segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

As causas de ser e as conseqüências de estar


Seis de dezembro de dois mil e quinze será mais uma data manchada de um time com uma grandeza que é o Vasco. O Gigante da Colina mais uma vez padeceu e chegou ao seu terceiro rebaixamento em oito anos. Quem seriam os culpados?

Desde o titulo nacional de 2000, o Vasco continuou como um time grande, mas hoje pensa como o time pequeno, sendo considerado por alguns especialistas como time “Ioiô”. Nesses quinze anos, a equipe só participou de duas libertadores (2001 e 2012), conquistou um titulo nacional (2011) e dois campeonatos cariocas (2003 e 2015). Além disso, ficou apenas entre os dez melhores colocado no brasileiro em apenas três oportunidades (2006, 2011 e 2012) e agora com três rebaixamentos (2008, 2013 e 2015), sendo o primeiro grande a ser rebaixado três vezes e o primeiro a subir para Série A e descer para Série B.

Esses números mostram que entre os grandes, o Vasco foi que teve mais próximo da zona da degola, do que na parte de cima da tabela. Dos que foram rebaixados, não conseguiu se estabilizar por algumas temporadas, ficando acima de Grêmio e Botafogo que não conquistaram nenhum titulo nacional após o acesso. Parece bobagem, mas a situação é critica e o futuro incerto.

Desde que Eurico Miranda assumiu a presidência em 2001, o Vasco começou ter uma crise política com suas reeleições em 2004 e 2007 de formas políticas. Em 2008, Dinamite se elegeu, sendo uma esperança de colocar clube de volta no auge, porém, após a sua reeleção em 2011, Dinamite não cumpriu o que prometera, deixando o Vasco em uma situação pior do que o Eurico deixou em 2008, sendo assim, os sócios com receio que algum outro nome assumisse o poder do Vasco, acharam que Eurico Miranda, seria o “menos pior”, trazendo de volta ao comando do clube no fim do ano passado.

Eurico voltou e mais uma vez nada mudou, mas voltaram as provocações em relação ao Flamengo, arrumou briga com o Fluminense em relação do lado da torcida do “New Maracanã”, além de se juntar com Rubens Lopes na FFERJ, tão criticada pela dupla Fla-Flu e pela mídia. O Vasco começou a temporada de 2015 contratando mais de 20 jogadores, trouxe Doriva, acreditou em uma recuperação do Dagoberto e de forma polemica, conquistou o estadual, depois de doze anos.

Após o titulo do estadual, a torcida começou acreditar que o Vasco voltaria, ainda mais com o jargão “o respeito voltou”, mas não foi bem isso que aconteceu. O começo do primeiro turno foi fraco. Jogadores que eram destaques do carioca caíram de produção, sendo alguns negociados e outros perdendo espaço no elenco. Com a demissão de Doriva, Eurico agiu como sempre agiu, acreditando no Celso Roth, sempre criticado pela torcida e pela mídia, mas depois de tanta pressão, Roth foi demitido, porém vieram mais reforços, em sua maioria, na parte ofensiva e veio o técnico Jorginho. O time melhorou no segundo, perdeu alguns pontos em alguns jogos no final da partida, mas isso não ajudou e o Vasco chegou a seu terceiro rebaixamento em três anos.


Hoje na coletiva, Eurico assumiu toda culpa, mas criticou Dinamite, porém ambos tem grande parcela pela situação atual do Vasco e dificilmente esse cenário possa mudar, mas com todo apoio da torcida, que é apaixonada e na espera por um grupo que venha honrar a história do Vasco e que faça mais pelo futebol, pois o futuro é incerto e nessa situação, o Vasco continuará grande, mas está como um pequeno e isso é algo a pensar.

Texto e Edição: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Foto:  Lancenet/Divulgação

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Vasco, 117 anos de conquistas e glórias


Sim, o Vasco está em crise, enfrentando mais uma chance de rebaixamento, que poderá ser a terceira em oito anos. Sim, o Vasco vive um momento político conturbado, gerando uma divisão entre aqueles que são prós e contras a gestão Eurico Miranda, mas uma coisa a instituição Vasco da Gama nunca deixará de ser o Gigante da Colina, que tem uma massa de 10 milhões de apaixonados.

A luta pelo rebaixamento é apenas de muitas lutas que o Vasco enfrenta. Clube fundado por um grupo de 63 rapazes, imigrantes portugueses e luso-descendentes, onde se reuniram em uma sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, localizado no bairro da Saúde, fundando o clube de remo Club de Regatas Vasco da Gama, quando eram comemorados os 400 anos da viagem do célebre almirante à Índia.
Em 1904, O Vasco elegeu o primeiro presidente não-branco da história dos clubes esportivos em atividade no Rio, sendo o oitavo presidente da história do clube. Numa época em que o racismo dominava o esporte, Cândido José de Araújo, um mulato que não dispensava a elegância de um cravo branco na lapela, fez uma gestão exemplar, apresentando o Vasco como um clube aberto e sem preconceitos.

