quarta-feira, 22 de julho de 2015

A aparência realmente importa?


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Será que no mundo de hoje ainda podemos analisar as pessoas ou até objetos pelo simples fato de julgar como é, em vez de realmente conhecê-la?

No mundo e na sociedade que vivemos, estamos ficando mais narcisistas, consumimos produtos pelo simples fato de ser aceitos na sociedade, mas será que realmente somos felizes em mostrar o que realmente não somos e porque alguns ainda julgam o livro pela capa.

A questão da aparência hoje está em todos nos lugares na sociedade, envolvendo classes sociais, estilos de música, cor da raça e até mesmo em receber um presente só pelo simples fato da embalagem ser bem apresentado?

Assim como a psicóloga clínica e terapeuta de casal e família da PUC/RJ Viviane Lajter Segal. “Vivemos em uma sociedade em que ter é mais importante que ser. Um exemplo é a ênfase cada vez maior na beleza e estética com uso desenfreado de cirurgias plásticas e dietas radicais inclusive entre jovens.” Quem do seu lado hoje não tem um celular de ultima geração, assim como a roupa da moda ou até mesmo aquele carro importando só pelo simples fato de está dentro de uma sociedade que impõem a ter isso. Assim como ter aquela cor ou corte de cabelo utilizado por uma atriz em uma novela ou em um comercial de beleza. A mídia de fato faz você buscar a beleza e ser como aquela famosa.

Essa seria a grande questão de entender a nossa sociedade, que está ficando mais narcisista e em maioria, o conteúdo vira uma coisa secundária. Um exemplo nos tais aplicativos de relacionamentos como Tinder, Badoo, Kickoff e entre outros. Muitos desses “apps” criam várias maneiras de unir as pessoas, porém peca no mesmo erro, pois de que adianta um usuário colocar em seu perfil que tem um gosto musical, gosta de frequentar lugares cultos se não tem uma boa aparência? Vira mais uma pessoa invisível que não estaria nos padrões da sociedade e teoricamente deixaríamos de conhecer aquela pessoa que tem tudo a ver com você, só pelo simples fato de julgá-lo pela aparência.

Outro fato de gostaria de analisar é sobre os esportes femininos. Com o Pan Americano sendo realizado em Toronto no Canadá, assim como o mundial de feminino e os torneios de Grand Slams de Roland Garros e Wimbledon. A imagem da saltadora Ingrid Oliveira criou uma polêmica, por culpa de comentários machistas de alguns de seus seguidores e toda vez que temos um assunto envolvendo o esporte feminino, sempre vimos à mídia mostrando a beleza das atletas do que o incentivo de seus talentos. Um exemplo é Serena Williams, que está prestes de ser a maior vencedora do tênis feminino, mas poucos falam das conquistas e da importância da atleta para a história do esporte e muitos comentam nas belezas de tenistas como Maria Sharapova e Ana Ivanovic. Toda vez que a Serena conquista um título, sempre vem as criticas sobre o seu corpo e até mesmo com a sua cor com comentários sexistas e racistas. Serena, Ingrid, Maria, Ana e outras atletas merecem  mais do que uma simples foto  ou até mesmo ser julgadas pela a aparência. É preciso reconhecer a luta e o talento de cada atleta feminina como deveria ser.


Ainda precisamos entender que as coisas não podem ser pré-julgadas como elas são, é preciso conhecer seus conteúdos, fazer outra análise de quem elas realmente são, pois não se enganem pelas aparências ou belezas, pois elas sempre enganam.

Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagem: Getty

domingo, 19 de julho de 2015

Cuba, a surpresa caribenha na Copa de 1938



Postado no blog Futebol Retrô: Clique Aaqui

Em período de Copa Ouro, Pan Americano e reconciliação entre Estados Unidos e Cuba, após a revolução Cubana em 1959 e o embargo comercial econômico, comercial e financeiro em 1960, pouco foi citado sobre a Seleção de Futebol de Cuba, porém a equipe caribenha teve uma única participação em Copas, no ano de 1938.

A Copa de 1938 foi a terceira Copa realizada e França derrotou Argentina e Alemanha, causando o desconforto entre as federações da América do Sul, acreditando que as sedes deveriam ser alternadas entre os dois continentes. O torneio foi às únicas participações das Índias Orientais Neerlandesas (agora Indonésia) e Cuba, que se classificou após as desistências de Estados Unidos, Colômbia, México, El Salvador e Guiana Neerlandesa (agora Suriname).

