sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A Primeira Liga rumo ao primeiro passo

Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)  

A primeira rodada da Copa Sul-Minas-Rio terminou, o publico compareceu, mas eu agora, o que podemos esperar para as próximas rodadas, ou para os próximos capítulos envolvendo os clubes, principalmente a dupla Fla-Flu, CBF e FERJ?

Podemos iniciar no inicio da década passada, quando CBF, Globos e as confederações resolveram criar um calendário para o futebol brasileiro, e distribuição de cotas de TV, terminando com os torneios regionais, como a Copa do Nordeste, Taça Rio-São Paul e Liga Sul Minas Rio, gerando uma revolta dos clubes com os envolvidos. Tempos depois, com enfraquecimento dos estaduais, brigas entre clubes, federações, confederação e emissoras de TV, alguns dirigentes optaram em retornar com os torneios regionais, começando pela Copa do Nordeste e a Copa Verde.

Com o sucesso dessas ligas, que tem a autorização da CBF, alguns clubes começaram se unir pela volta da Liga Sul Minas, mas com novos convidados, a dupla Flamengo e Fluminense, que nos últimos anos resolveram romper com a FERJ, que tem apoio de Vasco, Flamengo e os clubes pequenos do Rio de Janeiro.

A entrada da dupla começou uma queda de braço com a FERJ, até que Rubens Lopes, que tem interesse futuro em assumir a CBF, resolveu cortar o valor que seria distribuído aos dois clubes, dividindo entre as outras equipes do Campeonato Carioca. Depois ele solicitou a CBF para que vetasse a continuidade do torneio, que foi feito, colando apenas em caráter amistoso de pré-temporada, que pela regra seria até 30 de janeiro. Essa decisão gerou uma revolta entre os dirigentes dos clubes envolvidos, jornalistas esportivos e até nas redes sociais com a hastag #JuntosPelaPrimeiraLiga, além do apoio do Bom Senso, mas isso não durou menos de uma semana e os clubes venceram a primeira queda de braço contra a CBF e a FERJ, que queriam o torneio apenas para 2017, onde colocaram o torneio no calendário oficial, mas nessa temporada como torneio amistoso. Uma vitória para o futebol brasileiro, mas ainda é pouco.

Ainda é complicado para alguns defenderem a Primeira Liga, até mesmo aqueles que não se juntaram a esses clubes, assim como a dupla Vasco e Botafogo, como os clubes paulistas. Há um jogo de interesse para todos os lados, é claro, isso envolve briga de poderes, cotas de TV e entre outros problemas como publicidade, preço de ingressos e por ai vai.

Claro que isso não mudará a situação do futebol brasileiro, que agoniza, mas pelo menos podemos ter ainda uma ponta de interesses. Vimos em outras oportunidades criação do clube dos treze, assumindo o campeonato brasileiro de 1987 e depois com outra oportunidade da Copa João Havelange e deu no que deu. Outra questão que precisa deixar de lado, é a rivalidade entre os clubes, como aconteceu com Kalil do Atlético Mineiro e o Gilvan do Cruzeiro. A Primeira Liga não será a solução, mas é a oportunidade para que o que existe de ruim no futebol como o que temos na CBF e na FERJ percam forças e no futuro tenha uma mudança. Assim como na questão nos direitos de TV, terminando com o monopólio de um canal e colocando uma divisão mais digna entre as equipes, fazendo do torneio mais atrativo, como um campeonato mais competitivo, o aumento de renda dos clubes, além da permanência de jogadores.

Ainda é cedo para criar uma expectativa sobre o futuro da liga e como a posição futura de outros clubes e confederações, mas é claro que o caminho para a criação de uma liga nacional poderá ser um inicio para o nosso futebol, resta como a CBF deixará os torneios dos clubes, mas a exemplo que tem na Europa, tem dado certo, mas aqui ainda tem a questão da rivalidade, do poder, do interesse financeiro e não ter uma cota dividida entre outros clubes. Espero que eu possa está errado, pois eu torço pelo futuro da liga e se realmente for um sucesso, com bom publico e bons jogos, quem sabe não podemos ver nos próximos anos ligas como a Rio-São Paulo, mas ainda é cedo, mas o importante que os clubes de inicio desafiaram a CBF e a FERJ, que aceitou a continuidade dessa edição do torneio e vamos esperar e que isso der certo e que o futebol brasileiro retorne aos tempos de outrora
.
Reitero também a permanência dos estaduais, pois nossa história esta na essência e nas rivalidades locais. A solução é que possamos também olhar para os clubes de menor investimento, dando também oportunidades nas ligas regionais. Não adianta pensar apenas nos clubes “considerados grandes”, pois todos precisam participar nesse momento pela mudança no futebol e os “pequenos”, assim como o sistema dos estaduais devem ser, permanecem em seu calendário.