O futebol só veio em 1913, com a criação do Lusitânia era um clube restritivo, que só aceitava portugueses como sócios, o que o impedia de ser incorporado à Liga Metropolitana de Sports Athléticos. O Vasco, por outro lado, aceitava tanto portugueses como brasileiros como sócios. Um acordo entre os clubes celebrado a 26 de novembro de 1915 levou à fusão dos dois, dando origem ao departamento de futebol do Vasco da Gama, mesmo contra alguns remadores, que não aceitavam a criação do departamento de futebol. O Vasco estreou a 3 de maio de 1916, na terceira divisão, perdendo por 10 a 1 contra o Paladino Foot-Ball Club.


O clube então incorporou em seu quadro, jogadores de origem étnica, com a condição que soubessem jogar futebol e em 1922, o Vasco conseguiu o primeiro título ao derrotar o Carioca por 8 a 3, ficando com a taça Constantino, garantindo a ida para a Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). A campanha do clube foi excelente, com onze vitórias, dois empates e uma derrota, sagrando-se assim campeão do Campeonato Carioca de Futebol de 1923 no seu ano de estreia. O time vascaíno era composto por jogadores de várias origens, como negros, mulatos, portugueses e brancos pobres da classe operária, fazendo diferença a outros clubes como Fluminense, América e Flamengo, que não aceitavam ser derrotados por um time formado por negros e pobres e que nem estádio possuía e no ano seguinte deixaram a LMDT e funda a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA).

O Vasco permaneceu na LMDT, ao lado de clubes que não aceitaram as condições ou que não conseguiram cumpriram as exigências da AMEA (casos do Bonsucesso, Andarahy, Villa Isabel, Mackenzie), sendo campeão da Liga Metropolitana em 1924 e no ano seguinte, houve acordo entre o clube e a AMEA, costurado em boa parte por Carlito Rocha, futuro presidente do Botafogo. O Cruzmaltino manteve seus atletas. E o clube, com seus jogadores negros, mulatos e pobres, entraram para a história esportiva do país ao contribuir decisivamente para tornar o futebol um esporte realmente de todos os brasileiros.



Em 1927, em uma campanha de arrecadação permitiu que o sonho se tornasse realidade, com a construção de São Januário, que até 1941, com a inauguração do Pacaembu era o maior estádio do país.



Chegando à década de 40, o Vasco montou um timaço, conhecido como “Expresso da Vitória”, com Augusto, Eli, Lelé, Isaías, Jair, Danilo, Ipojucan, Fiaça, Ademir e entre outros. Com esse elenco, o time, o Vasco conquistou o Campeonato Sul-Americano de Campeões e foi a base da Seleção Brasileira na Copa de 1950.


Assim foram nas décadas seguintes, como na década de 70, o time foi campeão brasileiro em 1974 e alguns nomes que entraram para história do clube como Roberto Dinamite, Zanata, Alcir, Ademir, Jorginho Carvoeiro e entre outros. Na década de 80 outros nomes como Romário, Bebeto, Sorato, Acácio trouxe o bicampeonato brasileiro, em 1989 e nome como o do Cocada, campeão carioca em 1998, sobre o Flamengo.


Outros títulos vieram, o Brasileiro de 97 e 2000, a Libertadores, conquistada em seu centenário em 1998, a MERCOSUL em 2000, com uma das viradas históricas no futebol brasileiro, assim como a Copa do Brasil em 2011 e de grandes ídolos como Edmundo, Felipe, Pedrinho, Carlos Germano, Helton, Juninho Pernambucano e entre outros fazem do Vasco um clube gigante e mesmo com toda crise que vive no momento atual, a história que as adversidades virão, mas no final sempre dará a volta por cima.


Parabéns Vasco pelos 117 anos de existência e que sua grandeza seja eterna como toda sua história. 



Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Um romance de carnaval


Conto publicado no Wattpad: Entre Crônicas e Contos

João Marcos é escritor e estudante de Jornalismo. Ele como muito dos cariocas é um amante do carnaval eu um apaixonado pelas escolas de samba. Mas o ano de 2005, seria um atípico e nas vésperas das disputas de samba e há meses de seu casamento, seu noivado de quase 6 anos terminaria e para surpresa de João, sua amada foi embora para África do Sul.

Após termino de seu noivado, ele resolveu deixar de lado por um tempo aquilo que ele mais amava, mas com o carnaval chegando, o desejo de João em voltar a frequentar, mesmo que na etapa final dos ensaios das escolas de samba, era grande, mas depois de muitos anos, ele decidiu que não iria ao sambódromo acompanhar os desfiles e sua escola de paixão, a São Clemente, já que João foi nascido e criado nas redondezas de Botafogo.

Na semana anterior, João resolveu programar seu roteiro para acompanhar pela primeira vez o carnaval de rua, que vem crescendo a cada Ana, mas algo entraria na história, Na sexta-feira, semana que antecede ao carnaval, ele decidiu pular no famoso Bola Preta e quando foi comprar a sua camisa para acompanhar o bloco, ele ficou encantado com uma jovem morena, aparentemente 25 anos, cabelos cacheados, corpo perfeito.

Após o termino de seu noivado, João evitou por algum tempo se aproximar de outra mulher, mas parecia que dessa vez seria diferente e sem hesitar, ele foi em direção da menina.

