segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Da reforma protestante ao movimento pentecostal


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)



No dia 31 de outubro, o mundo protestante comemora mais um no da famosa reforma protestante. Muitos tempos antes desde o tempo da criação da igreja católica aconteceram alguns movimentos que não aceitavam o poder da igreja católica e do próprio Papa. Mas desde quando Lutero colocou as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, houveram se muitas divisões dentro de mundo protestante, onde hoje, como por exemplo no Brasil, temos o movimento pentecostal e neo pentecostal onde mais cresce.

Tudo se inicia basicamente com a pré reforma que tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.

Apesar de acontecer a reforma protestante, muitos daquela época continuaram com algumas práticas da igreja católica como a inquisição protestante, a guerra dos trinta anos, o anti-semitismo, as brigas recentementes na Irlanda do Norte e no Brasil, a famosa Bancada Evangélica e a perseguições as religiões Espiritualistas e o movimento GLBT.

Com a reforma, houve retorno às Escrituras Sagradas  e, portanto, ao Cristianismo primitivo e apostólico -, entendemos que esse movimento, na prática, dividiu os cristãos ocidentais em Católicos e Protestantes que aconteceu até os meados do século XX não havia uma terceira opção para o Cristão. Até chegar ao movimento pentecostal, houve se muitas mortes, intrigas e algumas separações.

Após de da reforma protestante com Lutero, o protestantismo começou a difundir por toda parte da Europa com o João Calvino e os Calvinistas, A Dinamarca passou a ser protestante com o reinado de Cristiano III que com sua soberania se estendeu na Noruega e Suécia, onde na Noruega, soldados Luteranos demoliram algumas igrejas católicas e bispos foram expulsos. A reforma também chegou a países como Finlândia e Hungria que se difundiu através de diretrizes étnicas e na França com os Huguenotes, onde depois houve vários massacres, e muitos dizem que foi talvez o estopim de ideologias como o iluminismo e o próprio deísmo.

Com passar do tempo, a reforma protestante havia dividido a Europa em duas partes. Os estados católicos e os estados protestantes onde a divisão percorria o próprio Sacro Império Romano: a maior parte dos Estados alemãs setentrionais tornou-se luterana ou calvinistas, enquanto os meridionais continuaram com Roma.

Nesse período houve a guerra dos trinta anos e o crescimento do protestantismo, houve também a famosa inquisição protestante que apesar quantidade de registros literários dos próprios protestantes é vasta, porém, estranhamente ocultada pelos livros escolares, pela imprensa e mídia em geral. Muitas vezes vemos o que é omitido pelo lado protestante sendo por esses veículos, atribuídos maldosamente à Igreja Católica.
- O próprio Lutero nos legou o relato dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta, dizia: “(...) os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).

Logo a mentira, a omissão e o falso testemunho se tornaram a coluna da doutrina dos pseudos “reformadores” protestantes.

A crueldade foi especialmente severa na Alemanha protestante. As posições de Lutero, contra os anabatistas, causaram a morte de pelo menos 30.000 camponeses.

Calvino, pai dos presbiterianos, mandou queimar o espanhol Miguel Servet Grizar, médico descobridor da circulação sanguínea. Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu evadir-se da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira, por decisão de um tribunal eclesiástico sob direção do próprio Calvino. A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo e crueldade.

Se os protestantes do passado nenhum valor davam a essas muitíssimas vidas ceifadas no fogo, muito menos valor dão os protestantes de hoje, que por ignorância, orgulho ou omissão, se escusam de um simples pedido de perdão, para não ter que admitir as iniqüidades que falaciosamente atribuem aos outros.
Sem falar que os reformadores brigavam entre si...

Lutero disse: “Ecolampaio, Calvino e outros hereges semelhantes possuem demônios sobre demônios, têm corações corrompidos e bocas mentirosas”. Por ocasião da morte de Zwínglio, afirmou: “Que bom que Zwínglio morreu em campo de batalha! A que classe de triunfo e a que bem Deus conduziu os seus negócios!”, e também: “Zwínglio está morto e condenado por ser ladrão, rebelde e levar outros a seguir os seus erros”.

Zwínglio também atacava Lutero: “O demônio apoderou-se de Lutero de tal modo que até nos faz crer que o possui por completo. Quando é visto entre os seus seguidores, parece realmente que uma legião o possui”.

Acerca da Reforma, disse Rousseau: “A Reforma foi intolerante desde o seu berço e os seus autores são contados entre os grandes repressores da Humanidade”. Em sua obra “Filosofia Positiva”, escreveu: “A intolerância do Protestantismo certamente não foi menor do que a do Catolicismo e, com certeza, mais reprovável”.

