiência, falando sobre as calçadas da cidade interligar a guarda municipal com a polícia, além de defender a iluminação pública e a política de esportes para as comunidades como forma de combater o tráfico.

Carlos Osório (PSDB): Falou sobre a licitação das vans que não atende a população, em terminar a indústria de multas investindo em tecnologias nos sinais.

Ainda acho complicado de ter uma opinião sobre o debate, mas o que vimos é que a política federal influenciará e muito até o dia das eleições e por mais que alguns ainda não querem colocar em seus planos, fica sendo obrigado a debater. Outro ponto é a segurança, que é de importância estadual ser o principal tema dos candidatos. A educação não sai da velha promessa da Escola Integral e a mobilidade e saúde está nas mãos de Cartéis e OSs, mas com poucas promessas para aprimorar essas áreas.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.


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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Pobre Democracia Brasileira


Desde 1889 quando o Brasil proclamou a república e se tornou um país democrático, muitos presidentes não conseguiram completar os seus mandatos e apenas três foram eleitos e terminaram seu mandato: Juscelino, Fernando Henrique Cardoso e Lula, entretanto, o país que segue o sistema presidencialista, onde deveriam terminar o seu mandato não consegue por causa de interesses de determinados grupos e o enfraquecimento da sua base aliada, obrigando a renunciar ou ser impedido, como o ocorrido na ultima terça-feira com o impedimento da presidente Dilma Rousseaf (Clique Aqui), entrando para mais uma história triste da nossa democracia brasileira, que desde o marechal Deodoro da Fonseca, derrubado pelas Forças Armadas depois de fechar o Congresso, até Fernando Collor de Mello, que renunciou em 1992 após ver seu impeachment aprovado pela Câmara, antes do ocorrido com a Dilma.

Abaixo os presidentes que foram impedidos ou renunciaram:

Marechal Deodoro da Fonseca (1891) 

O marechal liderou o levante das Forças Armadas que derrubou Dom Pedro 2º em 1889, se tornando o primeiro presidente da República, porem seu governo durou apenas dois anos governou provisoriamente até fevereiro de 1891, quando foi eleito indiretamente, mas sem apoio dos parlamentares, fechou o congresso. Outro marechal, o vice-presidente Floriano Peixoto, contou com apoio da Marinha, obrigando a Deodoro, que acabou renunciando. 

Washington Luís e Júlio Prestes (1930)
Eleito em 1926, Washington Luís foi o último presidente da República Velha, conhecida pelo domínio das oligarquias paulista e mineira no poder. Washington Luís enfrentou a crise internacional de 1929, que afetou diretamente a exportação brasileira de café, e resistência dos militares, mas conseguiu eleger seu sucessor, o então governador paulista, Júlio Prestes, no pleito de 1930, que venceu a eleição em março, derrotando Getúlio Vargas, em um pleito marcado por denúncias de fraude e rachas entre as oligarquias. Com a derrota e apoio dos militares, Vargas foi até a capital exigir a saída de Washington Luís, deixando o Palácio do Catete preso, rumo ao Forte de Copacabana. 

Getúlio Vargas (1945 e 1954) 

Líder da revolução de 1930, Vargas foi presidente do Brasil até 1934 de forma provisória. Depois foi eleito de forma indireta ficando até 1938, porém no anterior ele estabeleceu o Estado Novo, ficando até 1945, mas sem apoio e enfrentando uma forte oposição, reestabeleceu a democracia, permitindo a volta dos partidos e convocando novas eleições, porém, foi deposto sem ter os direitos cassados, sendo eleito como senador até 1951, quando foi eleito novamente presidente, mas com oposição de militares, empresários e de políticos, como Carlos Lacerda, da UDN e em meio a denúncias de corrupção envolvendo seu governo, Vargas enfrentou e superou um processo de impeachment em junho de 1954. Em 5 de agosto, no entanto, a situação se agravou após o Atentado da Rua Tonelero contra o Lacerda, que vitimou o major da FAB Rubens Vaz. O ato foi supostamente orquestrado pela segurança de Getúlio. Mesmo acuado por políticos e militares, ele se recusou a renunciar e sem alternativas deu um tiro no peito no Palácio do Catete em 24 de agosto. Sua morte provocou comoção popular e reverteu a onda de rejeição a Vargas por causa das polêmicas em seu segundo mandato, levando o presidente ao status de herói nacional. 