- Com licença, vir até aqui, pois fiquei muito encantado com a sua beleza e mesmo sabendo que estamos em um bloco pré-carnaval, resolvi chegar até aqui e tentar conhecer mais sobre você e por que fiquei tão encantado por você.

Ela timidamente sorriu, mas respondeu. - Meu nome é Eduarda, sou capixaba e estou a três dias no Rio de Janeiro, mas o que fez você vir até aqui?

- Realmente não sei, mas acho que foi o seu sorriso e algo de diferente que não via em outras pessoas, mas é a primeira vez que você está aqui no Rio de Janeiro.

- Na verdade sim, eu acabo de me formar na faculdade e resolvi tirar férias no Rio de Janeiro, pois sempre gostei do carnaval daqui e achei que seria o momento exato de conhecer.

João sorriu e perguntou. - Então você também gosta de carnaval, mas me diga o que mais gosta e o que já está achando dessas férias?

- Desde pequena, minha família sempre foi ligada ao carnaval. Meu avô é carioca e fala muito do carnaval daqui. Essa paixão passou para o meu pai, que é um dos diretores da MUG, uma escola de samba tradicional na cidade de Vitória.

João então ficou surpreso ao descobrir que aquela beleza, também tem uma paixão pelo carnaval.

- Interessante apesar de acompanhar bem pouco o carnaval de Vitória, aliás, elas não estão desfilando nesse fim de semana?

- Sim, mas na verdade, eu não desfilo na escola já faz alguns anos e mesmo com titulo conquistado no ano passado, não me interessei em voltar, mas você também desfila?

- Na verdade, também não desfilo, mas sempre acompanhei os bastidores do carnaval, pois sempre fui apaixonado por tudo que envolve as escolas de samba, mas nunca me interessei em fazer parte de uma agremiação, apesar de ser Botafogo e apaixonado pela São Clemente, que hoje desfila pelo grupo de acesso, mas você também falou que tinha se formado a pouco tempo, correto?

- Sim, me formei em Geografia e você, também é formado?

- Estou no penúltimo período em jornalismo

- Legal e após de se formar, o que pensa em fazer?

- Na verdade ainda não sei. Estou iniciando um romance e talvez não fique na área da comunicação, mas hoje escrevo para dois sites sobre carnal e de vez em quando, reviso textos para ganhar um extra e você?

- Sou assistente administrativa, mas pretendo seguir a carreira, pois quero ser professora.

- Será uma bela professora. Enquanto a conversa ia fluindo entre os dois, os foliões começavam a caminhar com o bloco, João nesse momento chamou a Eduarda para um lugar mais tranqüilo.

- Topa em sair daqui e irmos para um lugar mais tranqüilo.

- Claro, para onde vamos?

- Podemos ir para a Lapa, conhece?

- Na verdade só de nome, mas aceito o convite

João então chamou o táxi e levou Eduarda para um dos bares da noite da Lapa.

- Aqui é a Lapa, terra da boemia, dos malandros, mas então me diga, já que gosta de carnaval, gosta também de samba?

- Sempre gostei de música, mas ouço pouco de samba. Lembro do meu pai ouvindo Clara Nunes, Dona Ivone Lara, João Nogueira e entre outros, mas sou uma apaixonada pelo Blues e pelo Jazz e as vezes fico horas ouvindo Billie Holiday e Ella Fitzgerald.

- Acho interessante essas cantoras, mas sempre fui ligado ao samba, assim como seu pai, mas a minha paixão sempre foi pelos sambas de enredo, que desde pequeno são as minhas paixões, mas esse ano fiquei um pouco afastado e estou meio que por fora.

- Houve algo com você?

- Sim, terminei um noivado de anos quase no fim do ano e isso me desmotivou, por isso que gostaria de freqüentar novos ares nesse carnaval até encontrar você.

Sem reação, Eduarda agradeceu, mas ainda ficou tímida ao ver o flerte de João Marcos.

- Fico lisonjeada pelo elogio e pelo pouco tempo que conversamos, percebi que é um homem bastante interessante e sinto muito pelo fim do noivado.

- Já foi e agora estou aqui, conversando com você que também é uma mulher muito interessante.

Enquanto o tempo passava e os dois já estavam tontos devido a bebida, João falou que depois do fim de seu noivado, ela foi a coisa mais importante que ele conheceu, sem reação, Eduarda ficou vermelha e não resistiu ao beijo.

No momento do beijo, João falou que ela seria a melhor conquista em muitos anos de carnaval que ele acompanhou, então convidou Eduarda para sua casa, que fica no bairro do Flamengo, quinze minutos da Lapa. Naquela noite, eles se amaram como nunca tinha acontecido para ambos e no dia seguinte parecia até o ano novo, onde ficaram o dia todo na cama se conhecendo, se amando e planejando como seria o carnaval para os dois.

Enquanto João queria maneirar e cair na folia em poucos blocos na cidade do Rio de Janeiro, Eduarda planejava curtir os quatros dias, mas o destino planejou outros eventos nesses dias e a partir dali, João renasceu e viu em Eduarda a coisa mais importante que tinha acontecido para ele, mas a distancia atrapalhou o inicio dessa paixão, mas no fim Eduarda, mesmo contra os pais, saiu de vitória para o Rio de Janeiro onde queria viver um lindo romance que começou no carnaval.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A aparência realmente importa?