Talvez essa entre os próprios reformadores, tenha causado uma divisão no mundo protestante que posteriormente surgiu os movimentos pentecostais e neo pentecostais.

Toda história surge de uma outra história. Muitos lideres de igrejas pentecostais vieram de igrejas protestante tradicionais. Igrejas como Luterana, Calvinista, Presbiteriana, Metodista e batistas, onde são as mais antigas.

O pentecostalismo está dentro de um gênero de manifestação religiosa que chamamos de entusiasmo religioso. Entusiasmo vem de “en” (prefixo que significa dentro) e “Theos”, que é Deus, e significa Deus dentro, sendo uma palavra de origem religiosa. E as manifestações entusiásticas ou carismáticas, como também são chamadas, têm ocorrido no cristianismo desde seus primórdios. A primeira que se conhece na história da igreja foi o movimento montanista, na segunda metade do segundo século, mais ou menos por volta do ano 170. Esse movimento ocorreu na Ásia menor, atual Turquia, numa região chamada Frigia, e o fundador foi o profeta cristão Montano, que se considerava o porta-voz do Espírito Santo, e anunciou para breve o fim do mundo. Ele era acompanhado por duas profetisas: Maximila e Priscila. Era um movimento tipicamente carismático, apelando para novas revelações, relativizando o valor da igreja, dos bispos e da própria Bíblia. Mas, depois, ao longo do tempo, da Idade Média, houve muitos movimentos desse tipo, movimentos pequenos, que acabavam sendo objeto de forte repressão por parte da igreja oficial, e não duraram muito tempo. Com certeza, depois da Reforma Protestante, multiplicaram-se essas manifestações entusiásticas, principalmente em conexão com avivamentos. O pentecostalismo tem uma genealogia. É filho de um movimento, surgido nos Estados Unidos, chamado Holiness, ou santidade; este, por sua vez, é filho do metodismo, que é filho do anglicanismo. Essa seria a genealogia do movimento pentecostal.

O surgimento do chamado pentecostalismo moderno – porque houve algumas manifestações do tipo pentecostal em outros séculos da história da Igreja - surgiu nos primeiros anos do século XX, exatamente a partir de 1901, em diferentes pontos dos EUA. Houve uma primeira manifestação no estado do Kansas, na cidade de Topeka, mas o que deu realmente notoriedade e fama para o movimento pentecostal inicial e o que começou a torná-lo um movimento internacional foi o famoso Avivamento da Rua Azusa , em Los Angeles, em 1906. Esse episódio se deu sob a liderança de um pastor negro chamado William Seymour . Como tinham pessoas de muitas etnias e nacionalidades participando deste avivamento da Rua Azusa, isso contribuiu para a rápida difusão do movimento, não só nos Estados Unidos, mas em outros países. Tanto é que, quatro anos depois, o pentecostalismo chegou no Brasil. No entanto, dentro de pouco tempo, houve outra cidade dos Estados Unidos que se tornou um grande centro do movimento pentecostal: Chicago.

Aqui, no Brasil, o movimento começou em 1910, com a Igreja Congregação Cristã no Brasil, através de um pregador chamado Luigi Francescon , o pioneiro pentecostal no Brasil. No ano seguinte, em 1911, chegou o segundo grupo, Assembleia de Deus. Francescon baseou suas atividades em São Paulo, e a Assembleia de Deus, em Belém do Pará. Daniel Berg  e Gunnar Vingren , dois missionários suecos que tinham sido batistas e depois se tornaram pentecostais, foram os fundadores da Assembleia de Deus no Brasil. Isso significa que essas duas igrejas agora estão completando seu centenário. Segundo Paul Freston , um sociólogo muito conhecido nos meios evangélicos e um grande estudioso do protestantismo brasileiro, há três ondas, três períodos de implantação do pentecostalismo no Brasil. A primeira onda é representada por essas duas igrejas antigas. A segunda onda é dos anos 40 e 50, quando o pentecostalismo se tornou mais urbano, e surgiram igrejas como a do Evangelho Quadrangular , a Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo  e, um pouco depois, a Igreja Deus é amor . E a partir dos anos 70, a terceira onda, que é o neopentecostalismo, começou com a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo , que foi fundada em 1977, no Rio de Janeiro. Outras dessa onda são a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus ; inclusive os nomes são muito parecidos.

