sexta-feira, 26 de agosto de 2016

1º Debate BAND para Prefeitura do Rio de Janeiro


Dia 23 começou a campanha eleitoral para os municípios e ontem, como de tradição, foi realizado o primeiro debate entre os candidatos a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro na TV Bandeirantes.

Apesar de ser um debate municipal, os assuntos relacionados ao processo de impedimento da presidente Dilma Roussef e ideológicos se tornaram o ponto negativo, pois foram feitas de ataques e ofensas entre os candidatos, tirando isso alguns e poucos pontos foram comentados pelos candidatos, sem comentar o ocorrido com Flávio Bolsonaro após passar mal no meio do debate e sobre o que ocorreu após com a Jandira Feghali ao tentar socorrer o candidato.

Mobilidade: É um dos grandes problemas da cidade do Rio de Janeiro e nos últimos anos pouco se mudou e muito se criou. A criação do VLT e do BRT pode até sido algo positivo, mas infelizmente não passa pela cidade toda e algumas regiões como nos bairros de Bangu, Realengo e Marechal Hermes não foram beneficiados e, além disso, algumas linhas de ônibus foram cortadas e reduzidas obrigando os usuários de utilizarem o BRT e maiorias das oportunidades pegam até três ônibus para chegaram no lugar desejado.

Algumas pautas foram comentadas, principalmente a polêmica envolvendo entre o táxi e o uber, além do transporte alternativo como as vans, que chegariam às comunidades mais distantes em integração ao BRT e a linhas ferroviárias como trem e metrô. Outra pauta citada foi a ampliação da Transbrasil, que ainda está em obra e a criação da transuburbana, ou seja, seguem na política de criação, mas não de melhoramento, assim como os problemas nas linhas de ônibus, que em alguns lugares estão em situações precárias, enquanto outras regiões tem uma estrutura superior como ônibus com Ar Condicionado. A mobilidade é muito importante para a cidade e não pode ser tratada como fonte de ganhar votos e dinheiro, como tem acontecido nos últimos anos.

Educação: A educação foi um dos temas menos debatidos, porém foram citados alguns temas como a contração de professores na educação especial onde pouquíssimos foram chamados do ultimo concurso e o horário de período integral, tão comentado pelo os candidatos. Outro fato citado, contratação de 15 mil professores,além da integração ao esporte e ao meio ambiente, fora isso, poucas pautas em relação a educação foram citadas.

Habitação: Muitos citaram o Porto Maravilha, alguns foram direto citandos que foi uma região criada para a especulação imobiliária. Outros citaram a importância de gerar moradias e empregos na região da Leopoldina, Avenida Brasil e na Zona Oeste para que a escolha seja das pessoas e não do mercado, além da melhoria nas comunidades mais carentes.

Segurança: Segurança foi a pauta mais comentada entre os candidatos e nas redes sociais, se tornando o tema principal no debate. Os candidatos falaram de como podem melhorar essa como armar a guarda municipal e o uso de pequenos delitos, não só como reepreção ao comércio informal que são os camelôs. Outros citaram em investir em educação para investir também na segurança e outros em criar uma parceria com outras forças de seguranças, além de melhorar a iluminação da cidade deixando as ruas mais seguras e cheias.

Colocadas essas observações sobre o pouco que se debateu de prático, vamos a análise de cada candidato.

Marcelo Crivella (PRB): Apesar de alguns ataques, Crivella focou em investir nas áreas mais pobres, convocar os professores na educação especial no ultimo concurso, integrar todas as forças de segurança, além de propor que a Guarda Municipal seja mais ativa em relação a pequenos delitos e não somente retirando mercadorias dos camelos, porém negou o uso de armas, como outros candidatos. Ele também rebateu os ataques e relembrou as eleições que foi derrotado pelo pezão, além de relembrar o escândalo da merenda na cidade.