Artigo postado no Blog Jovens Cronistas: Clique Aqui

Será que no mundo de hoje ainda podemos analisar as pessoas ou até objetos pelo simples fato de julgar como é, em vez de realmente conhecê-la?

No mundo e na sociedade que vivemos, estamos ficando mais narcisistas, consumimos produtos pelo simples fato de ser aceitos na sociedade, mas será que realmente somos felizes em mostrar o que realmente não somos e porque alguns ainda julgam o livro pela capa.

A questão da aparência hoje está em todos nos lugares na sociedade, envolvendo classes sociais, estilos de música, cor da raça e até mesmo em receber um presente só pelo simples fato da embalagem ser bem apresentado?

Assim como a psicóloga clínica e terapeuta de casal e família da PUC/RJ Viviane Lajter Segal. “Vivemos em uma sociedade em que ter é mais importante que ser. Um exemplo é a ênfase cada vez maior na beleza e estética com uso desenfreado de cirurgias plásticas e dietas radicais inclusive entre jovens.” Quem do seu lado hoje não tem um celular de ultima geração, assim como a roupa da moda ou até mesmo aquele carro importando só pelo simples fato de está dentro de uma sociedade que impõem a ter isso. Assim como ter aquela cor ou corte de cabelo utilizado por uma atriz em uma novela ou em um comercial de beleza. A mídia de fato faz você buscar a beleza e ser como aquela famosa.

Essa seria a grande questão de entender a nossa sociedade, que está ficando mais narcisista e em maioria, o conteúdo vira uma coisa secundária. Um exemplo nos tais aplicativos de relacionamentos como Tinder, Badoo, Kickoff e entre outros. Muitos desses “apps” criam várias maneiras de unir as pessoas, porém peca no mesmo erro, pois de que adianta um usuário colocar em seu perfil que tem um gosto musical, gosta de frequentar lugares cultos se não tem uma boa aparência? Vira mais uma pessoa invisível que não estaria nos padrões da sociedade e teoricamente deixaríamos de conhecer aquela pessoa que tem tudo a ver com você, só pelo simples fato de julgá-lo pela aparência.

Outro fato de gostaria de analisar é sobre os esportes femininos. Com o Pan Americano sendo realizado em Toronto no Canadá, assim como o mundial de feminino e os torneios de Grand Slams de Roland Garros e Wimbledon. A imagem da saltadora Ingrid Oliveira criou uma polêmica, por culpa de comentários machistas de alguns de seus seguidores e toda vez que temos um assunto envolvendo o esporte feminino, sempre vimos à mídia mostrando a beleza das atletas do que o incentivo de seus talentos. Um exemplo é Serena Williams, que está prestes de ser a maior vencedora do tênis feminino, mas poucos falam das conquistas e da importância da atleta para a história do esporte e muitos comentam nas belezas de tenistas como Maria Sharapova e Ana Ivanovic. Toda vez que a Serena conquista um título, sempre vem as criticas sobre o seu corpo e até mesmo com a sua cor com comentários sexistas e racistas. Serena, Ingrid, Maria, Ana e outras atletas merecem  mais do que uma simples foto  ou até mesmo ser julgadas pela a aparência. É preciso reconhecer a luta e o talento de cada atleta feminina como deveria ser.


Ainda precisamos entender que as coisas não podem ser pré-julgadas como elas são, é preciso conhecer seus conteúdos, fazer outra análise de quem elas realmente são, pois não se enganem pelas aparências ou belezas, pois elas sempre enganam.

Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagem: Getty

domingo, 19 de julho de 2015

Cuba, a surpresa caribenha na Copa de 1938



Postado no blog Futebol Retrô: Clique Aaqui

Em período de Copa Ouro, Pan Americano e reconciliação entre Estados Unidos e Cuba, após a revolução Cubana em 1959 e o embargo comercial econômico, comercial e financeiro em 1960, pouco foi citado sobre a Seleção de Futebol de Cuba, porém a equipe caribenha teve uma única participação em Copas, no ano de 1938.

A Copa de 1938 foi a terceira Copa realizada e França derrotou Argentina e Alemanha, causando o desconforto entre as federações da América do Sul, acreditando que as sedes deveriam ser alternadas entre os dois continentes. O torneio foi às únicas participações das Índias Orientais Neerlandesas (agora Indonésia) e Cuba, que se classificou após as desistências de Estados Unidos, Colômbia, México, El Salvador e Guiana Neerlandesa (agora Suriname).

A copa de 1938 foi de formato eliminatório, assim como em 1934, caso de empate, tinha mais 30 minutos de prorrogação em caso de persistência do placar, um jogo de desempate era realizado e na estreia como cabeça de chave contra Romênia com os seguintes selecionados do técnico José Tapia para a competição.