O advento do Pentecostalismo é algo tão grande quanto a Reforma Protestante. Em termos de importância e grandeza, podemos dizer: o movimento Pentecostal é exatamente do mesmo tamanho da Reforma Protestante. Por conta desse tamanho, não pode ser incluído como um subtópico ou conseqüência da Reforma. Não caberia; é muito grande para isso.  Assim como a Reforma Protestante está para o Catolicismo, o Pentecostalismo está para a Reforma Protestante. O Pentecostalismo é um movimento completamente novo, no sentido de ser completamente outro. Verdadeiramente uma nova Reforma Religiosa, que os historiadores, num futuro distante, possivelmente, chamarão de “a Reforma Pentecostal”.  A primeira Reforma, a do século XVI, distanciou o cristianismo do Catolicismo Romano, a segunda, a Pentecostal, no século XX, promoveu essa reaproximação, em diversas frentes, como demonstraremos.  A Reforma Pentecostal é, de fato, um movimento que trouxe para o cristão ocidental uma terceira opção, antes inexistente. Agora o Cristão ocidental, pode ser:

 a) Católico Romano;
 b)  Protestante;
 c)   Pentecostal.

Cabe aqui também uma breve abordagem sobre o neopentecostalismo. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que o neopentecostalismo não possui, à semelhança da Reforma Protestante e da Reforma Pentecostal,  status de Reforma Religiosa. Ele é, antes, um subtópico do Pentecostalismo. Ele cabe perfeitamente dentro do Pentecostalismo. Ou seja, todas as igrejas neopentecostais continuam sendo, em última análise, igrejas Pentecostais, diferindo apenas no  grau de variação das práticas e premissas  pentecostais, cujo cordão umbilical e DNA, entretanto, poderão, facilmente, ser encontrados na Rua Azuza – local onde, historicamente, se reconhece o marco zero do Pentecostalismo, aqui  entendido como uma “a nova Reforma Religiosa”. Portanto, é um grande erro histórico classificar igrejas como Renascer, Universal, Mundial do Poder de Deus, Internacional da Graça de Deus, Sara Nossa Terra e todas as outras “novas igrejas” que seguem essa mesma linha, de igrejas Protestantes.  Elas não têm absolutamente nada a ver com a Reforma Protestante. São fruto, responsabilidade e culpa única e exclusivamente da  Reforma Pentecostal do Século XX.

O pentecostalismo produziu transformações gigantescas no protestantismo brasileiro. Até o surgimento do pentecostalismo, o protestantismo era composto pelas chamadas igrejas tradicionais ou históricas da Reforma. A partir do pentecostalismo, houve uma mudança radical, primeiro um crescimento exponencial do protestantismo brasileiro por causa do crescimento pentecostal, e depois os pentecostalistas introduziram, no protestantismo brasileiro, inclusive nas igrejas históricas em maior ou menor grau, uma série de crenças e práticas que hoje influenciam bastante principalmente o chamado evangelicalismo brasileiro. As pregações ao ar livre, os cultos evangelistas com apelos fortemente emocionais, um novo estilo de música, as manifestações físicas, com pessoas levantando as mãos e batendo palmas, dizendo glória, aleluia etc., tudo isso é herança do movimento pentecostal. No que diz respeito ao neopentecostalismo, essa explosão imensa representada por igrejas gigantescas, como a Igreja Universal do Reino de Deus e sua nova teologia, diferente do pentecostalismo tradicional, que é a Teologia da Prosperidade, trouxe todo um conjunto novo de valores e práticas que os pentecostais e os protestantes desconheciam até então. No protestantismo tradicional sempre houve uma extrema valorização da vida espiritual, das realidades transcendentais em contraste com as realidades do mundo material, que era considerado de menor importância para o crente. O neopentecostalismo defende que não tem problema em aceitar esse mundo, de querer ser rico e importante, porque isso é bênção de Deus.

O legado do pentecostalismo é misto. Ele trouxe contribuições valiosas, mas também trouxe elementos extremamente problemáticos e preocupantes para o protestantismo brasileiro, por exemplo, o personalismo, o culto da personalidade através desses líderes, que são quase que idolatrados por muitas igrejas e que fazem questão de criar entre seus fiéis uma profunda veneração por eles. A riqueza e o sucesso são apontados como provas da fidelidade a Deus e das benções de Deus sobre a vida das pessoas, criando uma espiritualidade individualista, egocêntrica, onde a pessoa só busca seus projetos e objetivos pessoais, deixando de lado os interesses da comunidade.

Era assim que pensavam os reformadores. É assim que pensam os Reformados até hoje.  Agora, perguntamos: É assim que pensam os Pentecostais?