Abaixo a nota da FERJ sobre a Primeira Liga:


 
*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Primeira Liga e FERJ
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

1967, ano do primeiro titulo do Campo Grande na era profissional

No destaque, Dadá Maravilha foi revelado e campeão pelo Campusca.

Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes

Hoje o Futebol Retro irá relembrar o primeiro titulo conquistado pelo Campo Grande, clube da Zona Oeste do Rio de Janeiro, no ano de 1967 com o Torneio José Trócoli, que foi disputado paralelamente a Taça Guanabara, competição onde o Campo Grande Atlético Clube conquistou participando na primeira divisão do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.

O torneio foi disputado pelas equipes que não se classificaram para a fase final do Campeonato Carioca e além da primeira taça, o clube revelou Dadá Maravilha para o futebol brasileiro e mundial, quando foi transferido para o Atlético, o galo mineiro, já que o Campusca é o Galo Carioca, rumo ao sucesso. No Campo Grande, Dada Maravilha marcou 26 gols entre 1966 a 1968, incluindo gols nos juvenis e aspirantes.

O Campo Grande estreou no torneio contra o Bonsucesso no dia 22 de julho com vitória de 1x0, gol marcado pelo Hélio Cruz em partida realizada no Maracanã. No dia 30, novamente no Maracanã, a vitória foi contra o Olaria por 2x1, gols marcados por Norival e Adilson para o Campusca e Esteves para o Olaria. No dia 5 de agosto veio a primeira derrota para o São Cristóvão por 1x0, com gol de Juarez, em partida realizada novamente no Maracanã. No dia 12 veio a goleada contra o Madureira por 5x1 com os gols de Nodir e Valmir, dois para cada, Dadá. O Madureira fez o gol de honra com Nando, no Maracanã. Dia 16, veio mais uma vitória contra a Portuguesa por 2x0, gols de Norival e Biriguda, colocando o Campusca na decisão contra o Bonsucesso. Assim como na primeira rodada, o Campusca repetiu o placar por 1x0 com gol de Norival, conquistando o primeiro titulo do clube na era profissional, 27 anos após sua fundação em 13 de junho de 1940.

Além do primeiro titulo em 67, o Campusca também foi campeão do Torneio José Guimarães em 1969 e o titulo de maior expressão que foi o Campenato Brasileiro da Série B em 1982, além da série B carioca em 1985.

Hoje o Campusca tenta voltar a elite do futebol, disputando a terceira divisão do futebol carioca.

Abaixo a os jogos do Campo Grande e a classificação final do Torneio José Trócoli

CAMPO GRANDE 1 x 0 BONSUCESSO
Data: 22/07/1967
Árbitro: Jorge Paes Leme.
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz, Ênio, Nodir e Nilson (Jairo).
BONSUCESSO: Jonas; Luís Carlos, Paulo Lumumba, Jurandir e Albérico; Amaro e Brandão; Gilbert, Jerônimo, Gibira e Dejair (Campista).
Gols: Hélio Cruz 33/2º

CAMPO GRANDE 2 x 1 OLARIA
Data: 30/07/1967.
Árbitro: Hélio Alves.
Expulsão: Ênio 27/1º
Gols: Norival 02/2º de pênalti e Adílson 27/2º ; Esteves 17/2º
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz (Adilson), Ênio, Jairo e Nodir (Guaraci).
OLARIA: Ubirajara; Esteves, Miguel, Osmani e Nilton dos Santos; Hélinho e Eliseu; Naldo, Alcir (Adauri), Antoninho (Araújo) e Escurinho.