Goleiros: Benito Carvajales (Juventud Asturiana) e Juan Ayra (CD Centro Gallego); Defensores: Jacinto Barquín (CD Puentes Grandes) e Manuel Chorens (CD Centro Gallego); Meio de Campo: Joaquín Arias (Juventud Asturiana), Pedro Berges (Iberia Havana), Arturo Galcerán Nogués (Iberia Havana) e José Antonio Rodríguez((CD Centro Gallego); Atacantes: Juan Alonzo (Fortuna Havana), Tomás Fernández (CD Centro Gallego), Pedro Ferrer (Iberia Havana), José Magriñá (Centro Gallego), Carlos Oliveira (Hispano América), Héctor Socorro (CD Puentes Grandes), Mario Sosa (Hiberia Havana), Juan Tuñas (Juventud Asturiana).

Delegação que foi para França em 1938

No dia 5 de junho, no Estádio Chapou, em Toulouse, Cuba e Romênia empataram em 3/3 com os gols de Socorro (44’ e 103) e Magriña (69) para os cubanos e Bindea (35’), Barátky (88’) e Dobay (105’) para os romenos. O jogo de desempate foi realizado em 9 de junho no mesmo estádio em Toulouse e os cubanos garantiram a classificação vencendo a Romênia de virada, com os gols de Socorro, contra (51’) e Fernández (57’). Dobay (35’) fez o gol para os romenos. Essa foi a primeira vitória de Cuba e de uma seleção do Caribe em Copas do Mundo.
Vitória sobre a Romênia garantiu a classificação paras as quartas de finais

Classificado para as quartas de final, no dia 12 de junho, Cuba entrava no campo do Stade du Fort Carré, em Antibes, contra a Suécia e apesar da classificação sobre os romenos na primeira fase, a Seleção Cubana foi goleada por 8/0 para os suecos com os gols de Anderson (9’, 81’ e 90’) Wetterström (32’, 37’ e 44’), Keller (80’) e Nyberg (84’), terminando a sua participação na França, ficando na sétima posição.

Apesar da eliminação, a Seleção Cubana foi a primeira seleção da federação, que hoje é COCACAF vencer uma seleção da Europa e o maior feito da seleção, já que ela não participou outras copas.

O futebol não é o principal esporte do país, que é o beisebol, Raul Castro, quando era ministro da defesa em 2006, comentou que Cuba também jogaria futebol, que a primeira partida no dia 11 de dezembro de 1911, quando o Rovers venceu o Hatuey por 1 a 0, no campo do Parque Paladino, no centro de Havana, mas as chances da seleção de voltar disputar uma Copa são vagas, apesar de ter conquistado a prata em 1979 e bronze em 1971 nos jogos pan americanos, o 4º lugar  na Campeonato da CONCACAF (hoje Copa Ouro da CONCACAF), Vice campeonatos na Copa do Caribe em 1996, 1999, 2003 e 2005 e o titulo de 2012.


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagens: Getty e O curioso do futebol

1989, o ano que a Colômbia conquistava a primeira libertadores


Postado no blog Futebol Retrô: Clique Aqui 

No dia 31 de maio de 1989 o Atlético Nacional derrotava nos pênaltis o Olimpia do Paraguai, conquistando a primeira Copa Libertadores para o país. O estádio Nemesio Camacho 'El Campin' em Bogotá se tornou palco da façanha dos “Colombianos Puros” após o Atanasio Girardot de Medellín não ser autorizado pela Confederação de Futebol da América do Sul (Conmebol) para a final, devido as capacidades mínimas requeridas.