Carlos Luz (1955) 

Com a morte de Vargas, o vice-presidente Café Filho assumiu o cargo, mas a tensão política persistiu e nas eleições de 1955, venceu a chapa formada por Juscelino Kubitschek (PSD) e João Goulart (PTB), por uma pequena vantagem sobre Juarez Távora (UDN). Com a derrota, a UDN e a oposição tentou articular um golpe para evitar que Juscelino assumisse o poder e em novembro de 1955, 50 dias antes da posse de JK, Café Filho se afastou por motivos de saúde. O presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, herdou o cargo interinamente, mas foi deposto três dias depois pelo general Henrique Lott, com apoio do Congresso, pela acusação de conspirar contra JK. "Carlos Luz disse que o Juscelino não podia ser considerado legítimo conseguindo só 35% dos votos", tentou reagir, mas desistiu. Com o país em estado de sítio, Nereu Ramos, vice-presidente do Senado, assumiu o cargo até a posse de JK. 

Jânio Quadros (1961) 

De ascensão meteórica, Jânio venceu as eleições de 1960 com apoio da UDN e votação recorde, mas desde o início sofreu forte oposição no Congresso, mesmo com promessa de caçar os corruptos, caiu no mesmo ritmo da alta dos preços no país e ainda reatou as relações com a União Soviética e homenageou Che Guevara, desagradando militares, os Estados Unidos e a UDN, preocupados com a relação de Jânio com países e líderes socialistas, ficando sem apoio do Congresso, renunciando em 25 de agosto de 1961 e o vice-presidente João Goulart assumiria a presidência.

João Goulart (1964) 

João Goulart, ex-ministro de Vargas ligado ao sindicalismo, sofria uma oposição ainda maior, tanto civil quanto militar que Jânio Quadros. Goulart estava na China no dia da renúncia de Jânio e só voltou quando o Congresso aprovou uma emenda institucional que instaurou o parlamentarismo. Em janeiro de 1963, Jango convocou um plebiscito que decidiu pelo retorno do presidencialismo, retomando seus poderes de presidente. Mesmo assim, Goulart continuou sem apoio parlamentar e tentou mobilizar as classes populares para conseguir governar. Em março de 1964, com o país polarizado, Jango discursou na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, falando sobre a intenção de promover a reforma agrária, provocando a ira dos militares, empresariado, Igreja Católica, imprensa e setores conservadores que se uniram, sob o temor das reformas de base e de um regime socialista, e Goulart foi deposto pelo Exército entre 31 de março e 2 de abril, quando partiu para o Uruguai.

Fernando Collor (1992) 

Primeiro presidente no poder ficou menos de três anos no poder. O país enfrentava um momento de grave crise econômica, com hiperinflação, e as primeiras medidas de Collor para conter a recessão foram congelar preços e salários e confiscar os depósitos bancários, perdendo o apoio popular e do Congresso e com as denúncias de um esquema de corrupção comandado por Paulo César Farias, seu tesoureiro na campanha presidencial, abalaram o governo, que sofreu um processo de impedimento. Em meio a grandes manifestações pela saída de Collor, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 29 de setembro de 1992, sendo afastado da presidência, dando lugar ao vice Itamar Franco. Collor renunciou em 29 de dezembro, um dia antes de o Senado votar a favor do impedimento e da perda de mandato.

Depois do impedimento do Fernando Collor, Fernando Henrique e Lula sofreram diversas pressões e sobreviveram a vários entradas processos de impedimentos, mas com a base aliada fortalecida, não foram para frente, coisa que não ocorreu com a Dilma, que no decorrer da história da nossa democracia, se viu enfraquecida, sem apoio popular e do congresso, se tornou mais um da lista dos presidentes que perderam o seu mandato e apesar do que vimos nesse artigo, foram vitimas de um jogo político que em vez de solucionar as crises que o Brasil viveu, aceitando o mandato até o fim, conforme pede o presidencialismo, preferem pressionar até que seja impedido ou renunciado e parece que será assim em nossa democracia, que infelizmente é triste e ninguém deve querer mudar.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

1º Debate BAND para Prefeitura do Rio de Janeiro


Dia 23 começou a campanha eleitoral para os municípios e ontem, como de tradição, foi realizado o primeiro debate entre os candidatos a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro na TV Bandeirantes.