A copa de 1938 foi de formato eliminatório, assim como em 1934, caso de empate, tinha mais 30 minutos de prorrogação em caso de persistência do placar, um jogo de desempate era realizado e na estreia como cabeça de chave contra Romênia com os seguintes selecionados do técnico José Tapia para a competição.

Goleiros: Benito Carvajales (Juventud Asturiana) e Juan Ayra (CD Centro Gallego); Defensores: Jacinto Barquín (CD Puentes Grandes) e Manuel Chorens (CD Centro Gallego); Meio de Campo: Joaquín Arias (Juventud Asturiana), Pedro Berges (Iberia Havana), Arturo Galcerán Nogués (Iberia Havana) e José Antonio Rodríguez((CD Centro Gallego); Atacantes: Juan Alonzo (Fortuna Havana), Tomás Fernández (CD Centro Gallego), Pedro Ferrer (Iberia Havana), José Magriñá (Centro Gallego), Carlos Oliveira (Hispano América), Héctor Socorro (CD Puentes Grandes), Mario Sosa (Hiberia Havana), Juan Tuñas (Juventud Asturiana).

Delegação que foi para França em 1938

No dia 5 de junho, no Estádio Chapou, em Toulouse, Cuba e Romênia empataram em 3/3 com os gols de Socorro (44’ e 103) e Magriña (69) para os cubanos e Bindea (35’), Barátky (88’) e Dobay (105’) para os romenos. O jogo de desempate foi realizado em 9 de junho no mesmo estádio em Toulouse e os cubanos garantiram a classificação vencendo a Romênia de virada, com os gols de Socorro, contra (51’) e Fernández (57’). Dobay (35’) fez o gol para os romenos. Essa foi a primeira vitória de Cuba e de uma seleção do Caribe em Copas do Mundo.
Vitória sobre a Romênia garantiu a classificação paras as quartas de finais

Classificado para as quartas de final, no dia 12 de junho, Cuba entrava no campo do Stade du Fort Carré, em Antibes, contra a Suécia e apesar da classificação sobre os romenos na primeira fase, a Seleção Cubana foi goleada por 8/0 para os suecos com os gols de Anderson (9’, 81’ e 90’) Wetterström (32’, 37’ e 44’), Keller (80’) e Nyberg (84’), terminando a sua participação na França, ficando na sétima posição.

Apesar da eliminação, a Seleção Cubana foi a primeira seleção da federação, que hoje é COCACAF vencer uma seleção da Europa e o maior feito da seleção, já que ela não participou outras copas.

O futebol não é o principal esporte do país, que é o beisebol, Raul Castro, quando era ministro da defesa em 2006, comentou que Cuba também jogaria futebol, que a primeira partida no dia 11 de dezembro de 1911, quando o Rovers venceu o Hatuey por 1 a 0, no campo do Parque Paladino, no centro de Havana, mas as chances da seleção de voltar disputar uma Copa são vagas, apesar de ter conquistado a prata em 1979 e bronze em 1971 nos jogos pan americanos, o 4º lugar  na Campeonato da CONCACAF (hoje Copa Ouro da CONCACAF), Vice campeonatos na Copa do Caribe em 1996, 1999, 2003 e 2005 e o titulo de 2012.


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagens: Getty e O curioso do futebol

1989, o ano que a Colômbia conquistava a primeira libertadores


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No dia 31 de maio de 1989 o Atlético Nacional derrotava nos pênaltis o Olimpia do Paraguai, conquistando a primeira Copa Libertadores para o país. O estádio Nemesio Camacho 'El Campin' em Bogotá se tornou palco da façanha dos “Colombianos Puros” após o Atanasio Girardot de Medellín não ser autorizado pela Confederação de Futebol da América do Sul (Conmebol) para a final, devido as capacidades mínimas requeridas.