 Cerca de 250 ônibus da capital de Antioquia, com os fãs do Nacional, chegou a Bogotá, onde 50 mil espectadores encheram as arquibancadas do 'El Campin'. O Atlético Nacional foi liderado por Francisco Maturana e a equipe formada por René Higuita, Luis Carlos Perea, Andrés Escobar (RIP), Gildardo Gómez, John Jairo Carmona, Alexis Garcia, James 'Jimmy' Arango (Perez Felipe 'pipe' (RIP) ), Luis Alfonso Fajardo (NIVER Grove), Albeiro Usuriaga (RIP), e John Jairo Trellez. Os gols foram marcados por Gustavo Benitez, aos 46', e Usuriaga aos 64'. A partida foi para os pênaltis, porque no jogo de ida, em Assunção-PAR, Olimpia foi derrotado pelo mesmo placar.
Usuriaga levanta o trófeu da Libertadores de 1989.
 Os jogadores do Olimpia que cobraram os pênaltis: Já Almeida (fora), Gustavo Benitez (gol), Herib Chamas (gol), Alfredo Mendoza (gol), Raul Amarilla (gol), Gabriel Gonzalez (perdeu), Jorge Guasch (perdeu), Fermin Balbuna (perdeu) e Vidal Sanabria (perdeu). Os jogadores do Nacional que cobraram os pênaltis: Andres Escobar (gol), Albeiro Usuriaga (gol), John Jairo Trellez (gol), Alexis Garcia (perdeu), Rene Higuita (gol), Felipe 'pipe' Perez (perdeu), Gildardo Gómez (perdeu), Luis Carlos Perea (perdeu) e Leonel Alvarez (gol), garantindo a vitória para equipe colombiana por 5/4. O capitão 'beldroegas', Alexis Garcia ergueu o troféu colocando o Nacional como o melhor time do continente sul americano classificando a equipe para o mundial interclubes, onde jogou contra o campeão europeu AC Milan, o título de melhor clube do mundo. A partida foi vencida pelos italianos por 1-0.
22- Nacional campeon copa libertadores -Jun 1 de 1989 BR
Jornal colombiano de quinta-feira noticia a conquista do Atlético Nacional.
Caminho para o título
 O Nacional ganhou o direito de participar da Copa Libertadores 1989, depois de ser o segundo colocado do Campeonato Colombiano. O Millonarios, o outro representante da Colômbia, foi o campeão. Os 25 jogadores listados para a participação do torneio intercontinental: René Higuita, Andrés Escobar, Didi Alex Valderrama, Oscar Galeano, Jaime Arango, Geovanis Cassiani, Gildardo Gómez, Luis Fernando Suárez, Fernando Leon Villa, Luis Fernando Herrera, Jaime Serra Porras, Ricardo Perez, Albeiro Usuriaga, John Jairo Trellez, John Jairo Carmona, Felipe Perez, Luis Alfonso Fajardo, Miguel Nunez, NIVER Arboleda, Jose Fernando Castañeda, Ivan Dario Castañeda, Alexis Garcia, Jairo Juan Galeano, Leonel Alvarez e Luis Carlos Perea.A comissão técnica foi integrada por Francisco Maturana (Técnico), Hernan Dario Gomez (assistente técnico), Diego Barragan (Preparador físico), Hernán Luna (Médico), John Jairo Restrepo (Fisioterapeuta) e Francisco Jaramillo (Equipment Manager). 
Elenco verdolaga campeão de 1989. Dentre eles pode-se destacar René Higuita, Usuriaga e Arango.
 Na primeira rodada do torneio continental, que atraiu um total de 20 equipes divididas em cinco grupos, o Nacional foi colocado no Grupo 3, com o Millonarios e Deportivo Quito e Emelec, ambos do Equador. Após seis jogos disputados, a equipe se classificou em segundo, com sete pontos, obtendo duas vitórias (contra Deportivo Quito e Emelec, em Medellín), três empates (Millonarios em Bogotá; Emelec em Guayaquil; e Deportivo Quito em Quito) e uma derrota (Millonarios em Medellín). O Millonarios, que somou 10 pontos, ficou com a liderança no grupo.

 Nas oitavas de finais, o Nacional enfrentou o Racing, campeão argentino, vencendo o primeiro jogo por 2/0 em Medellín com os gols de Tréllez e Villa, e perdendo por 2/1 na Argentina, classificando-se para as quartas de final, em mais um confronto contra o Millonarios. No jogo de ida disputado em Medellín, o Nacional venceu por 1/0 com o gol de Usuriaga, na semana seguinte, a equipe 'beldroegas' chegou nas semifinais após empatar 1/1 em Bogotá. O Danubio do Uruguai era o próximo time a ser abatido. 'El Verde' empatou a primeira partida em Montevidéu em 0/0 e goleou na volta por 6/0, com quatro gols de Usuriaga, um de García e outro de Arboleda. Para alegria da torcida em Medellín, o time colombiano avançou para a final, garantindo o primeiro titulo para Colômbia, quebrando a série de títulos dos países como Brasil, Argentina e Uruguai. A equipe campeã em 1989, foi também a base da seleção colombiana que disputou a Copa de 1990, com oito jogadores, além do técnico Francisco Maturana.

O troféu obtido pelos colombianos no final da década de 80.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Até onde vai a Intolerância Religiosa?


Postado no blog da União Brasileira dos Deístas: Clique Aqui

Há quatro anos eu publiquei um texto (clique aqui) como é viver o dia a dia em país cada vez mais evangélico. Hoje reformulo para o texto falando como é viver o dia a dia em um país cada vez mais conservador e evangélico, ainda mais quando se é membro das religiões de matriz africana. Na semana passada, uma menina de onze anos foi apedrejada por alguns “malucos” e no momento do ato, eles estavam com a bíblia na mão, utilizando palavras como “diabo” e “Vai para o inferno” por esta com vestimentas da sua religião em saída de culto. De fato seria preciso entender um pouco, porque essa perseguição as religiões como Candomblé e umbanda e quem seria os culpados por esse tipo de intolerância que não termina e só aumenta.


No dia 21 de janeiro foi sancionado como Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa pelo Presidente Lula devido a morte de Mãe Gilda que foi perseguida e maculada pela Igreja Universal do Reino de Deus a qual foi condenada pelo crime bárbaro, mas continua funcionando normalmente, não fez ajustamento de conduta e sequer teve alguém preso, apenas pagou uma indenização ínfima frente ao tamanho do seu império. Fui membro por um ano da Igreja Universal e nesse período fiquei um pouco abismado com a utilização dos Deuses africanos em seus cultos. Em 1997, o líder da Igreja, o Bispo Edir Macedo lançou o livro chamado Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios? O livro virou Best-seller no país, vendendo mais de três milhões de exemplares. Nele, o autor atacou as religiões de matrizes africanas, comentando sobre manobras satânicas e como os responsáveis das doenças, vícios e outros males que o mundo vive. O livro chegou a ser retirado de circulação em 2005, porém voltou a vender no ano seguinte.


