sábado, 30 de julho de 2016

Após 27 anos, Atlético Nacional é bicampeão da Libertadores


Em 1989 (Clique Aqui), a Colômbia conquistaria o primeiro título da Libertadores. Esse título seria do Atlético Nacional, conquistado nos pênaltis sobre o Olímpia. 27 anos depois, o clube Colômbia conquista a sua segunda taça do principal torneio da América do Sul, agora de forma tranquila e com a melhor campanha de todo o torneio, o primeiro conquistado em Medellín, já que em 89 foi conquistado em Bogotá.

Talvez na visão de muitos, a conquista do Nacional seria uma surpresa, comparando com o baixo nível dos clubes brasileiros no torneio, porém, quem acompanha o futebol colombiano e latino, colocou o clube como um dos favoritos, sacramentado na data de 27 de julho de 2016. O planejamento do clube para conquistar a taça começou mais ou menos quatro anos atrás.

Confirmando o favoritismo, A equipe mostrava que viria bem forte no na primeira fase do torneio com as equipes do Peñarol, Huracán e Sporting Cristal, se classificando como primeiro do do grupo e geral com 12 gols marcados e nenhum gol sofrido, obtendo cinco vitórias e um empate. Nas oitavas, o adversário foi novamente o Huracán. A primeira partida foi 0x0, enquanto no jogo de volta, a vitória por 4x2 garantia o Verde nas quartas de final e o adversário seria novamente outro argentino, o Rosario Central.

Nas quartas de final, as duas equipes que apresentaram o melhor futebol da Libertadores. O Rosário venceu por 1 a 0, em casa, tirando a invencibilidade do Nacional, mas na segunda partida, a equipe colombiana vencia apenas por 2 a 1, garantido vaga a equipe argentina, porém, nos 50 minutos Berrio fez o gol da classificação.

Na semifinal o adversário foi o São Paulo, que seria a surpresa pelo que estava apresentando no torneio, mas sem os principais jogadores, a equipe paulista perdeu em casa por 2x0 e 2x1 em Medellín e como na semifinal de Copa Sul Americana em 2014, a equipe colombiana eliminou novamente a equipe paulista em mais uma semifinal do torneio intercontinental.

Depois da eliminação nas quartas em 2014 e nas oitavas ano passado, enfim o Nacional chegou na final, enfrentando o surpreendente Independiente del Valle, mas o favoritismo foi confirmado. Na primeira partida foi 1x1, mas a decisão em casa, a partida foi 1x0 com o gol de Borja garantindo o segundo titulo para equipe colombiana.

Sem essa conversa cartel de drogas e Pablo Escobar. O Atlético Nacional fez um trabalho de longo prazo, que vem dando resultado agora. Reinaldo Rueda deu seqüência ao trabalho do Osorio e com bom jogadores como Mejía, Moreno e Miguel Borja, com a experiência de Macnelly Torres, garantindo a segunda taça para equipe colombiana que dessa vez foi bem merecida e quebrando recordes fazendo 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota, jogando um belo futebol e foi assim que o Atlético Nacional se tornou a melhor equipe da América do Sul de 2016.


Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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domingo, 24 de julho de 2016

Meus amores não correspondidos


Texto Publicado no Wattpad Entre Crônicas e Contos

Sexta-feira, fim de mês e eu aqui mais um dia, bebendo vinho e ouvindo um bom som. Nesse momento está chovendo e como todos os dias, estou só, apenas com meus pensamentos. Olhando pela janela, vejo a rua, tão movimentada, deserta, porém vejo outra janela, um casal em um belo jantar romântico.

Ao ver essa imagem, lembro de mim, dos momentos que não tive e dos amores não correspondidos que passaram em minha vida. Nesse momento, toca love for sale, da Billie Holiday, então coloco mais uma taça de vinho, acendo um cigarro e começo a lembrar dessas paixões então, incompletas.

A primeira paixão foi Aline. Tinha mais ou menos doze anos e Aline seria minha colega de classe e minha companheira nos trabalhos de casa e dos lanches do recreio. Lembro até hoje, dos cabelos castanhos, os olhos protegido pelas lentes dos óculos. Tanto eu como Aline, não sabíamos que era amor e na época nem sabíamos o que seria beijo na boca, mas fomos grandes amigos, porém na passagem de ano, ela mudou de cidade e nunca mais tive contato. Na fase dos 15, veio Melissa, uma linda moça, esbelta, com cabelos cacheados até o ombro. Ela foi um amor relâmpago, porém nunca falou comigo ou me deu oportunidades de conversar, porém gostava de tudo do que ela falava, onde lembro do gosto musical, onde conheceria Elis Regina, Tim Maia e entre outros. O amor pela Melissa foi rápido quando veio Andressa, uma amiga de longa data, que por anos tocávamos confissões, porém nunca tive oportunidade, pois sempre fui um simples amigo.

Dos amores não correspondidos, vieram os amores que não duraram. Thaissa, quatro anos de namoro, mais brigas familiares e pessoais terminou o que poderia dar certo e depois veio Juliana, meses de um relacionamento casual, ótima de conversa, mais chegada aos meus pensamentos, mas os caminhos opostos não foram adiante. Anos depois vieram outras pessoas, novas chances de amar, mas não tiveram um final feliz eu aqui estou sozinho novamente.

Não sei o que possa esperar do destino, não sei se terei alguém novamente ao meu lado. Não creio na teoria do sapato velho para um pé cansado, ainda mais nessa sociedade onde as aparências em estão bem acima de qualquer coisa. Mesmo assim, sinto que há um pouco de romantismo em alguma parte escondida em meus pensamentos. Não sei se sou o último romântico como a música do Lulu Santos, mas quem sabe um dia eu possa ter uma nova oportunidade de amar novamente e quem sabe, ser correspondido, diferente das histórias anteriores de “mi vida”.