A busca frenética pelo reconhecimento pessoal no meio Pentecostal é algo gritante. Muitos jovens se martirizam psicologicamente para ter “o dom de línguas estranhas”, por exemplo. Com que objetivo? Edificar a igreja? Absolutamente. Com o fim de serem reconhecidos como “homens e mulheres de Deus”. Isso, em última instância redunda em glória pessoal e particular, além de render cargos. Cargos que inclusive possuem natureza hierárquica, o que possibilita uma nova ponte à idéia de clero do Catolicismo Romano, passando pelo “cargo” de presbítero, evangelista e evoluindo aos diversos tipos de pastores, numa escalada gradual, sendo o posterior superior ao imediatamente anterior. 

De todo esse estado de “glorificação velada do homem”, característica peculiar do humanismo - principal influenciador do Pentecostalismo, decorre a variação encontrada nas igrejas neopentecostais: a figura do Apóstolo, que pressupõe um grau extremamente alto e superior em relação aos demais líderes da igreja. Só não se sabe onde essa escala hierárquica de poder eclesiástico vai parar.

Há também a glorificação dos “profetas” e “profetisas” que não possuem, necessariamente, um cargo, muito embora seja o objetivo de muitos deles. Esses são “eleitos” pelo próprio povo para receberem a glória do reconhecimento. Esses têm uma oração mais poderosa que os demais. Com esses, dizem seus admiradores, Deus fala coisas profundas e misteriosas. Uma das principais frases de Malafaia, por exemplo, para trazer alguma espécie de “maldição” aos seus oponentes é “sou profeta de Deus”. Isso requer para si uma espécie de contato direto com Deus, o que lhe confere um poder extremamente grande.

Diante disso, podemos afirmar: o pressuposto Pentecostal que contrasta com o “Soli Deo Glória” é: Deus seja glorificado, mas também o “homem e a mulher de Deus".

Esse pressuposto Pentecostal pode até estar correto e o da Reforma Protestante errado. Mais uma coisa é certa: são completamente diferentes. Além disso, são auto-excludentes. Não há possibilidade de conciliação entre eles.

Agora decida: o Pentecostalismo tem algo a ver com a Reforma Protestante? Os pressupostos do Pentecostalismo são convergentes ou divergentes em relação ao pressupostos da Reforma Protestante do século XVI?

Desde a reforma protestante onde Lutero não concordava com o poder da igreja católica, das indulgencias que ela colocava até os tempos de hoje, o movimento protestante mudou muito. Desde pensamentos e idéias diferentes, como a de Jhon Wesley e o metodismo, que de sua divisão veio o metodismo wesleyano. Dos anabatistas aos batistas para batistas reformados.

Lutero, mesmo como todo seu anti-semitismo como no livro sobre judeus e suas mentiras, que talvez tenha inspirado Adolf Hitler a fazer o que fez com os judeus, já que esse livro não foi traduzido para o português, mas Hitler o admirava e talvez tenha lido o livro como inspiração, como diz Dawkins, mas mesmo assim Lutero, foi um exemplo de coragem, numa época, onde criticar a igreja católica era fogueira, ele lutou, traduziu a bíblia do latim para o alemão, de sua coragem, passaram-se épocas como o renascimento, iluminismo e entre outros. Ele usou a forma mais simples de se entender o evangelho e chegar a Deus, diferente do movimento pentecostal que hoje usa sua doutrina para demonizar, enriquecer e pelo jeito que anda, trazer de volta aquela forma de condenar, como um dia foi a igreja católica, onde Lutero tanto condenou...



Fontes:
Livro Negro do Cristianismo
Wikipédia
Filosofia Calvinista

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cristina Kirchner e a derrota da mídia golpista argentina


"A Lei não é para controlar ninguém, mas para impedir que o povo seja controlado." Cristina Kichner sobre a Ley de Medios, que regulamenta a mídia na Argentina.

Texto de Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

América Latina assistiu, neste final de semana, a um dos capítulos mais sólidos do processo de fortalecimento democrático do continente. No domingo (23), 54% dos argentinos respaldaram a atual gestão de Cristina Kirchner. A vitória acachapante da atual presidente, que concorria à reeleição, é uma mostra do avanço dos povos latino-americanos rumo a uma administração independente, com crescimento econômico respaldado por maior justiça social e soberania.

Esse movimento progressista na América se estende por mais de uma década, tendo como expoentes no continente os governos de Argentina, Bolívia, Brasil, El Salvador, Equador, Nicarágua, Paraguai, Uruguai, Venezuela, além de Cuba – que há meio século desafia o governo estadunidense, responsável pelo criminoso bloqueio econômico imposto à ilha. Historicamente considerados “quintal” dos Estados Unidos, esses países romperam com o Consenso de Washington vigente durante a década de 1990 e ousaram reivindicar a independência dos povos, tendo como prioridade os avanços na área social e a consolidação do vitorioso processo de fortalecimento de uma América Latina soberana, que caminha para a superação das desigualdades e injustiças do continente.