Em 2011, o Coletivo de Entidades Negras/CEN lançou um Mapa da Intolerância Religiosa no Brasil, denunciando diversos casos de intolerância registrados pela mídia, a má utilização das concessões públicas de rádio e televisão que muitas vezes se comportam como espaços de promoção do desrespeito, intolerância e ódio religioso, como também observou a necessidade do aprofundamento da garantia da democracia para além da letra fria, e muitas vezes distante do direito, mas pela concretização enquanto um fato no dia a dia das pessoas que necessitam ter acesso a justiça e crer no seu cumprimento enquanto um dever do Estado, mas uns dos problemas não estariam somente por essa má utilização, ela também pode ser encontrada nas salas de aula, principalmente nas escolas públicas. Um relato de um professor nas redes sociais sobre a dificuldade de falar de assuntos relacionado a África, durante essas aulas, é normal ver alunos que a situação vivida pelo continente, como fome e pobreza, vem decorrente da fé que eles acreditam, utilizando palavras de baixos cunhos como continente do Diabo e amaldiçoado, isso uma vez foi comentado pelo Pastor Marco Feliciano em seu twitter. É claro que os problemas da África não é ligado a religião, mas isso é uma outra história e requer um outro texto.


Os casos de intolerância religiosa como o que acontecem nos exemplos citados acima não são isolados. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), somente em 2014, o Disque 100 registrou 149 denúncias de discriminação religiosa no país, com total de 26,17% ocorridos no estado do Rio de Janeiro e 19,46%, em São Paulo. Os números mostram que a intolerância religiosa ainda é uma realidade no país, onde as principais vítimas são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), essa onda de conservadorismo e intolerância religiosa tem cada vez mais adquirido características violentas. “O que está na base disso tudo é a ideia violenta e reacionária da incapacidade de conviver com a diferença e a diversidade”, destaca o deputado. 


A perseguição institucionalizada a religiões de matrizes africanas já fez parte da história brasileira, onde no passado não muito distante terreiros eram perseguidos pela polícia e fechados (muitos objetos de culto foram parar em delegacias no Rio e em Salvador na primeira metade do século XX), mas a intolerância ainda permanece nos tempos de hoje, toda vez que o Candomblé e a Umbanda são demonizados em TVs, rádios e internet, o que acontece com frequência, porém não há punições para que isso aconteça e isso teoricamente tem a crescer.


Talvez seja um pouco fácil de encontrar os idealizadores e culpados, mas de fato serão imunes, as perseguições contra as religiões, assim como outras minorias e por mais que esteja escrito na Constituição, a intolerância não será combatida, talvez pelo simples fatos de não haver interesses para esses tais lideres e o crescimento de igrejas de cunhos neopentecostais, que historicamente, seriam os principais culpados ao ataques as religiões afros, principalmente nas ultimas décadas. Acho que precisamos repensar, ter mais controles sobre novas igrejas, com fiscalizações se elas pregam de fato o que era ser pregado, o amor de cristo, mas infelizmente, muitas dessas igrejas, usam o medo para adquirir mais membros e assim arrumam um culpado, as religiões de Matrizes Africanas. E será que por essa culpa teremos mais uma Naiara e Mãe Gilda para serem apenas mais uma nas estatísticas? É preciso combater a intolerância religiosa, senão, será tarde demais


domingo, 19 de abril de 2015

Teliana Pereira do Brasil, mais uma que entra para história


“Estou me sentindo muito feliz. Svitolina é uma ótima jogadora e foi um jogo muito difícil. Eu apenas tentei jogar o meu melhor e aproveitar este momento especial. Este é um dia inesquecível para mim, para a minha família, para todos do meu time. Eu não tenho muito que falar. Só sei que estou muito feliz com o título.” Comentou a brasileira.

Bastou 1 hora e 21 minutos, para o Brasil voltar ter uma campeã no WTA, circuito no tênis feminino, algo que não acontecia desde 1988 com Niege Dias ao conquistar o WTA de Barcelona. 27 anos depois, Teliana Pereira entra para história ao conquistar o titulo do WTA de Bogotá.  Quando Niege conquistou o ultimo titulo para o tênis feminino, Teliana nem havia nascido. Que veio ao mundo no dia 20 de julho de 1988, em Águas Belas, Pernambuco, três meses depois da conquista de Niege.

Este foi o maior título da Teliana. Até chegando a esse momento histórico, a brasileira bateu a cabeça-de-chave número quatro do torneio e ex-campeã de Roland Garros, a experiente italiana Francesca Schiavoni, por dois sets a zero com parciais de 6/1 e 6/4 na primeira rodada. Nas oitavas, manteve o favoritismo e derrotou Mandy Minella de Luxemburgo por duplo 7/5. Nas quartas-de-final ganhou da espanhola Lourdes Dominguez Lino em fáceis 6/0 e 6/4. E ontem na semifinal venceu a 27ª colocada no ranking da WTA, a ucraniana Elina Svitolina por 7/6 e 6/3 e hoje conquistou o título ao vencer a cazaque Yaroslava Shvedova por 7/6 e 6/1, uma campanha sem perder um set sequer.