SÃO CRISTÓVÃO 1 x 0 CAMPO GRANDE
Data: 05/08/1967
Árbitro: Hélio Alves.
SÃO CRISTÓVÃO: Manga (Espanhol); Lauro, Aílton, Solimar e Édson; Edmílson e Fernando; Nei, Castilho, Juarez (Alexandre, depois Moisés) e Vinícius (Cláudio).
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz, Ênio (Dario), Nodir e Nilson (Luís Paulo).
Gols: Juarez 18/1º pênalti

CAMPO GRANDE 5 x 1 MADUREIRA
Data: 12/08/ 1967
Árbitro: Aílton Sampaio Duque.
Expulsão: Marcílio
CAMPO GRANDE: Hélinho (Omar); Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival (Jofre); Valmir, Nodir, Dario e Adilson.
MADUREIRA: Carlinhos; Conceição (Luís Almeida), Joel, Russo e Pereira; Marcílio e Elmo (Nelsinho); Anísio, Nando (Roberto), Miguel e Altamiro.
Gols: Nodir 01/1º e 30/2º, Valmir 18/1º e 32/2º e Dario 25/2º; Nando 03/1º

CAMPO GRANDE 2 x 0 PORTUGUESA
Data: 16/08/1967.
Árbitro: José Ferreira de Souza.
Gols: Norival 17 de pênalti e Biriguda 21/2º
CAMPO GRANDE: Hélinho (Zamboni); Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Valmir (Biriguda), Nodir, Dario (Guaraci) e Adilson.
PORTUGUESA: Jurandir; Miguel, Simões, Beto e Zéca; Élcio e Colatina; Humberto, Guará, Pedro Paulo e Dida (Santos).

CAMPO GRANDE 1 X 0 BONSUCESSO
Data: 20/08/1967
Árbitro: Jorge Paes Leme.
Gol: Norival 14/1º
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Valmir (Biriguda), Nodir (Valmir), Dario e Adilson (Gil).
BONSUCESSO: Jonas; Luís Carlos, Paulo Lumumba, Jurandir e Albérico; Amaro e Ivo Sodré; Gilbert, Enos, Campista (Serginho) e Valdir.

1° Campo Grande AC, 8 pontos(campeão); 2° Bonsucesso FC, 6; 3° São Cristóvão FR, 5; 4° Madureira AC, 3; AA Portuguesa, 3 e Olaria AC, 3.

O Artilheiro do Torneio José Trócoli foi Antoninho do Olaria, com 7 gols.

Fontes: Wikipédia, Página do Campo Grande no Facebook e O Craque e as súmulas.

*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Página Oficial do Facebook do Campo Grande
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Os direitos de transmissões dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro



Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

Faltam apenas nove dias para o carnaval e o inicio dos desfiles das Escolas de Samba, que começa na sexta Grupo de Acesso A e depois no domingo com o grupo especial. Apesar de toda tensão do pré-carnaval, além alegorias em período de finalização, entrega de fantasias e apostas de quem será campeã e volta para os desfiles das campeãs, outro assunto vem sendo comentado, aliás, já é um assunto bem comentado nos últimos anos no carnaval, que seriam a as transmissões dos desfiles e os direitos de televisão envolvendo os envolvidos.

Desde 2013, a Globo passou a transmitir apenas no Rio de Janeiro, os desfiles do Grupo A, que até então, passava em outras emissoras, enquanto o canal transmitia os desfiles de São Paulo. Para muitos de nós sambistas e envolvidos no carnaval foi bem positivo, porém, com dezenove agremiações, o canal optou em transmitir a partir da terceira e quarta escola e passar um compacto das primeiras após o termino da ultima escola, porém isso foi comentado e esse formato foi repetido nos anos de 2014 e 2015. 