Apesar de ser um debate municipal, os assuntos relacionados ao processo de impedimento da presidente Dilma Roussef e ideológicos se tornaram o ponto negativo, pois foram feitas de ataques e ofensas entre os candidatos, tirando isso alguns e poucos pontos foram comentados pelos candidatos, sem comentar o ocorrido com Flávio Bolsonaro após passar mal no meio do debate e sobre o que ocorreu após com a Jandira Feghali ao tentar socorrer o candidato.

Mobilidade: É um dos grandes problemas da cidade do Rio de Janeiro e nos últimos anos pouco se mudou e muito se criou. A criação do VLT e do BRT pode até sido algo positivo, mas infelizmente não passa pela cidade toda e algumas regiões como nos bairros de Bangu, Realengo e Marechal Hermes não foram beneficiados e, além disso, algumas linhas de ônibus foram cortadas e reduzidas obrigando os usuários de utilizarem o BRT e maiorias das oportunidades pegam até três ônibus para chegaram no lugar desejado.

Algumas pautas foram comentadas, principalmente a polêmica envolvendo entre o táxi e o uber, além do transporte alternativo como as vans, que chegariam às comunidades mais distantes em integração ao BRT e a linhas ferroviárias como trem e metrô. Outra pauta citada foi a ampliação da Transbrasil, que ainda está em obra e a criação da transuburbana, ou seja, seguem na política de criação, mas não de melhoramento, assim como os problemas nas linhas de ônibus, que em alguns lugares estão em situações precárias, enquanto outras regiões tem uma estrutura superior como ônibus com Ar Condicionado. A mobilidade é muito importante para a cidade e não pode ser tratada como fonte de ganhar votos e dinheiro, como tem acontecido nos últimos anos.

Educação: A educação foi um dos temas menos debatidos, porém foram citados alguns temas como a contração de professores na educação especial onde pouquíssimos foram chamados do ultimo concurso e o horário de período integral, tão comentado pelo os candidatos. Outro fato citado, contratação de 15 mil professores,além da integração ao esporte e ao meio ambiente, fora isso, poucas pautas em relação a educação foram citadas.

Habitação: Muitos citaram o Porto Maravilha, alguns foram direto citandos que foi uma região criada para a especulação imobiliária. Outros citaram a importância de gerar moradias e empregos na região da Leopoldina, Avenida Brasil e na Zona Oeste para que a escolha seja das pessoas e não do mercado, além da melhoria nas comunidades mais carentes.

Segurança: Segurança foi a pauta mais comentada entre os candidatos e nas redes sociais, se tornando o tema principal no debate. Os candidatos falaram de como podem melhorar essa como armar a guarda municipal e o uso de pequenos delitos, não só como reepreção ao comércio informal que são os camelôs. Outros citaram em investir em educação para investir também na segurança e outros em criar uma parceria com outras forças de seguranças, além de melhorar a iluminação da cidade deixando as ruas mais seguras e cheias.

Colocadas essas observações sobre o pouco que se debateu de prático, vamos a análise de cada candidato.

Marcelo Crivella (PRB): Apesar de alguns ataques, Crivella focou em investir nas áreas mais pobres, convocar os professores na educação especial no ultimo concurso, integrar todas as forças de segurança, além de propor que a Guarda Municipal seja mais ativa em relação a pequenos delitos e não somente retirando mercadorias dos camelos, porém negou o uso de armas, como outros candidatos. Ele também rebateu os ataques e relembrou as eleições que foi derrotado pelo pezão, além de relembrar o escândalo da merenda na cidade.

Flávio Bolsonaro (PSC): Filho do presidenciável Jair Bolsonaro, o cândida participou somente da metade do debate até passar mal e ser retirado do debate, mas fez pouco no debate, falando apenas em armar a guarda municipal. A única parte positiva do candidato foi a legalização do UBER e sobre o transporte alternativo que facilitaria o acesso nas estações ferroviárias como trem e metrô.

Jandira Feghali (PC do B): Parece que a intenção da candidata do PC do B é nacionalizar a campanha. Parece que ela falou golpe mais vezes que o Los Hermanos na música Pierrot. Não mediu ataques contra os adversários que votaram a favor do impedimento da Dilma, além de rebater as vaias da plateia. Os pontos positivos foram apenas na questão de revitalizar a zona da Leopoldina e o passe livre social que deverá ser o principal tema da sua campanha, além de lutar contra os empresários do ônibus.

