sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A Primeira Liga rumo ao primeiro passo

Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)  

A primeira rodada da Copa Sul-Minas-Rio terminou, o publico compareceu, mas eu agora, o que podemos esperar para as próximas rodadas, ou para os próximos capítulos envolvendo os clubes, principalmente a dupla Fla-Flu, CBF e FERJ?

Podemos iniciar no inicio da década passada, quando CBF, Globos e as confederações resolveram criar um calendário para o futebol brasileiro, e distribuição de cotas de TV, terminando com os torneios regionais, como a Copa do Nordeste, Taça Rio-São Paul e Liga Sul Minas Rio, gerando uma revolta dos clubes com os envolvidos. Tempos depois, com enfraquecimento dos estaduais, brigas entre clubes, federações, confederação e emissoras de TV, alguns dirigentes optaram em retornar com os torneios regionais, começando pela Copa do Nordeste e a Copa Verde.

Com o sucesso dessas ligas, que tem a autorização da CBF, alguns clubes começaram se unir pela volta da Liga Sul Minas, mas com novos convidados, a dupla Flamengo e Fluminense, que nos últimos anos resolveram romper com a FERJ, que tem apoio de Vasco, Flamengo e os clubes pequenos do Rio de Janeiro.

A entrada da dupla começou uma queda de braço com a FERJ, até que Rubens Lopes, que tem interesse futuro em assumir a CBF, resolveu cortar o valor que seria distribuído aos dois clubes, dividindo entre as outras equipes do Campeonato Carioca. Depois ele solicitou a CBF para que vetasse a continuidade do torneio, que foi feito, colando apenas em caráter amistoso de pré-temporada, que pela regra seria até 30 de janeiro. Essa decisão gerou uma revolta entre os dirigentes dos clubes envolvidos, jornalistas esportivos e até nas redes sociais com a hastag #JuntosPelaPrimeiraLiga, além do apoio do Bom Senso, mas isso não durou menos de uma semana e os clubes venceram a primeira queda de braço contra a CBF e a FERJ, que queriam o torneio apenas para 2017, onde colocaram o torneio no calendário oficial, mas nessa temporada como torneio amistoso. Uma vitória para o futebol brasileiro, mas ainda é pouco.

Ainda é complicado para alguns defenderem a Primeira Liga, até mesmo aqueles que não se juntaram a esses clubes, assim como a dupla Vasco e Botafogo, como os clubes paulistas. Há um jogo de interesse para todos os lados, é claro, isso envolve briga de poderes, cotas de TV e entre outros problemas como publicidade, preço de ingressos e por ai vai.

Claro que isso não mudará a situação do futebol brasileiro, que agoniza, mas pelo menos podemos ter ainda uma ponta de interesses. Vimos em outras oportunidades criação do clube dos treze, assumindo o campeonato brasileiro de 1987 e depois com outra oportunidade da Copa João Havelange e deu no que deu. Outra questão que precisa deixar de lado, é a rivalidade entre os clubes, como aconteceu com Kalil do Atlético Mineiro e o Gilvan do Cruzeiro. A Primeira Liga não será a solução, mas é a oportunidade para que o que existe de ruim no futebol como o que temos na CBF e na FERJ percam forças e no futuro tenha uma mudança. Assim como na questão nos direitos de TV, terminando com o monopólio de um canal e colocando uma divisão mais digna entre as equipes, fazendo do torneio mais atrativo, como um campeonato mais competitivo, o aumento de renda dos clubes, além da permanência de jogadores.

Ainda é cedo para criar uma expectativa sobre o futuro da liga e como a posição futura de outros clubes e confederações, mas é claro que o caminho para a criação de uma liga nacional poderá ser um inicio para o nosso futebol, resta como a CBF deixará os torneios dos clubes, mas a exemplo que tem na Europa, tem dado certo, mas aqui ainda tem a questão da rivalidade, do poder, do interesse financeiro e não ter uma cota dividida entre outros clubes. Espero que eu possa está errado, pois eu torço pelo futuro da liga e se realmente for um sucesso, com bom publico e bons jogos, quem sabe não podemos ver nos próximos anos ligas como a Rio-São Paulo, mas ainda é cedo, mas o importante que os clubes de inicio desafiaram a CBF e a FERJ, que aceitou a continuidade dessa edição do torneio e vamos esperar e que isso der certo e que o futebol brasileiro retorne aos tempos de outrora
.
Reitero também a permanência dos estaduais, pois nossa história esta na essência e nas rivalidades locais. A solução é que possamos também olhar para os clubes de menor investimento, dando também oportunidades nas ligas regionais. Não adianta pensar apenas nos clubes “considerados grandes”, pois todos precisam participar nesse momento pela mudança no futebol e os “pequenos”, assim como o sistema dos estaduais devem ser, permanecem em seu calendário.