Já no Grupo Especial, o canal passava os desfiles na integra, repassando os direitos dos desfiles das campeãs para outra emissora (Band e SBT), mas em 2014 ela resolveu passar os desfiles na TV Fechada, no Canal Viva, que pertence ao Grupo Globo começando uma pequena revolta entre os sambistas. Ano passado ela resolveu usar formato que tinha no Grupo A, levando para o Grupo Especial e além disso, terminando de vez as transmissões do desfiles das campeãs, acompanhando apenas pela internet, em seu portal de notícias, o G1. No fim do mesmo ano ela resolveu se meter mais no carnaval, querendo transmitir os desfiles a partir da terceira escola de cada dia, prejudicando as agremiações como Estácio de Sá, União da Ilha, Vila Isabel e Salgueiro, colocando apenas um compacto após o termino da ultima agremiação, gerando uma grande revolta entre as escolas envolvidas. Agremiações, sambistas e componentes foram até as redes sociais protestando contra a decisão da Globo, que teve que acatar, mesmo assim, não vai transmitir a primeira escola de cada dia (Estácio e Vila Isabel), transmitindo o desfile na integra no fim das ultimas escolas.

Após esse período, muitos comentaram essa situação envolvendo a transmissões dos desfiles e os envolvidos que passam os direitos televisivos. A cada ano a Globo tem dado poucos espaços as escolas nos desfiles, apesar de algumas divulgações em seus telejornais como o RJTV e Bom Dia Rio, além das famosas vinhetas que passam no intervalos de sua programação, mas  em si, a transmissão vem perdendo o espaço em sua grade de programação. Claro que essa discussão será longa e muitos de nós teremos que ver o que seria melhor para cada um.

Apesar disso, na parte do carnaval vem crescendo a cada ano. Como a especialização sobre tema, chegada de livros enriquecendo a história cultural do carnaval e isso poderia aprimorar para dentro da transmissão, porém isso não tem acontecido. Não sei detalhes sobre a negociação entre a Globo e a LIESA, mas sei que a emissora tenta interferir na questão dos desfiles, como diminuição do tempo de desfile, alegorias e componentes, gerando revolta entre os dirigentes de algumas agremiações. Claro que a Globo primeiro pensa em seu interesse e para manter as transmissões, que vem perdendo a cada, oferece propostas que seriam “cruéis” para o carnaval. Um desfile com menos componentes, por exemplo, pode gerar perda de rendas para as escolas, que em muitas delas ainda dependem, por exemplo, de renda vinda da prefeitura e até mesmo da própria emissora. Outro fato seria colocar o inicio dos desfiles para mais tarde (em São Paulo, creio eu, começa 23 horas), mas as escolas também não concorda pela questão de encerrar o desfile na luz do dia, apesar que na história, há desfiles antológicos sobre a luz céu, como a Mocidade em 1996.

É claro que ambas precisam entrar em acordos, principalmente para o carnaval. A Globo como detentora dos direitos poderiam fazer isso, como faz em relação a outros esportes e até eventos como o Rock in Rio, repassando os desfiles para canais de seu grupo como Multishow, GNT, +Globosat e entre outras, como também colocar no Pay Per View, já que nesse intervalo na temporada do futebol brasileira também seria uma boa, alem de repassar os direitos de desfiles para canais online como o youtube, onde ano passado retirasse todos os desfiles, podendo trazer um publico mais especifico e apaixonado como vimos no tênis e no automobilismo. Também precisa renegociar os direitos dos desfiles das campeãs, algo que se tornou o costume para muitos, principalmente para os que acompanham os desfiles na Intendente Magalhães, usando o mesmo formato que citei para os desfiles ou mesmo para uma emissora com a TV Brasil.

Ainda veremos muitos capítulos sobre esse tema, mas espero que todos saiam felizes e que o carnaval continue mais forte para o bem de todos. 

*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Getty
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

As passagens aumentam e quem paga a conta é você

O aumento das passagens foi de 11,7% no Rio de Janeiro
Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)


Assim como todo inicio do ano, as passagens aumentam, porém esse ano ela chegou a R$ 3,80, tendo um aumento de 11,7% aprovado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Seu secretário de Transportes, Rafael Picciani sem cumprir algumas promessas que ele prometera em sua gestão como toda frota com ar condicionado, além da redução da frota de ônibus, com cortes de linhas para a zona sul do Rio, principalmente nas linhas vindo da Zona Norte. Também está previsto o aumento nas barcas, nos trens e até no metro.

