sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Papo de Torcedor VASCO – Retrospectiva 2016

Nação Cruzmaltina, essa crônica é a ultima de 2016 sobre o nosso querido Vasco. Foi um ano de altos e baixos e momentos diferentes nos dois semestres desse ano. Com uma arrancada espetacular no fim do campeonato, foi rebaixado para segunda divisão pela terceira vez em menos de dez anos, a equipe manteve boa parte do elenco, jogadores como Nenê e Riascos, que foram exaltados pelas boas atuações, perdendo apenas o volante Serginho, substituído por Marcelo Mattos, além do técnico Jorginho, terminando ano de 2015 em grande estilo, mesmo com a queda.

Com a permanência de boa parte do elenco, o Vasco pouco contratou no início da temporada de 2016. Além de Marcelo Mattos, veio também Yago Pikachu, lateral destaque no Paysandu. No decorrer da temporada, a equipe perdeu o atacante Riascos e o Zagueiro Rafael Vaz, destaques do primeiro turno e do título carioca e com a queda de rendimento no segundo turno do campeonato brasileiro vieram Rafael Marques, Júnior Dutra, Fellype Gabriel e Éderson, sendo o único que mais deu certo, fazendo gols importantes e terminando a temporada como titular. Agora vamos falar um pouco do Vasco nos três campeonatos disputados na temporada de 2016.


Campeonato Carioca
Atual campeão, o Vasco estreou bem no campeonato e logo nas primeiras rodadas, jogou contra o Flamengo  em São Januário, já que o Maracanã estava entregue ao comitê olímpico. Rafael Vaz fez o gol da vitória, garantindo a invencibilidade em cima do maior rival. A invencibilidade manteve contra Botafogo e Fluminense, mas empatando com a equipe de General Severiano. O Vasco liderou as duas primeiras fases do campeonato, conquistando a Taça Guanabara. Com a liderança, enfrentaria novamente o Flamengo na semifinal e dessa fez foi em jogo único em Manaus e com a boa atuação de Andrezinho e Riascos, os vascaínos passaram por cima dos flamenguistas  enfrentando os botafoguenses pela na segunda final consecutiva entre as equipes.

As duas partidas da final foram complicadas e com gol de Jorge Henrique, o cruzmaltino venceu a primeira partida. Na segunda partida, o Botafogo até tentou e abriu o placar, mas o Vasco conseguiu um empate com gol salvador de Rafael Vaz, que havia entrado na segunda etapa, garantindo o bicampeonato carioca e de forma invicta.


Copa do Brasil
Disputando a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o Vasco tinha a Copa do Brasil como o único caminho para a disputa da Libertadores da América de 2017. A primeira fase o foi contra o Remo, vencendo em Belém com o placar de 1x0 e em São Januário por 2x1. Na segunda fase foi contra o CRB, vencendo o primeiro jogo por 1x0 e empatando o segundo no placar de 1x1. Na terceira fase, o adversário seria o Santa Cruz, atual campeão da Copa Nordeste. Empatou em casa no placar de 1x1 e venceu fora por 3x2 em um jogo dramático para a torcida vascaína. Na quarta fase, já com as equipes vindo da Libertadores, o Vasco enfrentou a equipe do Santos. Perdeu a primeira fora pelo placar de 3x1 e empatou em casa por 2x2, acabando com o sonho de conquistar o bicampeonato e a classificação para o torneio continental de 2017.


Campeonato Brasileiro Série B
Com o excelente desempenho no Campeonato Carioca, o Vasco da Gama iniciou sua participação na Série B com grandes expectativas e até a garantia de subida de forma bem antecipada como em 2009. Estreou com goleada em cima do Sampaio Corrêa, além das vitórias consecutivas contra o Tupi, Vila Nova e Bahia, até empatar com Oeste. Depois vieram mais duas vitórias sobre o Goiás e Joinville até a primeira derrota do ano para o Atlético-GO na oitava rodada do campeonato, acabando com a maior invencibilidade em jogos oficiais de sua história: 34 partidas sem perder. Mesmo com a derrota, a equipe de São Januário conseguiu mais nove vitórias garantindo a liderança no primeiro turno da competição.

No segundo turno, o caminho do Vasco na Série B começou a desandar.Nas quatro primeiras rodadas foram dois empates (Sampaio Corrêa e Tupi) e duas derrotas (Vila Nova em casa e Bahia), voltando a vencer apenas na quinta rodada contra o Oeste. Após a vitória, vieram foram quatro jogos sem perder, que veio contra a equipe do Náutico. Restando dez rodadas, o Vasco foi caindo na tabela. Veio a derrota para a equipe do Paysandu, venceu a equipe do Londrina, voltou a perder para o CRB e vencer a equipe do Paraná, depois vieram três jogos sem vencer, restando apenas três rodadas para o fim do campeonato. O Vasco venceu a equipe do Bragantino e precisaria de mais uma vitória para garantir o acesso de forma antecipada, mas perdeu para a equipe do Criciúma, sendo ameaçado de ficar mais um ano na segunda divisão. A última partida foi contra o Ceará e a torcida esgotou todos os ingressos. No total, tinham 56 mil pessoas no Maracanã. Para sorte do Vasco, o Oeste venceu o Náutico, mesmo com o resultado, o time virou com dois gols de Thalles garantindo o retorno a equipe de São Januário a elite do Campeonato Brasileiro.