 Cerca de 250 ônibus da capital de Antioquia, com os fãs do Nacional, chegou a Bogotá, onde 50 mil espectadores encheram as arquibancadas do 'El Campin'. O Atlético Nacional foi liderado por Francisco Maturana e a equipe formada por René Higuita, Luis Carlos Perea, Andrés Escobar (RIP), Gildardo Gómez, John Jairo Carmona, Alexis Garcia, James 'Jimmy' Arango (Perez Felipe 'pipe' (RIP) ), Luis Alfonso Fajardo (NIVER Grove), Albeiro Usuriaga (RIP), e John Jairo Trellez. Os gols foram marcados por Gustavo Benitez, aos 46', e Usuriaga aos 64'. A partida foi para os pênaltis, porque no jogo de ida, em Assunção-PAR, Olimpia foi derrotado pelo mesmo placar.
Usuriaga levanta o trófeu da Libertadores de 1989.
 Os jogadores do Olimpia que cobraram os pênaltis: Já Almeida (fora), Gustavo Benitez (gol), Herib Chamas (gol), Alfredo Mendoza (gol), Raul Amarilla (gol), Gabriel Gonzalez (perdeu), Jorge Guasch (perdeu), Fermin Balbuna (perdeu) e Vidal Sanabria (perdeu). Os jogadores do Nacional que cobraram os pênaltis: Andres Escobar (gol), Albeiro Usuriaga (gol), John Jairo Trellez (gol), Alexis Garcia (perdeu), Rene Higuita (gol), Felipe 'pipe' Perez (perdeu), Gildardo Gómez (perdeu), Luis Carlos Perea (perdeu) e Leonel Alvarez (gol), garantindo a vitória para equipe colombiana por 5/4. O capitão 'beldroegas', Alexis Garcia ergueu o troféu colocando o Nacional como o melhor time do continente sul americano classificando a equipe para o mundial interclubes, onde jogou contra o campeão europeu AC Milan, o título de melhor clube do mundo. A partida foi vencida pelos italianos por 1-0.
22- Nacional campeon copa libertadores -Jun 1 de 1989 BR
Jornal colombiano de quinta-feira noticia a conquista do Atlético Nacional.
Caminho para o título
 O Nacional ganhou o direito de participar da Copa Libertadores 1989, depois de ser o segundo colocado do Campeonato Colombiano. O Millonarios, o outro representante da Colômbia, foi o campeão. Os 25 jogadores listados para a participação do torneio intercontinental: René Higuita, Andrés Escobar, Didi Alex Valderrama, Oscar Galeano, Jaime Arango, Geovanis Cassiani, Gildardo Gómez, Luis Fernando Suárez, Fernando Leon Villa, Luis Fernando Herrera, Jaime Serra Porras, Ricardo Perez, Albeiro Usuriaga, John Jairo Trellez, John Jairo Carmona, Felipe Perez, Luis Alfonso Fajardo, Miguel Nunez, NIVER Arboleda, Jose Fernando Castañeda, Ivan Dario Castañeda, Alexis Garcia, Jairo Juan Galeano, Leonel Alvarez e Luis Carlos Perea.A comissão técnica foi integrada por Francisco Maturana (Técnico), Hernan Dario Gomez (assistente técnico), Diego Barragan (Preparador físico), Hernán Luna (Médico), John Jairo Restrepo (Fisioterapeuta) e Francisco Jaramillo (Equipment Manager). 
Elenco verdolaga campeão de 1989. Dentre eles pode-se destacar René Higuita, Usuriaga e Arango.
 Na primeira rodada do torneio continental, que atraiu um total de 20 equipes divididas em cinco grupos, o Nacional foi colocado no Grupo 3, com o Millonarios e Deportivo Quito e Emelec, ambos do Equador. Após seis jogos disputados, a equipe se classificou em segundo, com sete pontos, obtendo duas vitórias (contra Deportivo Quito e Emelec, em Medellín), três empates (Millonarios em Bogotá; Emelec em Guayaquil; e Deportivo Quito em Quito) e uma derrota (Millonarios em Medellín). O Millonarios, que somou 10 pontos, ficou com a liderança no grupo.

 Nas oitavas de finais, o Nacional enfrentou o Racing, campeão argentino, vencendo o primeiro jogo por 2/0 em Medellín com os gols de Tréllez e Villa, e perdendo por 2/1 na Argentina, classificando-se para as quartas de final, em mais um confronto contra o Millonarios. No jogo de ida disputado em Medellín, o Nacional venceu por 1/0 com o gol de Usuriaga, na semana seguinte, a equipe 'beldroegas' chegou nas semifinais após empatar 1/1 em Bogotá. O Danubio do Uruguai era o próximo time a ser abatido. 'El Verde' empatou a primeira partida em Montevidéu em 0/0 e goleou na volta por 6/0, com quatro gols de Usuriaga, um de García e outro de Arboleda. Para alegria da torcida em Medellín, o time colombiano avançou para a final, garantindo o primeiro titulo para Colômbia, quebrando a série de títulos dos países como Brasil, Argentina e Uruguai. A equipe campeã em 1989, foi também a base da seleção colombiana que disputou a Copa de 1990, com oito jogadores, além do técnico Francisco Maturana.

O troféu obtido pelos colombianos no final da década de 80.
 

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