domingo, 31 de outubro de 2010

Pode deísmo ajudar a conter a onda de violência religiosa?

Em todo o argumento é uma boa idéia para encontrar algum tipo de terreno comum os lados opostos podem acordar. Atualmente, temos basicamente adeptos dos três grandes abraâmicas "revelado" religiões do judaísmo, cristianismo e islamismo atacando e matando uns aos outros sobre as suas diferenças religiosas. Sobre a única coisa que todos concordam é a existência de Deus.A crença exigida apenas em Deísmo é a crença na existência de Deus. Mesmo que os deístas acreditam em Deus baseada na aplicação de sua razão sobre os projetos na Natureza, que eles acreditam que pressupõe um designer, que faz deísmo uma crença religiosa natural, deístas param por aí. Não há adicionou homem dogmas, rituais e doutrinas que são tão propícias a conflitos e lutas.E não há sacerdotes para liderar as tropas.
Os deístas abraçar uma dependência da razão sobre a fé. Os deístas concorda com a afirmação do francês deísta Voltaire, que escreveu: "O que é fé? É acreditar que o que é evidente? Não. É perfeitamente evidente para mim que existe uma necessidade, eterno, supremo, e ser inteligente. Esta não é uma questão de fé, mas da razão. " Esta abordagem para a crença em Deus limita severamente o clero danos e os políticos podem fazer para as pessoas, colocando mais importância em razão do que ele faz sobre a fé. É muito mais difícil manipular as pessoas, apelando para a razão de sua fé.
Devido à ausência de questões controversas como dogmas, rituais e doutrinas em deísmo, deísmo já está anos-luz mais perto de travar a onda de violência religiosa. A promoção da razão dada por Deus ajuda as pessoas atoladas num "revelado" a religião para ver que Deus nos deu o dom da razão e também que meros homens escreveram as escrituras de seu especial "revelado" a religião.Portanto, se alguma coisa, algum dogma ou doutrina, na religião se opõe à razão, que o dogma ou doutrina irracional, que é homem, tem que ir.
Uma objeção ao deísmo desempenhando um papel importante na contenção da onda de violência religiosa é que as pessoas não vão desistir de seus dogmas religiosos, doutrinas e rituais. À primeira vista isso parece ser válido. No entanto, objectivamente olhar para ela, vemos que os acontecimentos da história e atual provar esse argumento falso.
Desde o início da humanidade, as pessoas têm mudado suas religiões. Muitas vezes a mudança foi por causa do medo da violência. Isso é como o cristianismo "convertidos" a maioria da Europa e Islão "convertidos" a maioria do Oriente Médio. (Os hebreus / judeus não eram grandes nas conversões como o deísta Thomas Paine aponta em A Idade da Razão , escrevendo: "Os judeus não fez converte, eles massacraram todos.") Após o advento da Era do Iluminismo, quando começaram as religiões a perder o seu poder absoluto sobre as pessoas ea sociedade e não podia mais usar a violência como um meio de converter pessoas novas e para manter seu rebanho em linha, as pessoas continuaram a mudar de religião em um ritmo ainda maior. A realidade das pessoas a mudar sua religião faz com que o cristão velha canção, Faith of Our Fathers, sem sentido.
Tanto quanto os contemporâneos renunciar à sua religião revelada por Deísmo, a União Mundial dos deístas tem uma seção em seu site,www.deism.com, dedicou aos escritos de pessoas que deixou uma religião revelada para o deísmo, bem como pessoas que deixaram ateísmo e agnosticismo de deísmo. A seção é Deísmo Por que? Olhando para estes escritos vemos Deísmo tem contato com as pessoas de todo o espectro religiões reveladas. Há pessoas que vêm de uma formação cristã, incluindo a maioria das denominações do cristianismo, tais como unitarista, católicos, batistas, mórmons, Menonita, Igreja Adventista do Sétimo Dia ea Igreja de Deus, assim como muitas outras denominações cristãs. Há também pessoas que vieram da religião islâmica e revelou a fé Baha'i. Além disso, há uma alta porcentagem de pessoas que eram ex-membros do clero nas várias religiões reveladas que deixaram tudo isso para trás, para o deísmo. Isso mostra o poder do deísmo de motivar não só os leigos, mas também membros do clero que passaram anos de suas vidas e quantidades significativas de dinheiro estudando para se tornar um membro do clero a dar tudo por deísmo.
Adicionar ao presente recurso Deísmo tem para as pessoas que já estão em uma religião revelada, o fato de que cerca de 34 milhões de pessoas nos Estados Unidos já têm crenças Deísta, mas com toda a probabilidade não estão mesmo cientes de que suas crenças têm um nome e que não está sozinho nessas crenças como a American Religious Identification Survey 2008 deixa claro, eo potencial para o deísmo a crescer a ponto de realmente fazer uma diferença muito significativa no esforço para deter a violência religiosa se torna muito evidente.Nas pessoas com crenças ARIS Deísta são classificados como "nonas". Nones são definidos como pessoas "que não se identificam com qualquer um da miríade de opções religiosas no religioso mercado americano - os irreligiosos, o não, a anti-religioso e anti-clerical. Alguns acreditam em Deus e alguns nem isso ". O relatório também afirma que das nonas", uma pequena minoria ainda ateus. "Isto significa que a vasta maioria das nonas são deístas apenas quem não sabe. Esta realidade de pessoas que deístas sem realmente conhecê-lo também é um traço comum na maior parte dos escritos do "Por deísmo" do deism.com. Os textos também mostram como e aliviado as pessoas são felizes quando percebem que suas crenças têm um nome e que eles não estão sozinhos em suas crenças.
Como vemos mais e mais violência religiosa é encorajador perceber que temos um poder praticamente inexplorado no deísmo que, se for dada a oportunidade, pode ir um longo caminho para acabar com a violência religiosa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