A vitória de Cristina Kirchner também deveria servir de lição ao Brasil. Ela representa uma dura derrota da mídia monopolizada e manipuladora, que ergueu seu império durante a ditadura militar argentina. Os meios de comunicação, em especial o poderoso Grupo Clarín, fizeram de tudo para desestabilizar e derrubar o governo de Cristina, rotulado de “populista e esquerdista”.

A mídia golpista chegou a insuflar um locaute dos barões do agronegócio, que paralisou e desabasteceu o país. Durante todo o seu governo, a imprensa produziu factóides, travestindo-se de “ética”, para desgastar a presidenta. Ela nunca reconheceu os avanços políticos, econômicos e sociais do governo. Filhote da ditadura, a mídia nunca abandonou o receituário neoliberal.

Mas Cristina Kirchner não se dobrou à pressão da imprensa golpista. Nunca ficou de “namoricos” com os donos da mídia. O seu governo submeteu ao debate na sociedade uma nova lei sobre comunicação, a famosa Ley de Medios. O novo marco regulatório, aprovado em outubro de 2009, determina o fim do monopólio na rádio e TV e incentiva a pluralidade e diversidade informativos.

O grande triunfo foi baseado fundamentalmente no crescimento econômico que o país atravessa, na ausência de uma oposição unificada, e pelo fato de o primeiro período do governo de Cristina Kirchner (2007-2011) "ter se mantido dentro dos limites do populismo", considerou o professor de relações internacionais Carlos Romero, da Universidade Central de Venezuela.

"Essa esquerda populista tem sido uma característica de nossa política (na América Latina) em todo o século XX e nesta parte do século XXI", com uma forte presença do Estado e do partido oficial, ressaltou.

Para quem, enfim, ainda se pergunta pelas razões da vitória de Cristina Kirchner, um pouco de números talvez ajude a encontrar a resposta. Para começo de conversa, a economia cresce ao ritmo de mais de 6% ao ano. O desemprego é baixo, a maior parte dos trabalhadores chegou a acordos que asseguraram ganhos salariais reais, os programas sociais do governo atendem a milhares de famílias. Um dos muitos subsídios atende a três milhões e meio de menores de 18 anos de idade, com a única condição de que freqüentem a escola e façam as vacinações obrigatórias. Em quatro anos – entre 2007 e 2010 – a pobreza baixou de 26% a 21,5% da população.

A oposição feroz dos grandes conglomerados dos meios de comunicação, a resistência desrespeitosa dos grandes magnatas do campo, as chantagens dos grandes barões da indústria, a virulenta má vontade das classes mais favorecidas, tudo isso somado não foi capaz de abalar o prestígio da presidente. Ela conquistou apoio de amplas faixas do eleitorado mais jovem, abriu espaço junto aos profissionais liberais, recebeu o voto massivo dos pobres.

Tudo indica que o terceiro mandato do partido Peronista na Argentina vai aprofundar as mudanças iniciadas em 2003. Oxalá que assim seja e que possamos tomar como exemplo os avanços conseguidos pelo país vizinho. De acordo com Patricio Echegaray, secretária-geral do Partido Comunista da Argentina, em artigo publicado em seu blog, a mudança estrutural no capitalismo da Argentina “é a única forma de impedir a ofensiva restauradora das direitas ou uma possível descomposição que pode afetar o chamado projeto nacional”.

sábado, 22 de outubro de 2011

Fé e Conhecimento

Tradução: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

"Fé" uma das muitas razões que alguns se voltam para o ateísmo ou Agnosticismo e é porque eles não querem seguir. Deístas e teístas têm um ditado que diz sobre isso: "Eu não tenho fé suficiente para ser ateu." Embora possa parecer apenas uma linha humorística e retórica, que faz repousar sobre uma boa parte do valor.

A questão é esta: Os ateus dizem: "Não podemos acreditar em Deus porque isso é um ato de fé, e só devemos acreditar no que a ciência e a lógica nos diz." O Teísmo responde: "Como você sabe que a ciência e a lógica é a descobertas de seres humanos  estejam corretas? "Para isso, o ateu rapidamente responde:" Porque, (1) faz sentido, (2) não há evidência para provar as conclusões científicas, e (3) qualquer outro princípio arbitrário tentando explicar por que a ciência é verdade. "E, finalmente, o teísta, mais uma vez diz:" Mas como você sabe que todas essas coisas que você diz são precisas? "No final, este ciclo continua até que o ateu está cansado dele e diz: "Olha, é apenas a verdade, ok?