Calos Osório (PSDB): Pouca representatividade nos debates e muito ataque. Não soube responder as falhas dos transportes, onde foi secretário na gestão do Eduardo Paes e resolveu atacar seu antigo chefe como se não fizesse parte dele.

Índio da Costa (PSD): Falou nada de útil, apenas atacou, lembrando que o Crivella é sobrinho do Macedo e da sua gestão como ministro da pesca. Enfatizou falando em segurança como a criação de mais uma secretaria, foi mais um em querer legalizar o UBER e também atacou os empresários de ônibus.

Alessandro Molon (Rede): Sem dúvidas foi o melhor do debate. Não sofreu ataques, não utilizou a imagem da Marina, que talvez trará mais votos e conseguiu em meio de ataques apresentar propostas. Suas pautas é criar uma economia criativa focada na cultura, uma gestão com transparência junto a população. Falou em investir na educação como forma de investir também em segurança, além da melhoria das ruas com ruas iluminadas além de defender moradia próxima ao trabalho, prometendo emprego na Zona Oeste e revitalizar as Zonas Urbanas.

Pedro Paulo (PMDB): Foi atacado em todos os lados e manteve a postura de todo candidato do partido. Falou do legado das olimpíadas, do BRT e do VLT, mas não falou algo de inédito ou alguma de melhorar a cidade. Falou em contratar novos professores, além de novas escolas do amanhã e colocar e, período integral, comentou sobre a ampliação da Transoeste, que nem pronta está, para Santa Cruz e da Transuburbana de Sulacap ao Centro. Não falou sobre as áreas abandonadas na gestão Paes e apenas falou o mundo de fantasia do Rio de Janeiro que só ele vive.

Marcelo Freixo (PSOL): Fora do debate devido a regra da minireforma, Freixo fez um debate na Cinelândia e a hastag #FreixoNoDebate foi uma das mais comentadas no twitter. Focando no que ocorria no debate da TV. Em suas pautas, criticou a dupla função dos motoristas de ônibus e a queda de empregos na área, falou em capacitar os taxistas e criticou a exploração brutal que sofrem, mas também defendeu a legalização do Uber, além de apresentar propostas para educação, saúde e saneamento básico, mas foi menos enfático em falar de mobilidade.

Sobre a legislação que não teve a participação do Marcelo Freixo, o STF emitiu um novo decreto que os canais podem chamar os candidatos com representatividade nos debates, sem aprovação de outros candidatos, assim, Marcelo Freixo deverá está nos debates dos próximos canais.

Não sei se a partir desse debate poderá ter algumas mudanças ou estratégias, mas creio que a política nacional e o resultado do impedimento de Dilma Roussef pode atrapalhar alguns candidatos, além da rejeição de outros candidatos por questões ideológicos e outras questões. Não sei se esses debates influenciará por exemplo as próximas pesquisas e ver se algum nome terá algum  crescimento, mas ainda é cedo de planejar quem chegará ao segundo, já que será bem nivelado e dependendo do que acontecer nos debates, tudo pode acontecer.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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sábado, 30 de julho de 2016

Após 27 anos, Atlético Nacional é bicampeão da Libertadores


Em 1989 (Clique Aqui), a Colômbia conquistaria o primeiro título da Libertadores. Esse título seria do Atlético Nacional, conquistado nos pênaltis sobre o Olímpia. 27 anos depois, o clube Colômbia conquista a sua segunda taça do principal torneio da América do Sul, agora de forma tranquila e com a melhor campanha de todo o torneio, o primeiro conquistado em Medellín, já que em 89 foi conquistado em Bogotá.

Talvez na visão de muitos, a conquista do Nacional seria uma surpresa, comparando com o baixo nível dos clubes brasileiros no torneio, porém, quem acompanha o futebol colombiano e latino, colocou o clube como um dos favoritos, sacramentado na data de 27 de julho de 2016. O planejamento do clube para conquistar a taça começou mais ou menos quatro anos atrás.

Confirmando o favoritismo, A equipe mostrava que viria bem forte no na primeira fase do torneio com as equipes do Peñarol, Huracán e Sporting Cristal, se classificando como primeiro do do grupo e geral com 12 gols marcados e nenhum gol sofrido, obtendo cinco vitórias e um empate. Nas oitavas, o adversário foi novamente o Huracán. A primeira partida foi 0x0, enquanto no jogo de volta, a vitória por 4x2 garantia o Verde nas quartas de final e o adversário seria novamente outro argentino, o Rosario Central.