Flávio Bolsonaro (PSC): Filho do presidenciável Jair Bolsonaro, o cândida participou somente da metade do debate até passar mal e ser retirado do debate, mas fez pouco no debate, falando apenas em armar a guarda municipal. A única parte positiva do candidato foi a legalização do UBER e sobre o transporte alternativo que facilitaria o acesso nas estações ferroviárias como trem e metrô.

Jandira Feghali (PC do B): Parece que a intenção da candidata do PC do B é nacionalizar a campanha. Parece que ela falou golpe mais vezes que o Los Hermanos na música Pierrot. Não mediu ataques contra os adversários que votaram a favor do impedimento da Dilma, além de rebater as vaias da plateia. Os pontos positivos foram apenas na questão de revitalizar a zona da Leopoldina e o passe livre social que deverá ser o principal tema da sua campanha, além de lutar contra os empresários do ônibus.

Calos Osório (PSDB): Pouca representatividade nos debates e muito ataque. Não soube responder as falhas dos transportes, onde foi secretário na gestão do Eduardo Paes e resolveu atacar seu antigo chefe como se não fizesse parte dele.

Índio da Costa (PSD): Falou nada de útil, apenas atacou, lembrando que o Crivella é sobrinho do Macedo e da sua gestão como ministro da pesca. Enfatizou falando em segurança como a criação de mais uma secretaria, foi mais um em querer legalizar o UBER e também atacou os empresários de ônibus.

Alessandro Molon (Rede): Sem dúvidas foi o melhor do debate. Não sofreu ataques, não utilizou a imagem da Marina, que talvez trará mais votos e conseguiu em meio de ataques apresentar propostas. Suas pautas é criar uma economia criativa focada na cultura, uma gestão com transparência junto a população. Falou em investir na educação como forma de investir também em segurança, além da melhoria das ruas com ruas iluminadas além de defender moradia próxima ao trabalho, prometendo emprego na Zona Oeste e revitalizar as Zonas Urbanas.

Pedro Paulo (PMDB): Foi atacado em todos os lados e manteve a postura de todo candidato do partido. Falou do legado das olimpíadas, do BRT e do VLT, mas não falou algo de inédito ou alguma de melhorar a cidade. Falou em contratar novos professores, além de novas escolas do amanhã e colocar e, período integral, comentou sobre a ampliação da Transoeste, que nem pronta está, para Santa Cruz e da Transuburbana de Sulacap ao Centro. Não falou sobre as áreas abandonadas na gestão Paes e apenas falou o mundo de fantasia do Rio de Janeiro que só ele vive.

Marcelo Freixo (PSOL): Fora do debate devido a regra da minireforma, Freixo fez um debate na Cinelândia e a hastag #FreixoNoDebate foi uma das mais comentadas no twitter. Focando no que ocorria no debate da TV. Em suas pautas, criticou a dupla função dos motoristas de ônibus e a queda de empregos na área, falou em capacitar os taxistas e criticou a exploração brutal que sofrem, mas também defendeu a legalização do Uber, além de apresentar propostas para educação, saúde e saneamento básico, mas foi menos enfático em falar de mobilidade.

Sobre a legislação que não teve a participação do Marcelo Freixo, o STF emitiu um novo decreto que os canais podem chamar os candidatos com representatividade nos debates, sem aprovação de outros candidatos, assim, Marcelo Freixo deverá está nos debates dos próximos canais.

Não sei se a partir desse debate poderá ter algumas mudanças ou estratégias, mas creio que a política nacional e o resultado do impedimento de Dilma Roussef pode atrapalhar alguns candidatos, além da rejeição de outros candidatos por questões ideológicos e outras questões. Não sei se esses debates influenciará por exemplo as próximas pesquisas e ver se algum nome terá algum  crescimento, mas ainda é cedo de planejar quem chegará ao segundo, já que será bem nivelado e dependendo do que acontecer nos debates, tudo pode acontecer.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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