É abominável


Assim Maria José Rosado, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, define a exploração política do aborto

Maria José Rosado, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, está chocada com o tratamento eleitoral dado ao tema aborto. “É abominável. Nossos corpos, nossas vidas, não podem ser objeto de barganha.” Segundo ela, o assunto não pode ser submetido a princípios religiosos. “É uma questão de saúde pública.”
CartaCapital: Como a senhora enxerga a discussão eleitoral sobre o aborto?
Maria José Rosado
:  É claro que o aborto é um tema que interessa à sociedade. Grande parte da população brasileira é formada por mulheres em idade reprodutiva. E o aborto ilegal é a quarta causa de mortalidade de mulheres. Agora, não faz sentido tratar do assunto a partir de interesses meramente eleitorais. É algo abominável. Nossos corpos, nossas vidas, não podem ser objeto de troca, de barganha eleitoral. Considero, isso sim, um desrespeito à vida.
CC: O tema acaba tratado mais da perspectiva moral e religiosa do que de saúde pública.
MJR: 
 A discussão está malposta, quando o que interessa é saber se alguém é contra ou a favor do aborto. A opinião pessoal dos candidatos e os valores pelos quais pautam suas decisões individuais só dizem respeito a eles.
CC: E o que interessa?
MJR
:  O que importa para nós, cidadãs e cidadãos, eleitores, é conhecer os projetos de governo que serão depois implementados por quem pretende governar o País. O aborto é uma questão de saúde pública e é esse o âmbito em que deve ser discutido. A realidade atual é a que mulheres ricas conseguem ser atendidas em clínicas particulares. As mulheres pobres, negras em sua maioria, ficam expostas a morrer nas clínicas clandestinas. Diante da morte de milhares de mulheres, a maioria
delas mães de família, qual vai ser a política de governo proposta? Muitas mulheres que optam pelo aborto têm outros filhos. Valorizam o fator de ser mães. Muitas não desejam ter outros filhos ou filhas exatamente porque valorizam a vida daqueles que já têm e sua condição de pobreza não permite criar com saúde, dar uma boa educação.
CC: Por isso a necessidade de um debate focado no sentido correto, não?
MJR:
  A realização desse dom, dessa capacidade das mulheres de gerarem um ser humano, tem de ser livre, fruto de decisão e desejo. Os governos devem valorizar tanto a maternidade, enquanto realização dessa capacidade extraordinária que nós, mulheres, temos de fazer outros seres humanos, quanto garantir que esse dom se realize de forma digna. Por isso, também o direito de recorrer a um aborto sem colocar a própria vida em risco deve ser respeitado e possibilitado.
CC: Até onde o ponto de vista religioso deve ser considerado?
MJR:
  Esse não é um tema que possa ser submetido a princípios religiosos. As religiões podem propor determinado comportamento aos seus fiéis. Podem também propor à sociedade a discussão de suas ideias morais. Porém, em um Estado que não é teocrático, jamais esses princípios e valores podem ser impostos a toda a sociedade. O Estado não poderia, sob pena de violar a Constituição, submeter-se às religiões. Isso é a negação da democracia, das liberdades civis. Seria uma ameaça ao princípio de separação entre o Estado e a Igreja. Quanto à Igreja Católica, o que posso dizer é que não existe, ao longo de sua história multissecular, uma posição única sobre o aborto. Há, inclusive, posições teológicas favoráveis à decisão de uma mulher pela interrupção de uma gestação. No caso do Brasil, como de muitos outros países de maioria católica, as pesquisas demonstram que grande parte das mulheres que optam pelo aborto professa a fé católica. Outras religiões também não têm posições unânimes a respeito. Há discussões internas e divergências de interpretação dos códigos religiosos. Os credos não podem regular aquilo que é próprio do Estado: estabelecer políticas públicas que atendam aos interesses e às necessidades do conjunto da população. Pautar-se por princípios religiosos é infringir  a Constituição. Isso não é ser contra a religião. Ao contrário. O Estado laico é que garante a liberdade religiosa, pois garante a todos o direito de professar a sua fé e, inclusive, o de não professar nenhuma.
Revista Carta Capital