Nas quartas de final, as duas equipes que apresentaram o melhor futebol da Libertadores. O Rosário venceu por 1 a 0, em casa, tirando a invencibilidade do Nacional, mas na segunda partida, a equipe colombiana vencia apenas por 2 a 1, garantido vaga a equipe argentina, porém, nos 50 minutos Berrio fez o gol da classificação.

Na semifinal o adversário foi o São Paulo, que seria a surpresa pelo que estava apresentando no torneio, mas sem os principais jogadores, a equipe paulista perdeu em casa por 2x0 e 2x1 em Medellín e como na semifinal de Copa Sul Americana em 2014, a equipe colombiana eliminou novamente a equipe paulista em mais uma semifinal do torneio intercontinental.

Depois da eliminação nas quartas em 2014 e nas oitavas ano passado, enfim o Nacional chegou na final, enfrentando o surpreendente Independiente del Valle, mas o favoritismo foi confirmado. Na primeira partida foi 1x1, mas a decisão em casa, a partida foi 1x0 com o gol de Borja garantindo o segundo titulo para equipe colombiana.

Sem essa conversa cartel de drogas e Pablo Escobar. O Atlético Nacional fez um trabalho de longo prazo, que vem dando resultado agora. Reinaldo Rueda deu seqüência ao trabalho do Osorio e com bom jogadores como Mejía, Moreno e Miguel Borja, com a experiência de Macnelly Torres, garantindo a segunda taça para equipe colombiana que dessa vez foi bem merecida e quebrando recordes fazendo 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota, jogando um belo futebol e foi assim que o Atlético Nacional se tornou a melhor equipe da América do Sul de 2016.


Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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domingo, 24 de julho de 2016

Meus amores não correspondidos


Texto Publicado no Wattpad Entre Crônicas e Contos

Sexta-feira, fim de mês e eu aqui mais um dia, bebendo vinho e ouvindo um bom som. Nesse momento está chovendo e como todos os dias, estou só, apenas com meus pensamentos. Olhando pela janela, vejo a rua, tão movimentada, deserta, porém vejo outra janela, um casal em um belo jantar romântico.

Ao ver essa imagem, lembro de mim, dos momentos que não tive e dos amores não correspondidos que passaram em minha vida. Nesse momento, toca love for sale, da Billie Holiday, então coloco mais uma taça de vinho, acendo um cigarro e começo a lembrar dessas paixões então, incompletas.

A primeira paixão foi Aline. Tinha mais ou menos doze anos e Aline seria minha colega de classe e minha companheira nos trabalhos de casa e dos lanches do recreio. Lembro até hoje, dos cabelos castanhos, os olhos protegido pelas lentes dos óculos. Tanto eu como Aline, não sabíamos que era amor e na época nem sabíamos o que seria beijo na boca, mas fomos grandes amigos, porém na passagem de ano, ela mudou de cidade e nunca mais tive contato. Na fase dos 15, veio Melissa, uma linda moça, esbelta, com cabelos cacheados até o ombro. Ela foi um amor relâmpago, porém nunca falou comigo ou me deu oportunidades de conversar, porém gostava de tudo do que ela falava, onde lembro do gosto musical, onde conheceria Elis Regina, Tim Maia e entre outros. O amor pela Melissa foi rápido quando veio Andressa, uma amiga de longa data, que por anos tocávamos confissões, porém nunca tive oportunidade, pois sempre fui um simples amigo.

Dos amores não correspondidos, vieram os amores que não duraram. Thaissa, quatro anos de namoro, mais brigas familiares e pessoais terminou o que poderia dar certo e depois veio Juliana, meses de um relacionamento casual, ótima de conversa, mais chegada aos meus pensamentos, mas os caminhos opostos não foram adiante. Anos depois vieram outras pessoas, novas chances de amar, mas não tiveram um final feliz eu aqui estou sozinho novamente.

Não sei o que possa esperar do destino, não sei se terei alguém novamente ao meu lado. Não creio na teoria do sapato velho para um pé cansado, ainda mais nessa sociedade onde as aparências em estão bem acima de qualquer coisa. Mesmo assim, sinto que há um pouco de romantismo em alguma parte escondida em meus pensamentos. Não sei se sou o último romântico como a música do Lulu Santos, mas quem sabe um dia eu possa ter uma nova oportunidade de amar novamente e quem sabe, ser correspondido, diferente das histórias anteriores de “mi vida”.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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