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

1926, ano do primeiro e único titulo estadual do São Cristóvão


Hoje o Futebol Retro irá relembrar o primeiro e único titulo conquistado pelo São Cristóvão, clube da Zona Norte do Rio de Janeiro, no ano de 1926 conquistando o campeonato carioca de forma surpreendente na última rodada.

Fundado em 5 de julho de 1909, o São Christóvão Athletic Club seria criado com a finalidade de disputar os campeonatos metropolitanos de futebol. Na região também existia o clube de remo, fundado em 1898, mesmo ano da criação do Club de Regatas Vasco da Gama. Nos anos que antecederam o título de forma inédita, o clube apresentou boas campanhas no campeonato, terminando em terceiro nos anos de 1918, 1923 e 1924 e em 1925, terminaria a competição em sexto.

Em 1926, o clube resolveu fortalecer seu elenco para disputar com os favoritos que eram Vasco, Flamengo e Fluminense. Na estreia, na primeira rodada, a equipe venceu o Botafogo por 6 a 3, mas perdendo de 6 a 2 para o Fluminense na rodada seguinte, voltando a vencer novamente contra Vila Isabel por 3x2, mas perdendo na rodada seguinte para a equipe do Vasco da Gama por 2x1. Após a derrota para o clube da colina, o São Cristóvão emplacou sete rodadas sem perder, goleando o Flamengo por 5x0 e S. C. Brasil por 8x2, depois viria a vitória sobre o Syrio Libanez por 3x1, o empate com o Bangu por 2x2 e as vitórias sobre o América por 3x1, Botafogo por 4x3 e Fluminense por 4x2, perdendo novamente para a equipe do Vasco por 3x2, em partida valida pela terceira rodada do segundo turno, se tornando o principal concorrente pela disputa do título carioca.

Nas rodadas seguintes veio mais uma série de vitórias consecutivas sobre Vila Isabel (2x1), Brasil (6x0), Syrio e Libanez (7x5) e Bangu (2x0), colocando o clube na briga pelo título com 27 pontos ao lado do Fluminense. O Vasco estava com 29, com dois jogo a mais e com a participação encerrada no campeonato. No dia 19 de setembro de 1926, o São Cristóvão empatou em 4 a 4 com o América beneficiando da derrota do Fluminense para o Flamengo por 2 a 0, mas precisando vencer a equipe Rubro-Negra na partida decisiva, que seria decidido na quinta rodada no returno, perdendo por 3 a 1, mas a partida seria remarcada para o dia 21 de novembro de 1926 no estádio na Rua Paysandu. Na partida, o São Cristóvão sobrou em campo. Com três gols do Vicente em e dois do Jaburu, o time da Figueira de Melo fez 5 a 1 e conquistando, pela primeira e única vez, o Campeonato Carioca. Depois do título carioca, o técnico Luís Vinhaes ganhou espaço. Em 1934, foi o treinador da seleção brasileira na Copa da Itália. Em 1933, levou o Bangu a seu primeiro título carioca.

Outros grandes momentos da equipe do São Cristóvão


Além do Carioca de 1926, o São Cristóvão também conquistou o Torneio Início em 1918, 28, 35 e 37 e o do Torneio Municipal de 1943, competição em pontos corridos de um turno com América, Bangu, Bonsucesso, Botafogo, Canto do Rio, Flamengo, Fluminense, Madureira e Vasco. Em 1953, foi campeão do Torneio Quadrangular Cidade de Campinas, disputado contra Guarani, Ponte Preta e o America Football Club, do Rio de Janeiro. O clube teve ainda os artilheiros dos campeonatos cariocas de 1919 (Braz de Oliveira, 24 gols), de 1926 (Vicente, 26 gols), de 1928 (Vicente, 20 gols) e de 1943 (João Pinto, 26 gols).

O campeonato de 1926 foi conquistado brilhantemente, com 14 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Vários grandes foram goleados. O Botafogo perdeu de 6x3, o Fluminense de 4x2 e o Flamengo duas vezes, 5x0 e 5x1. O São Cristóvão já usava seu tradicional uniforme branco. Aliás, a agremiação não possui fardamento reserva, fato único no futebol mundial, além disso esse campeonato seria o fim da briga entre os clubes pela questão de ter jogadores negros e pardo no campeonato. Assim como o Vasco, o São Cri-Cri, como era conhecido também tinha um time mestiço e com o título, clubes como América passaram a ter jogadores negros em seu plantel a partir de 1927, conforme foi citado no livro O negro no futebol brasileiro, do jornalista Mário Filho.

Hoje a equipe está na segunda divisão do Campeonato Carioca e ficou conhecido como a equipe que revelou o atacante Ronaldo, tendo em seu estádio a frase "Aqui nasceu o fenômeno".

Ficha técnica do jogo do título: Flamengo 1 x 5 São Cristóvão
Data: 21 de novembro de 1926
Local: estádio da Rua Paysandu (Rio de Janeiro)
Árbitro: Carlos Martins da Rocha
Flamengo: Amado; Pennaforte e Hélcio; Favorino, Flávio (Alfredo) e Japonês; Allemand, Aché, Nonô, Fragoso (Vadinho) e Moderato.
São Cristóvão: Paulino; Póvoa e Zé Luiz; Julinho, Henrique e Alberto Corrêa; Jaburu, Octávio, Vicente, Arthur e Teófilo.
Gols: Allemand, Jaburu (2) e Vicente (3)

Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de botequim.

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