Abaixo a nota da FERJ sobre a Primeira Liga:


 
*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Primeira Liga e FERJ
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

1967, ano do primeiro titulo do Campo Grande na era profissional

No destaque, Dadá Maravilha foi revelado e campeão pelo Campusca.

Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes

Hoje o Futebol Retro irá relembrar o primeiro titulo conquistado pelo Campo Grande, clube da Zona Oeste do Rio de Janeiro, no ano de 1967 com o Torneio José Trócoli, que foi disputado paralelamente a Taça Guanabara, competição onde o Campo Grande Atlético Clube conquistou participando na primeira divisão do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.

O torneio foi disputado pelas equipes que não se classificaram para a fase final do Campeonato Carioca e além da primeira taça, o clube revelou Dadá Maravilha para o futebol brasileiro e mundial, quando foi transferido para o Atlético, o galo mineiro, já que o Campusca é o Galo Carioca, rumo ao sucesso. No Campo Grande, Dada Maravilha marcou 26 gols entre 1966 a 1968, incluindo gols nos juvenis e aspirantes.

O Campo Grande estreou no torneio contra o Bonsucesso no dia 22 de julho com vitória de 1x0, gol marcado pelo Hélio Cruz em partida realizada no Maracanã. No dia 30, novamente no Maracanã, a vitória foi contra o Olaria por 2x1, gols marcados por Norival e Adilson para o Campusca e Esteves para o Olaria. No dia 5 de agosto veio a primeira derrota para o São Cristóvão por 1x0, com gol de Juarez, em partida realizada novamente no Maracanã. No dia 12 veio a goleada contra o Madureira por 5x1 com os gols de Nodir e Valmir, dois para cada, Dadá. O Madureira fez o gol de honra com Nando, no Maracanã. Dia 16, veio mais uma vitória contra a Portuguesa por 2x0, gols de Norival e Biriguda, colocando o Campusca na decisão contra o Bonsucesso. Assim como na primeira rodada, o Campusca repetiu o placar por 1x0 com gol de Norival, conquistando o primeiro titulo do clube na era profissional, 27 anos após sua fundação em 13 de junho de 1940.

Além do primeiro titulo em 67, o Campusca também foi campeão do Torneio José Guimarães em 1969 e o titulo de maior expressão que foi o Campenato Brasileiro da Série B em 1982, além da série B carioca em 1985.

Hoje o Campusca tenta voltar a elite do futebol, disputando a terceira divisão do futebol carioca.

Abaixo a os jogos do Campo Grande e a classificação final do Torneio José Trócoli

CAMPO GRANDE 1 x 0 BONSUCESSO
Data: 22/07/1967
Árbitro: Jorge Paes Leme.
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz, Ênio, Nodir e Nilson (Jairo).
BONSUCESSO: Jonas; Luís Carlos, Paulo Lumumba, Jurandir e Albérico; Amaro e Brandão; Gilbert, Jerônimo, Gibira e Dejair (Campista).
Gols: Hélio Cruz 33/2º

CAMPO GRANDE 2 x 1 OLARIA
Data: 30/07/1967.
Árbitro: Hélio Alves.
Expulsão: Ênio 27/1º
Gols: Norival 02/2º de pênalti e Adílson 27/2º ; Esteves 17/2º
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz (Adilson), Ênio, Jairo e Nodir (Guaraci).
OLARIA: Ubirajara; Esteves, Miguel, Osmani e Nilton dos Santos; Hélinho e Eliseu; Naldo, Alcir (Adauri), Antoninho (Araújo) e Escurinho.