PNDH 3: Quando o direito humano ameaça o direito do capital

A grande mídia foi tomada de histeria diante do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), anunciado pelo governo Lula no final do ano passado.
Houve desonestidade política e jornalística na divulgação do Plano. Trata-se apenas de uma versão mais forte de propostas que os próprios tucanos já haviam feito. Além disso, o documento ainda seria submetido a aprovação pelo Congresso Nacional e provavelmente ficaria parado lá até o início do próximo governo. Momento em que poderia ser engavetado de vez sob o pretexto de que se trata de proposta de governo passado.
Apesar disso, tivemos que ouvir os gritos de altos decibéis de parlamentares do DEM, jornais, TVs, e ex-membros do Comando de Caça aos Comunistas e atuais integrantes da Opus Dei, como Boris Casoy e Ives Gandra Martins. Além, é claro, dos ministros Jobim e Stephanes. Participantes de um governo que reivindica origem de esquerda, mas que só toma decisões respeitando o que é aceitável pela direita.
Sem demora, o governo Lula suavizou o texto da proposta. Entre outras coisas, ampliou a suspeita de terrorismo para além do Estado. Agora, não apenas os gorilas da ditadura podem ser suspeitos, mas suas vítimas também.
É mais um episódio que mostra que qualquer medida de avanço na ampliação de acesso aos direitos básicos para a população que ameace os interesses dos donos de latifúndios e imóveis do Leblon e Morumbi nasce pronta para morrer. Tais proprietários não concebem que a população tenha algum direito além do de trabalhar e apanhar quando protesta.
Estes recém convertidos à democracia querem calar qualquer tentativa de revelar que são eles os que a cada vez que a população começa a viver em uma espécie de democracia, tomam o poder destituindo governos, torturando matando opositores. São os mesmos que usam jagunços na defesa de suas propriedades improdutivas, matam Sem-Terra, distorcem notícias, atentam contra a dignidade de negros, nordestinos, indígenas, mulheres, homossexuais.
Foram eles que em 1989 editaram um debate presidencial para que Fernando Collor de Mello vencesse a eleição e depois esconderam este apoio quando foi descoberto o esquema de corrupção capitaneado pelo “Caçador de Marajás”.
Eles é que omitem mortes de crianças por Policiais Militares, assassinatos de missionários e militantes de movimentos sociais que lutam contra latifundiários como o deputado Ronaldo Caiado e a senadora Kátia Abreu. Gente que adora se dizer perseguida por ditadores, mas omitem que apoiaram a ditadura militar.
Esta é a reação que podemos esperar de setores da sociedade que preferem manter o país como um paraíso do capital desregulado e colocar sob mordaça qualquer movimento que busque conquistar direitos, derrubar privilégios. Preferem tornar o país algo como um imenso shopping sem lugar para os pobres miseráveis que morrem de fome ou de bala, enquanto tentam alcançar a base de uma pirâmide que os odeia.
Os direitos humanos somente começarão a ser respeitados quando superarmos a ordem social em que vivemos. Baseada na exploração, na opressão e na repressão covarde do Estado.
FONTE:  REVOLUTAS
SITE: http://www.revolutas.net
 

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