A triste verdade é, a crença em princípios científicos e da razão humana exige fé tanto quanto acreditar em um livro sagrado. Na verdade, todo o nosso conhecimento pode ser reduzido a esse cenário simples. Conclusões científicas repousam em pressupostos científicos, religiosos e conclusões em suposições religiosas, apoiando em conclusões morais, premissas morais, e assim por diante. Essa é apenas a maneira que é.

A razão para esta circularidade inevitável é que nós seres humanos estamos dentro de um sistema. Nós não podemos ver este sistema a partir do exterior, de modo que não podemos verificar e ver se ele é composto externamente, só podemos determinar se ele é internamente consistente. Portanto, as nossas conclusões sobre esse sistema só pode ser baseada em (1) a consistência interna dessas conclusões, e (2) a consistência dessas conclusões com o que pensamos que percebemos. Não há maneira de nos aproveitar algum poder temeroso ou ter uma visão especial de saber, com certeza, que estamos certos. Você acabou de viver com ela.

No entanto, devemos distinguir entre a fé cega e fé responsável. O argumento de que a fé e a base de todo conhecimento não implica que não há problema em apenas acreditar no que quiser, porque podemos implicar que temos de ter cuidado para colocar as nossas suposições e tirar nossas conclusões de forma responsável.

Assim, os teístas fazem a suposição de que um livro é santo, e chegam as conclusões religiosas com base nisso. Deístas e ateus têm fé na ciência, acreditamos que a ciência é muito mais internamente consistente e coerente com o que nós pensamos e que nós percebemos. A diferença entre nós é que chegamos a conclusões diferentes com base nestes pressupostos teístas e deístas que ao levar o que temos a concluir que Deus existe, enquanto ateus pegam o que eles têm e concluir que ele não o faz.

Considerando as implicações práticas desta abordagem baseada na fé a tudo. Geralmente temos fé em nossos cinco sentidos, especialmente os de tato e na visão. Mas quando vemos uma ilusão de ótica, estamos totalmente convencidos de que nós vemos algo que, na realidade, é bastante diferente. Isso demonstra que mesmo as coisas que nós tomamos para concedido e assumir para ser exato são baseados na fé, e que temos fé que nem sempre é correta.

Combine tudo isso, você pode ver a falha na lógica dos ateus, só porque a ciência não “prova” empiricamente que Deus existe isso não significa que ele não faz. Na verdade, a ciência está continuamente mudando e evoluindo à medida que aprendemos (ou pensamos que aprendemos) coisas novas sobre o cosmos. A história da ciência é feita com revoluções como muitos que existem na história da política. Independentemente do que você acredita, pensa, ou sente e não importa quanto você tente negar, você não pode escapar da necessidade da fé.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

E Madureira sobe o Pelô



Na madrugada de sexta para sábado, nossa querida pela Portela escolheu seu hino para o carnaval 2012. Para muitos um samba antológico, pois desde quando a escola anunciou os sambas concorrentes foi dado como o samba favorito entre os portelenses e para os admiradores do carnaval e da nossa Portela.

Um samba com os padrões diferentes nos tempos de hoje, pois possui três refrões em vez de dois, mas foi abraçado por toda sua comunidade e foi aceito também pela crítica que vem como franco favorito em ganhar o estandarte de ouro.

Samba de Luiz Carlos Máximo, Naldo, Toninho Nascimento e Wanderley Monteiro, interpretado por Pixulé conseguiu escrever uma obra prima desde 1995 com gosto que me enrosco, e também depois conseguiu quebrar os dois últimos anos devido a escolha de sambas não muito favorito pelos portelense.

Analisando o samba do meu ponto vista, vejo algumas partes que seriam os mais fortes do samba. Vou começar com o refrão que foi basicamente o slogan dos torcedores e o título desse artigo:
“Madureira sobe o Pelô... Tem capoeira
Na batida do tambor... Samba ioiô
Rola o toque de olodum... Lá na Ribeira
A Bahia me chamou.”

Um refrão sempre contagia sua comunidade e todos que possam escutar esse belíssimo samba, mas não é a base para o samba, pois tem mais 2 refrões e um que me chama muita atenção no samba é esse refão:

“No mar
Procissão dos navegantes
Eu também sou almirante
De nossa Senhora Iemanjá.”

Esse samba veio para entrar na história de todos os sambas, pois já fazia onze anos que a Portela não vinha com um hino tão lindo esse, sem desprezar os sambas de 98, 2008 e 2009, que também são belos, porém não antológicos.