SÃO CRISTÓVÃO 1 x 0 CAMPO GRANDE
Data: 05/08/1967
Árbitro: Hélio Alves.
SÃO CRISTÓVÃO: Manga (Espanhol); Lauro, Aílton, Solimar e Édson; Edmílson e Fernando; Nei, Castilho, Juarez (Alexandre, depois Moisés) e Vinícius (Cláudio).
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Hélio Cruz, Ênio (Dario), Nodir e Nilson (Luís Paulo).
Gols: Juarez 18/1º pênalti

CAMPO GRANDE 5 x 1 MADUREIRA
Data: 12/08/ 1967
Árbitro: Aílton Sampaio Duque.
Expulsão: Marcílio
CAMPO GRANDE: Hélinho (Omar); Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival (Jofre); Valmir, Nodir, Dario e Adilson.
MADUREIRA: Carlinhos; Conceição (Luís Almeida), Joel, Russo e Pereira; Marcílio e Elmo (Nelsinho); Anísio, Nando (Roberto), Miguel e Altamiro.
Gols: Nodir 01/1º e 30/2º, Valmir 18/1º e 32/2º e Dario 25/2º; Nando 03/1º

CAMPO GRANDE 2 x 0 PORTUGUESA
Data: 16/08/1967.
Árbitro: José Ferreira de Souza.
Gols: Norival 17 de pênalti e Biriguda 21/2º
CAMPO GRANDE: Hélinho (Zamboni); Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Valmir (Biriguda), Nodir, Dario (Guaraci) e Adilson.
PORTUGUESA: Jurandir; Miguel, Simões, Beto e Zéca; Élcio e Colatina; Humberto, Guará, Pedro Paulo e Dida (Santos).

CAMPO GRANDE 1 X 0 BONSUCESSO
Data: 20/08/1967
Árbitro: Jorge Paes Leme.
Gol: Norival 14/1º
CAMPO GRANDE: Hélinho; Zé Oto, Guilherme, Geneci e Paulo; Romeu e Norival; Valmir (Biriguda), Nodir (Valmir), Dario e Adilson (Gil).
BONSUCESSO: Jonas; Luís Carlos, Paulo Lumumba, Jurandir e Albérico; Amaro e Ivo Sodré; Gilbert, Enos, Campista (Serginho) e Valdir.

1° Campo Grande AC, 8 pontos(campeão); 2° Bonsucesso FC, 6; 3° São Cristóvão FR, 5; 4° Madureira AC, 3; AA Portuguesa, 3 e Olaria AC, 3.

O Artilheiro do Torneio José Trócoli foi Antoninho do Olaria, com 7 gols.

Fontes: Wikipédia, Página do Campo Grande no Facebook e O Craque e as súmulas.

*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Página Oficial do Facebook do Campo Grande
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Os direitos de transmissões dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro



Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

Faltam apenas nove dias para o carnaval e o inicio dos desfiles das Escolas de Samba, que começa na sexta Grupo de Acesso A e depois no domingo com o grupo especial. Apesar de toda tensão do pré-carnaval, além alegorias em período de finalização, entrega de fantasias e apostas de quem será campeã e volta para os desfiles das campeãs, outro assunto vem sendo comentado, aliás, já é um assunto bem comentado nos últimos anos no carnaval, que seriam a as transmissões dos desfiles e os direitos de televisão envolvendo os envolvidos.

Desde 2013, a Globo passou a transmitir apenas no Rio de Janeiro, os desfiles do Grupo A, que até então, passava em outras emissoras, enquanto o canal transmitia os desfiles de São Paulo. Para muitos de nós sambistas e envolvidos no carnaval foi bem positivo, porém, com dezenove agremiações, o canal optou em transmitir a partir da terceira e quarta escola e passar um compacto das primeiras após o termino da ultima escola, porém isso foi comentado e esse formato foi repetido nos anos de 2014 e 2015. 