O que esperar de 2017?

Após a garantia do retorno a Série A do Campeonato Brasileiro, o Vasco começou planejar a temporada de 2017. Jorginho não seguiu no comando e trouxe de volta Cristóvão Borges, vice-campeão brasileiro em 2011 e eliminado nas quartas de final da Libertadores em 2012. Eu sinceramente achei um bom nome e tem uma identidade com o Vasco. Em questão de reforços, até a publicação desse artigo, foram muitas especulações e apenas um reforço, o meia Escudero.

Não dar para fazer previsões, já que é ano de eleições e tudo pode acontecer, mas espero que o Vasco invista de verdade no elenco e que traga de volta a alegria aos vascaínos, pois não podemos ficar brigando para não descer, pois não é a grandeza do Vasco e espero que volte a ser o Gigante da Colina e que volte a brigar por títulos nacionais e não apenas estaduais, como falou em outras vezes o nosso presidente Eurico Miranda, já que será ano de eleições.


Que 2017 seja um ano de mudanças e vitórias para o Vasco. Saudações Vascaínas /+/.

*José Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em história. Ama futebol, política e um bom papo de botequim.
Siga Razão e Cultura nas Redes sociais (Facebook) (Twitter)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Futebol Colombiano – Nove vezes Independiente Santa Fé

A equipe conquistou o nono título nacional (Foto: Samuel Norato)
Fundado na cidade de Bogotá em 1941, o Independiente Santa Fé é um dos principais times do futebol colombiano, porém a equipe ficou sem conquistar um título nacional por 37 anos, voltando a conquistar apenas em 2012. A partir desse ano, Os Cardiais venceram mais ou menos um título por ano e nesse ultimo domingo (18) conquistaram o nono titulo nacional garantindo a classificação direta para a fase de grupos na libertadores. O título veio após a vitória de 1 a 0 contra o Deportivo Tolima com o gol de cabeça de Urrego aos onze minutos do primeiro tempo. Com o empate no jogo de ida e a vitória na volta, o Santa Fé pode comemorar pela nona vez na sua história.

Para conquista do título desse ano, o time se reforçou com doze reforços: Leonardo Pico (Patriotas), Kevin Salazar (Fortaleza), Carlos Arboleda (Rionegro Águilas), Javier López (Rionegro), Horacio Salaberry (Aucas, Equador), Juan Falcón (Al Fateh, Arabia Saudí), Jhon Fredy Salazar (Once Caldas), José David Moya (Cortuluá), Humberto Osorio Botello (Defensa y Justicia, Argentina), Joao Rodríguez (Sint-Truiden, Bélgica), Ánderson Plata (Sem Clube) e Jonathan Agudelo (Millonarios), além do elenco do primeiro semestre, já que disputaram outros torneios como a Copa Suruga Bank, Recopa Sulamericana, Copa Sulamericana, Copa Águila e Liga Águila, conquistando o torneio japonês diante do Kashima Antlers, atual vice-campeão mundial.

A caminho para o título começou com a classificação na quarta posição para as quartas de final, o adversário foi o atual campeão colombiano, Independiente de Medellín, conquistando as duas vitórias de 2 a 1 e 2 a 0, classificando a equipe para semifinal. O adversário foi o atual campeão da Libertadores e maior campeão do futebol colombiano Atlético Nacional. A primeira partida terminou empatada em Bogotá. No jogo de volta, devido ao calendário, os verdolagas jogaram com a equipe Sub20, já que estariam disputando o campeonato mundial no Japão. Como o Santa Fé não tem culpa por causa disso, goleou a equipe de Medellín por 4 a 0, classificando para semifinal. Conforme falei anteriormente nesse artigo, o adversário foi o Tolima, empatando fora em 1 a 1 e vencendo em casa no placar de 1 a 0, garantindo o nono título para os leões.

O título não foi fácil e um dos heróis dessa conquista foi o técnico argentino Gustavo Costas, que foi campeão colombiano em 2014 pela equipe. Ele substituiu Alexis García, impôs uma nova forma de jogar, conquistou a Copa Suruga Bank e quase conquistou a Recopa Sulamericana para o River Plate. Eliminado para o Cerro Porteño nas oitavas, apoós ter vencido o jogo de ida por 2 a 0 e ser goleado na volta por 4 a 1, a Liga Águila seria o objetivo final para a equipe e técnico em 2016. Depois da derrota para a equipe do Patriotas por 2 a 0, ele colocou uma série de nove jogos sem perder garantindo o a classificação para as quartas de finais do campeonato colombiano, fechando com 15 jogos sem perder para conquista do campeonato.