Agora basta ensaiar o samba e deixar na ponta da língua de toda comunidade, já que a escola tem a difícil missão de ser a segunda de domingo na avenida. Mas para a Portela nada é impossível. Com um enredo em uma linda homenagem a nossa guerreira Clara Nunes e falando de Bahia, com um samba que é muito mais que um hino, é uma obra de prima, agora deixo na mão da sua diretoria e de sua comunidade, peço licença as todas co-irmãs e com a ajuda dos deuses do sambas, que são os orixás, sinto a vigésima segunda estrela no meu olhar. Para o alto e avante Portela e subindo o Pelô, vamos ganhar esse carnaval porque como Gilsinho fala: “É tudo nosso”.  

 Segue a letra do samba:

…E o Povo na rua Cantando é Feito uma Reza, um Ritual… 

Compositor(es): Luiz Carlos Máximo, Naldo, Toninho Nascimento e Wanderley Monteiro

Meu rei
Senhor do Bonfim alumia
Os caminhos da Portela
Que eu guardo no meu patuá
Eu vim com a proteção dos meus guias
Com Clara Guerreira à Bahia
Cheguei, eu cheguei pra festejar
Deixa levar, nos altares e terreiros
Tem jarro com água de cheiro
Vou jogar flores no mar

No mar
Procissão dos navegantes
Eu também sou almirante
De nossa Senhora Iemanjá

Vou no gongá
Bater tambor
Rezo no altar
Levo o andor
Vem chegando os batuqueiros
Desce a ladeira meu amor
Que a patuscada começou
Eu vim pra rua
Que o samba de roda chegou

Iaiá
De saia rendada em cetim
Bota o tempero na festa
Oi, tem abará e quindim

Portela cheia de encantos
Acolhe a bahia em seu canto
De festas, rezas, rituais
Vestido de azul e branco
Eu venho estender o nosso manto
Aos meus santos do samba que são Orixás

Madureira sobe o Pelô... Tem capoeira
Na batida do tambor... Samba ioiô
Rola o toque de olodum... Lá na Ribeira
A Bahia me chamou

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Voto Distrital: Solução ou preocupação?


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) e Fernando Colhado (@FuturoSociologo)

     A reforma política tão esperada por todos no país, principalmente no que se trata diretamente de resolver um dos piores e mais antigos problemas encontrados no Brasil, a corrupção! Para tanto, o que se vê na política, e com grande intensidade, e em anos eleitorais, são os já conhecidos investimentos de empresas nas campanhas eleitorais! Com base nestas informações, há uma tentativa de resolver a questão com uma alternativa aparentemente eficaz.  Através dessa reforma que tenta acabar com a corrupção dentro do país, surge um movimento com apoio de famosos, jornalistas e militantes pela mudança do sistema eleitoral do voto proporcional para o voto distrital, mas seria a forma mais certa de combater a corrupção?

  Segundo o Wikipédia, o voto distrital é, na mídia e nos meios políticos brasileiros, sinônimo de sistema eleitoral de maioria simples. Esse é um sistema em que cada membro do parlamento é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito pela maioria dos votos. Para tanto, o país é dividido em determinado número de distritos eleitorais, normalmente com população semelhante entre si, cada qual elegendo um dos políticos que comporão o parlamento. Esse sistema eleitoral se contrasta com o voto proporcional, no qual a votação é feita para eleger múltiplos parlamentares proporcionalmente ao número total de votos recebido por um partido, por uma lista do partido ou por candidatos individualmente.
  Desde 1988 se discute o voto distrital quando se fez o plebiscito do Parlamentarismo com simpatia de muitos políticos, porém não foi definido e até os tempos de hoje esse sistema ainda é debatido.

Como já disse o sociólogo e presidente da Vox Populli:

“No voto distrital é possível que quase a metade de uma região, estado ou do País fique sem representação. E é certo que, para as minorias étnicas, religiosas, culturais, de gênero ou opinião, entre outras, seria quase impossível eleger deputados.”

   Uma das grandes desvantagens do voto distrital e o enfraquecimento das correntes minoritárias como grupos religiosos, étnicos e outros grupos, pois quem se beneficiaria com isso seriam os candidatos que defendam interesses gerais da população, mas vamos às contas.
E com isso a representação de trabalhadores e dos movimentos sociais no Congresso é nociva, numa visão elitista de que ali só comporta os prepostos das classes dominantes, os representantes da grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e latifundiários).
Numa previsão otimista, novamente saído de outro esdrúxulo "cálculo", vão dizer que com a nova fórmula, 35 sindicalistas não teriam sido eleitos em 2010, além disso, querem restringir a democracia e transformar o país num sistema bipartidário, antidemocrático, nos moldes dos EUA e Inglaterra. 