Já no Grupo Especial, o canal passava os desfiles na integra, repassando os direitos dos desfiles das campeãs para outra emissora (Band e SBT), mas em 2014 ela resolveu passar os desfiles na TV Fechada, no Canal Viva, que pertence ao Grupo Globo começando uma pequena revolta entre os sambistas. Ano passado ela resolveu usar formato que tinha no Grupo A, levando para o Grupo Especial e além disso, terminando de vez as transmissões do desfiles das campeãs, acompanhando apenas pela internet, em seu portal de notícias, o G1. No fim do mesmo ano ela resolveu se meter mais no carnaval, querendo transmitir os desfiles a partir da terceira escola de cada dia, prejudicando as agremiações como Estácio de Sá, União da Ilha, Vila Isabel e Salgueiro, colocando apenas um compacto após o termino da ultima agremiação, gerando uma grande revolta entre as escolas envolvidas. Agremiações, sambistas e componentes foram até as redes sociais protestando contra a decisão da Globo, que teve que acatar, mesmo assim, não vai transmitir a primeira escola de cada dia (Estácio e Vila Isabel), transmitindo o desfile na integra no fim das ultimas escolas.

Após esse período, muitos comentaram essa situação envolvendo a transmissões dos desfiles e os envolvidos que passam os direitos televisivos. A cada ano a Globo tem dado poucos espaços as escolas nos desfiles, apesar de algumas divulgações em seus telejornais como o RJTV e Bom Dia Rio, além das famosas vinhetas que passam no intervalos de sua programação, mas  em si, a transmissão vem perdendo o espaço em sua grade de programação. Claro que essa discussão será longa e muitos de nós teremos que ver o que seria melhor para cada um.

Apesar disso, na parte do carnaval vem crescendo a cada ano. Como a especialização sobre tema, chegada de livros enriquecendo a história cultural do carnaval e isso poderia aprimorar para dentro da transmissão, porém isso não tem acontecido. Não sei detalhes sobre a negociação entre a Globo e a LIESA, mas sei que a emissora tenta interferir na questão dos desfiles, como diminuição do tempo de desfile, alegorias e componentes, gerando revolta entre os dirigentes de algumas agremiações. Claro que a Globo primeiro pensa em seu interesse e para manter as transmissões, que vem perdendo a cada, oferece propostas que seriam “cruéis” para o carnaval. Um desfile com menos componentes, por exemplo, pode gerar perda de rendas para as escolas, que em muitas delas ainda dependem, por exemplo, de renda vinda da prefeitura e até mesmo da própria emissora. Outro fato seria colocar o inicio dos desfiles para mais tarde (em São Paulo, creio eu, começa 23 horas), mas as escolas também não concorda pela questão de encerrar o desfile na luz do dia, apesar que na história, há desfiles antológicos sobre a luz céu, como a Mocidade em 1996.

É claro que ambas precisam entrar em acordos, principalmente para o carnaval. A Globo como detentora dos direitos poderiam fazer isso, como faz em relação a outros esportes e até eventos como o Rock in Rio, repassando os desfiles para canais de seu grupo como Multishow, GNT, +Globosat e entre outras, como também colocar no Pay Per View, já que nesse intervalo na temporada do futebol brasileira também seria uma boa, alem de repassar os direitos de desfiles para canais online como o youtube, onde ano passado retirasse todos os desfiles, podendo trazer um publico mais especifico e apaixonado como vimos no tênis e no automobilismo. Também precisa renegociar os direitos dos desfiles das campeãs, algo que se tornou o costume para muitos, principalmente para os que acompanham os desfiles na Intendente Magalhães, usando o mesmo formato que citei para os desfiles ou mesmo para uma emissora com a TV Brasil.

Ainda veremos muitos capítulos sobre esse tema, mas espero que todos saiam felizes e que o carnaval continue mais forte para o bem de todos. 

*Joseclei Nunes é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em História. Ama futebol, politica, escolas de samba e um bom papo de botequim. 

Imagem: Getty
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

As passagens aumentam e quem paga a conta é você

O aumento das passagens foi de 11,7% no Rio de Janeiro
Por Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)


Assim como todo inicio do ano, as passagens aumentam, porém esse ano ela chegou a R$ 3,80, tendo um aumento de 11,7% aprovado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Seu secretário de Transportes, Rafael Picciani sem cumprir algumas promessas que ele prometera em sua gestão como toda frota com ar condicionado, além da redução da frota de ônibus, com cortes de linhas para a zona sul do Rio, principalmente nas linhas vindo da Zona Norte. Também está previsto o aumento nas barcas, nos trens e até no metro.