Apesar de muitos falarem do Atlético Nacional e a questão da sua eliminação do torneio por causa do calendário, não podemos desmerecer o Independiente Santa Fé. O time vem conquistando títulos importantes têm o bom atacante Osório, que fez sete gols no campeonato e o conjunto em si que soube levantar a cabeça e dar a volta por cima graças ao técnico argentino. Acho que podemos sim esperar um Santa Fé mais competitivo para 2017 já que tem a Super Copa da Colômbia e Libertadores, porém o titulo colombiano é de grande importância para quem ficou quase 40 sem conquistar e vencer o terceiro em menos de cinco anos. Parabéns Independiente de Santa Fé, nove vezes campeão colombiano.

Siga Jovens Cronistas nas Redes sociais (Facebook) (Twitter)

*José Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em história. Ama futebol, política e um bom papo de botequim.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Editorial - Refletindo sobre o Mundial de Clubes


Criado em 1960 o torneio teve diversos nomes e formatos entre os participantes até o formato atual realizado pela primeira vez em 2005. Após onze anos do torneio sobre o comando da FIFA, o formato volta a ser questionado e comentado entre diversos diretores da entidade e jornalistas esportivos. Muitos questionam sobre o desinteresse dos clubes europeus e do enfraquecimento das equipes sul-americanas, que venceu apenas com o Corinthians após a mudança ao formato atual. Qual seria o formato ideal para que o torneio seja mais atrativo e mais competitivo entre os participantes?

Nos primeiros anos do torneio e com o nome Copa Intercontinental entre as equipes vencedoras dos torneios da América do Sul e da Europa. De 1960 a 1979, as partidas eram realizadas em dois jogos, uma na Europa e outra na América do Sul. A partir de 1980 o nome do torneio mudou para Copa Toyota em partida única realizada no Japão nos anos de 1980 a 2001 realizadas na cidade de Tóquio e 2002 a 2004 em Yokohama, mas com o mesmo formato entre vencedores dos dois continentes.

No Fim da década de 90, a FIFA resolveu assumir o torneio, realizando o primeiro torneio entre os clubes, adicionando outras confederações e o campeão do país sede. Em 2000 foi realizado esse torneio com oito participantes no Brasil. O formato foi de dois grupos de quatro, o campeão de cada grupo se classificava na final e o segundo para disputa do terceiro colocado. Em 2001 o torneio seria realizado na Espanha, porém, retornou apenas em 2005 com o formato de mata-mata, sem o clube campeão local e dois anos em cada país, mas com o formato garantido as equipes da América do Sul e Europa nas semifinais. Em 2009 o campeão do país sede foi adicionado ao torneio, participando de um playoff para se classificar ao torneio para as quartas de finais, sendo o formato atual do campeonato.

Vários formatos e sedes aconteceram no mundial de clubes. Nos últimos anos vimos a soberania dos clubes europeus e o enfraquecimento das equipes sul-americanas. Com a globalização e o mercado da bola mais favoráveis as equipes da Europa, outras equipes acabam perdendo seu principais jogadores após conquistarem seus títulos continentais, ficando mais fracos na participação do torneio. Mesmo assim há críticas as equipes campeãs da América do Sul, pois estando garantidas na semifinal do torneio, não representa mais classificação para a final como no passado e em três ocasiões foram eliminados para equipes do país sede. Outro desfavorecimento seria contra as equipes da CONCACAF, sempre enfrentando equipes da Europa, e financeiramente vivem momento um pouco melhor que as sul-americanas, mas sem tradição nos torneios, assim como a Ásia por causa do futebol chinês que está investindo pesado para fortalecer a liga local e ser uma das principais forças do continente.

Por essas questões e outras, precisamos repensar sobre o formato do torneio. Teoricamente é ruim para o calendário de ambos, seja o mês escolhido. Nesse ponto é comentado um torneio aos moldes da Copa do Mundo, realizados a cada quatro anos ou até dois anos. Aumentar o número de participantes como os campeões da Liga Europa, Copa Sulamericana e outras ligas secundárias de outros continentes, além de colocar os vices de cada torneio. Muitos formatos são estudados e na minha opinião o melhor formato seria de grupos como em 2000, mas com semifinal e final, mas isso será conversado nos próximos anos e pelo que vejo nos noticiários esportivos, em 2019 será com um formato diferente. Agora resta acompanhar e opinar até la.

Siga Razão e Cultura nas Redes sociais (Facebook) (Twitter)

*José Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em história. Ama futebol, política e um bom papo de botequim.
 

Razão & Cultura Copyright © 2011 -- Template created by O Pregador -- Powered by Blogger