   No ano passado, éramos 135,8 milhões de eleitores. Se fossem 513 distritos, a média seria de perto de 265 mil eleitores em cada um.

 Em com voto distrital, a praxe é fazer essa conta, aplicando o princípio de “cada cabeça, um voto”. Quando são federativos (como os Estados Unidos), procura-se, no entanto, corrigir a eventual falta de representação dos estados pequenos, assegurando que tenham ao menos um distrito.

 Aplicando o princípio e supondo que ficaríamos com 513 distritos (pois seria pouco provável que a sociedade apoiasse o aumento do número de deputados), todos os estados teriam sua representação diminuída, à exceção de São Paulo (onde ela quase dobraria).


   Temos o um exemplo tirado de um artigo do Alberto Carlos Almeida do Valor Econômico:

Em um distrito britânico onde há três candidatos, um conservador, um trabalhista e um liberal-democrata, é comum que o candidato liberal-democrata fique na terceira posição em proporção de votos. Somando-se todos os liberais - democratas que ficaram em terceiro lugar nos mais de 600 distritos britânicos, pode-se obter, por exemplo, que esse partido teve um total nacional de 10% dos votos. Porém, como esses 10% de votos não foram para nenhum candidato que ficou em primeiro lugar, foram desperdiçados, jogados no lixo, esses 10% de votos não elegeram deputado algum. Somente os liberais - democratas que ficaram em primeiro foram eleitos, mas, somando-se a votação nacional de todos os primeiros colocados desse partido, tem-se somente 6%. É por isso que o partido fica com 16% dos votos nacionais e somente 7% das cadeiras do parlamento. Isso jamais ocorre no nosso sistema eleitoral, que é o proporcional.

   Foi assim que em 1983 os liberais - democratas britânicos tiveram 25,4% dos votos, mas somente 3,5% das cadeiras, um completo absurdo, uma completa falta de proporcionalidade, uma total injustiça distributiva quando se considera a relação entre votos e cadeiras. Em 1987 foram 22,6% dos votos que resultaram somente em 3,4% de cadeiras; em 1992 ocorreu que 17,8% dos votos foram traduzidos em somente 3,1% de assentos no parlamento. Em 1997 a injustiça foi menor, mas permaneceu: 16,7% dos votos os levaram a obter 7% de cadeiras. Daí para frente, a situação só fez piorar: em 2001, 18,3% dos votos resultaram em 7,9% de assentos parlamentares; em 2005, 22,1% dos votos conquistaram 9,6% das cadeiras, e em 2010 a situação foi ainda pior, quando 23% dos votos resultaram em somente 8,8% de cadeiras. Todos os lugares que adotam o voto distrital punem cruelmente o terceiro partido. Esqueça quarto partido, ele simplesmente não existe na prática.

   Se o Brasil adotar o voto distrital, sobreviverão apenas três partidos, que provavelmente serão o PT, o PMDB e o PSDB, já que são os partidos com a maior bancada, sendo que depois  um ficaria mais fraco futuramente e isso o país deixaria de ter um multipartidarismo e se tornaria . Enquanto isso os demais serão liquidados, extintos, aniquilados. Será justo com a liberdade de escolha que os partidos que defendem os direitos sociais, que lutam pelos trabalhadores outras causas, sejam extintos? Desta forma, com os exemplos citados, já se pode ter uma noção do quanto é nocivo se utilizar esta alternativa para a reforma política! Não queremos e nem podemos aceitar esta solução que, aparentemente, resolve a situação, quando na verdade, irá criar outros ainda piores!

  Além disso, pelas questões de distritos, alguns estados estariam na mão de verdadeiros bandidos, como o Rio de Janeiro, onde em boa parte da população vivem em comunidades sobre o comando de traficantes e milicianos, e com isso como em eleições anteriores, poderíamos ter candidatos ligados a esse tipo de bandidagem, porém, isso teria que ser bem analisado, sem falar também da bancada ruralista e dos setores empresariais, que vivem a travar qualquer lei que beneficie os trabalhadoresCom campanhas eleitorais majoritárias para deputados e vereadores, a representação desses setores (os ricos e milionários) vai aumentar substancialmente e consequentemente reduzir a bancada da representação popular.

   Então para ver apenas alguns detalhes, o voto distrital passa ser interessante apenas para um grupo majoritário, onde eles levariam o país a um ponto de 2 escolhas e não várias, como temos hoje, porém movimentos deixariam de eleger seus candidatos, mais os lideres de uma comunidade que oprime uma comunidade passa a ter mais chances do que muitos bons políticos, e seria assim, o voto distrital poder diminuir a corrupção? Deixo essa para vocês
 

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