As barcas subirão em 12 de fevereiro, de R$ 5,00 para R$ 5,60 (Praça 15-Araribóia), alta de 12%. A tarifa social passará de R$ 3,50 para R$ 4,10. As datas de reajuste são diferentes por causa dos contratos. O metrô, atualmente em R$ 3,70, só deve ter alta em abril. Os reajustes das três concessionárias da Agetransp devem sempre ser anunciados com pelo menos um mês de antecedência. Mas quem ganha com o aumento das passagens?

Esse aumento ocorreu após o governo federal anunciar o aumento do salário minimo de 8,83% em 2015 (de R$ 724 a R$ 788), ou seja, uma porcentagem maior do que o trabalhador assalariado. Além disso, esse aumento lucrará mais ainda para os empresários de ônibus, onde costumam financiar as campanhas eleitorais dos candidatos de quase todos os partidos da prefeitura, com exceção do PSOL, que abriu um processo para vetar o aumento e não aceitam doações de empresas.

Utilizando o comentário do candidato a governador em 2014 pelo PSOL Tarcisio Motta: "a mobilidade urbana é um direito de todo cidadão, mas no mundo em que vivemos se transformou em mercadoria cara e lucrativa para um pequeno grupo de empresários que controla as concessões públicas. (...) A opção pelo rodoviarismo no transporte público da cidade do Rio de Janeiro aliada à falta de transparência e controle sobre as planilhas das empresas gerou uma situação onde os donos das empresas de ônibus ganham tudo e quem paga a conta é o trabalhador carioca. Vejam vocês: isenção de ICMS, redução do ISS de 2% para 0,01%, redução do IPVA pela metade e agora, 13,3% de aumento na tarifa! Isso é um assalto! O Ministério Público e a Defensoria Pública já se manifestaram, afirmando que vão questionar o aumento na justiça, mas nós sabemos que é a mobilização popular que pode barrar mais esse absurdo", falo sobre o enriquecimento de Jacob Barata, de 83 anos, conhecido como “Rei dos Ônibus”, que segundo o artigo do vereador pelo Rede-RJ Jefferson Moura (Clique Aqui) teria “participação em 16 empresas de ônibus municipal no Rio. Entre 2006 e 2007, o HSBC “private bank” de Genebra, na Suíça, indicava que Jacob mantinha US$ 17,6 milhões em uma conta conjunta com a esposa Glória e os filhos Jacob Júnior, David e Rosane.” Jefferson Moura ainda comenta sobre as oligarquias: Se existem “perdas” para os empresários do setor de transportes, por que o povo tem que tapar este rombo? Por que as oligarquias políticas que comandam o Rio acham que é normal que no período de crise o povo tenha que se sacrificar e pagar mais caro pelo transporte? Se há uma crise, o povo não deveria ser poupado? Por que os lucros dos empresários são garantidos pela Prefeitura e o suor dos trabalhadores tem que bancar o aumento? E as transferências de recursos públicos para estes empresários de transportes, por que nós pagamos essa conta?

Os lucros das empresas estão mantidos, Paes, assim como o secretário municipal de transporte Rafael Picciani, o PMDB e seus aliados continuarão recebendo doações para suas campanhas, lembrando que esse ano haverá eleições municipais e eles querem continuar no governo, mas o povo, principalmente o trabalhador que mora na Zona Oeste e Norte pagará as contas com ônibus precários, sem ar condicionado, além de segregar esses moradores, cortando ônibus para Zona Sul, dificultando sua a ida às praias por exemplo. Além dos ônibus, não temos para onde correr. Os trens pioraram nos últimos anos na gestão da SuperVia, não cumprindo horários, apresentando problemas diários, além da superlotação, onde muitos dos carros tem ar condicionado desligado.

A prefeitura não aprendeu com as manifestações de 2013 e naquela época, a passagem era de 2,75, ou seja, em dois anos tivemos um aumento de 1,05, mas nesse mesmo tempo, não vimos melhoras nos ônibus. Agora precisamos pensar nas eleições e vejamos para quem realmente a gestão Paes beneficiou, pois no inicio do ano que vem, quem sabe chegaremos na passagem acima de 4 reais, sem nenhuma mudança na mobilidade urbana do Rio de Janeiro.