Teliana com oito anos foi para o Paraná. Ela Iniciou a carreira profissional em 2005, após ótimas atuações como juvenil, e em 2007 deu um pulo na carreira atingindo seu melhor ranking, 196° do mundo, e tornando-se a número 1 do país. Em 2007 conquistou três títulos seguidos no circuito future em Atenas (Grécia), em Amiens (França) e em Foggia (Itália). No Pan-americano do Rio de Janeiro, em 2007, ao lado da compatriota Joana Cortez, ganhou o bronze na modalidade de duplas.

Em 29 de julho de 2013, se tornou a primeira tenista brasileira a chegar no top 100 mundial de simples desde o ano de 1990, quando Andrea Vieira, em 16 de abril deste ano, caiu da 95ª colocação do ranking mundial. Em abril de 2014, jogando no Premier de Charleston, Teliana derrotou pela primeira vez na carreira uma tenista top 30, a cabeça-de-chave n.8 do torneio, Sorana Cristea e em Roland Garros de 2014, venceu seu primeiro jogo em um Grand Slam. Teliana se tornou a primeira brasileira em 25 anos a ganhar um jogo em Grand Slams.

Em seus Intagram, a tenista falou novamente sobre a conquista:

“Não tenho como descrever esse momento, so tenho a agradecer a todos que sempre estiveram do meu lado me dando forças . Nao tenho palavras!! Ainda estou em estado de choque. Hj é um dia inesquecível, um dos dias mais felizes da minha vida!! Obrigada a todos pelas msgs de apoio e um imenso obrigada a toda minha equipe!! Sem vcs nada disso seria possivel!! Meu primeiro titulo de WTA!! Vamooooo”

Teliana entrou para história do tênis feminino e nacional e nós brasileiros desejamos sucesso a tenista que no ano passado por uma grave lesão e neste domingo ela se consagra e mais uma conquista. A primeira do ranking nacional deverá alcançar sua melhor posição no ranking da WTA que será divulgado amanha. Então, desejamos sucesso e mais títulos a brasileira e que nos tragam mais um ouro para o nosso país. Parabéns Teliana


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Texto e Edição: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Foto:  WTA


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Vivendo na sombra do mata-mata.

Santos foi o ultimo campeão brasileiro no formato mata-mata.
O assunto estourou com a notícia de que a atual Diretoria do Grêmio, busca costurar alianças para que o Brasileirão volte a ser disputado em sistema de "mata-mata". Primeiramente quero lembrar que a opinião não é do blog, mas de um colunista que tenta entender o porquê de muitos ainda desejam a volta do famoso "mata-mata"? É claro que muitos desejam a volta das partidas decidida na ida e volta e com estádios lotados, mas não vejo esse um dos motivos da volta desse formato no Campeonato Brasileiro.

É claro que vivemos num período que muitos clubes ainda não se adequaram a esse formato. Dos grandes, apenas Vasco, Botafogo, Palmeiras, Atlético-MG, Internacional e Grêmio não conquistaram o campeonato nesse formato e essa semana, O Grêmio decidiu trazer o formato antigo para o Campeonato Nacional. Mas isso seria bom? Vou tentar escrever uns dados que fazem retroceder com o Campeonato Brasileiro.

Um exemplo que podemos lembrar é os Campeonatos de 93, com 32 clubes, sem nenhum rebaixamento e um critério de classificação de difícil entendimento. O Campeonato de 94, com repescagem e 95 com dois grupos de 12, parecendo com o regulamento do Campeonato Carioca. Desde 71, dificilmente um formato foi repetido e todo ano era uma surpresa que a Confederação apresentava.

Outros fatores dos torneios de mata-mata são o número de jogos entre as equipes pequenas e grandes, além dos jogos em casas serem reduzidos. Em um torneio de turno único, uma equipe jogaria 9 partidas em casa e dez fora, ou vice-versa, podendo diminuir a rendas das equipes. Em um campeonato de ida e volta, são 19 partidas dentro e fora, ajudando a renda das equipes. Além disso, afetaria as transmissões dos jogos, pois seria bem menor o numero de partidas das equipes. Outro fato é um campeonato com ida e volta e depois mata-mata, devido o calendário, também não ajudaria, pois em boa parte do primeiro semestre, seria para os estaduais.

Seria muito fácil defender a volta do torneio desse formato, mas para os tempos de hoje seria bastante complicado, já que temos a Copa do Brasil, que agora é quase o ano todo, sem falar dos torneios continentais como a Libertadores e Sul-Americana, que já tem uma importância para os clubes, coisa que não acontecia até os meados da década de 90. Se falarmos de mata-mata, podemos lembrar dessa edição da Copa do Brasil, com as grandes viradas do Atlético-MG sobre Corinthians e Flamengo, além da grande final mineira e se for para criticar os pontos corridos, entre vimos um Flamengo ganhar na ultima rodada em 2009, Cruzeiro, Corinthians e Fluminense com chances em 2010 e Corinthians e Vasco em 2011. A grande consequência do baixo nível do torneio, não está no seu formato, pois em 85, vimos uma semifinal com 4 equipes sem tradição. O grande fato está na culpa da própria organização e a vinda dos pontos corridos, enfim deu títulos para aquele que realmente merece e não como o Flamengo de 92 e Santos de 2002 e voltar para o mata-mata é retrocesso. 

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Texto e Edição: Joseclei Nunes 

Foto:  Getty
 

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