As barcas subirão em 12 de fevereiro, de R$ 5,00 para R$ 5,60 (Praça 15-Araribóia), alta de 12%. A tarifa social passará de R$ 3,50 para R$ 4,10. As datas de reajuste são diferentes por causa dos contratos. O metrô, atualmente em R$ 3,70, só deve ter alta em abril. Os reajustes das três concessionárias da Agetransp devem sempre ser anunciados com pelo menos um mês de antecedência. Mas quem ganha com o aumento das passagens?

Esse aumento ocorreu após o governo federal anunciar o aumento do salário minimo de 8,83% em 2015 (de R$ 724 a R$ 788), ou seja, uma porcentagem maior do que o trabalhador assalariado. Além disso, esse aumento lucrará mais ainda para os empresários de ônibus, onde costumam financiar as campanhas eleitorais dos candidatos de quase todos os partidos da prefeitura, com exceção do PSOL, que abriu um processo para vetar o aumento e não aceitam doações de empresas.

Utilizando o comentário do candidato a governador em 2014 pelo PSOL Tarcisio Motta: "a mobilidade urbana é um direito de todo cidadão, mas no mundo em que vivemos se transformou em mercadoria cara e lucrativa para um pequeno grupo de empresários que controla as concessões públicas. (...) A opção pelo rodoviarismo no transporte público da cidade do Rio de Janeiro aliada à falta de transparência e controle sobre as planilhas das empresas gerou uma situação onde os donos das empresas de ônibus ganham tudo e quem paga a conta é o trabalhador carioca. Vejam vocês: isenção de ICMS, redução do ISS de 2% para 0,01%, redução do IPVA pela metade e agora, 13,3% de aumento na tarifa! Isso é um assalto! O Ministério Público e a Defensoria Pública já se manifestaram, afirmando que vão questionar o aumento na justiça, mas nós sabemos que é a mobilização popular que pode barrar mais esse absurdo", falo sobre o enriquecimento de Jacob Barata, de 83 anos, conhecido como “Rei dos Ônibus”, que segundo o artigo do vereador pelo Rede-RJ Jefferson Moura (Clique Aqui) teria “participação em 16 empresas de ônibus municipal no Rio. Entre 2006 e 2007, o HSBC “private bank” de Genebra, na Suíça, indicava que Jacob mantinha US$ 17,6 milhões em uma conta conjunta com a esposa Glória e os filhos Jacob Júnior, David e Rosane.” Jefferson Moura ainda comenta sobre as oligarquias: Se existem “perdas” para os empresários do setor de transportes, por que o povo tem que tapar este rombo? Por que as oligarquias políticas que comandam o Rio acham que é normal que no período de crise o povo tenha que se sacrificar e pagar mais caro pelo transporte? Se há uma crise, o povo não deveria ser poupado? Por que os lucros dos empresários são garantidos pela Prefeitura e o suor dos trabalhadores tem que bancar o aumento? E as transferências de recursos públicos para estes empresários de transportes, por que nós pagamos essa conta?

Os lucros das empresas estão mantidos, Paes, assim como o secretário municipal de transporte Rafael Picciani, o PMDB e seus aliados continuarão recebendo doações para suas campanhas, lembrando que esse ano haverá eleições municipais e eles querem continuar no governo, mas o povo, principalmente o trabalhador que mora na Zona Oeste e Norte pagará as contas com ônibus precários, sem ar condicionado, além de segregar esses moradores, cortando ônibus para Zona Sul, dificultando sua a ida às praias por exemplo. Além dos ônibus, não temos para onde correr. Os trens pioraram nos últimos anos na gestão da SuperVia, não cumprindo horários, apresentando problemas diários, além da superlotação, onde muitos dos carros tem ar condicionado desligado.

A prefeitura não aprendeu com as manifestações de 2013 e naquela época, a passagem era de 2,75, ou seja, em dois anos tivemos um aumento de 1,05, mas nesse mesmo tempo, não vimos melhoras nos ônibus. Agora precisamos pensar nas eleições e vejamos para quem realmente a gestão Paes beneficiou, pois no inicio do ano que vem, quem sabe chegaremos na passagem acima de 4 reais, sem nenhuma mudança na mobilidade urbana do Rio de Janeiro.

Imagem: Getty

 

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