Imagem: Getty

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

As causas de ser e as conseqüências de estar


Seis de dezembro de dois mil e quinze será mais uma data manchada de um time com uma grandeza que é o Vasco. O Gigante da Colina mais uma vez padeceu e chegou ao seu terceiro rebaixamento em oito anos. Quem seriam os culpados?

Desde o titulo nacional de 2000, o Vasco continuou como um time grande, mas hoje pensa como o time pequeno, sendo considerado por alguns especialistas como time “Ioiô”. Nesses quinze anos, a equipe só participou de duas libertadores (2001 e 2012), conquistou um titulo nacional (2011) e dois campeonatos cariocas (2003 e 2015). Além disso, ficou apenas entre os dez melhores colocado no brasileiro em apenas três oportunidades (2006, 2011 e 2012) e agora com três rebaixamentos (2008, 2013 e 2015), sendo o primeiro grande a ser rebaixado três vezes e o primeiro a subir para Série A e descer para Série B.

Esses números mostram que entre os grandes, o Vasco foi que teve mais próximo da zona da degola, do que na parte de cima da tabela. Dos que foram rebaixados, não conseguiu se estabilizar por algumas temporadas, ficando acima de Grêmio e Botafogo que não conquistaram nenhum titulo nacional após o acesso. Parece bobagem, mas a situação é critica e o futuro incerto.

Desde que Eurico Miranda assumiu a presidência em 2001, o Vasco começou ter uma crise política com suas reeleições em 2004 e 2007 de formas políticas. Em 2008, Dinamite se elegeu, sendo uma esperança de colocar clube de volta no auge, porém, após a sua reeleção em 2011, Dinamite não cumpriu o que prometera, deixando o Vasco em uma situação pior do que o Eurico deixou em 2008, sendo assim, os sócios com receio que algum outro nome assumisse o poder do Vasco, acharam que Eurico Miranda, seria o “menos pior”, trazendo de volta ao comando do clube no fim do ano passado.

Eurico voltou e mais uma vez nada mudou, mas voltaram as provocações em relação ao Flamengo, arrumou briga com o Fluminense em relação do lado da torcida do “New Maracanã”, além de se juntar com Rubens Lopes na FFERJ, tão criticada pela dupla Fla-Flu e pela mídia. O Vasco começou a temporada de 2015 contratando mais de 20 jogadores, trouxe Doriva, acreditou em uma recuperação do Dagoberto e de forma polemica, conquistou o estadual, depois de doze anos.

Após o titulo do estadual, a torcida começou acreditar que o Vasco voltaria, ainda mais com o jargão “o respeito voltou”, mas não foi bem isso que aconteceu. O começo do primeiro turno foi fraco. Jogadores que eram destaques do carioca caíram de produção, sendo alguns negociados e outros perdendo espaço no elenco. Com a demissão de Doriva, Eurico agiu como sempre agiu, acreditando no Celso Roth, sempre criticado pela torcida e pela mídia, mas depois de tanta pressão, Roth foi demitido, porém vieram mais reforços, em sua maioria, na parte ofensiva e veio o técnico Jorginho. O time melhorou no segundo, perdeu alguns pontos em alguns jogos no final da partida, mas isso não ajudou e o Vasco chegou a seu terceiro rebaixamento em três anos.


Hoje na coletiva, Eurico assumiu toda culpa, mas criticou Dinamite, porém ambos tem grande parcela pela situação atual do Vasco e dificilmente esse cenário possa mudar, mas com todo apoio da torcida, que é apaixonada e na espera por um grupo que venha honrar a história do Vasco e que faça mais pelo futebol, pois o futuro é incerto e nessa situação, o Vasco continuará grande, mas está como um pequeno e isso é algo a pensar.

Texto e Edição: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Foto:  Lancenet/Divulgação

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Vasco, 117 anos de conquistas e glórias


Sim, o Vasco está em crise, enfrentando mais uma chance de rebaixamento, que poderá ser a terceira em oito anos. Sim, o Vasco vive um momento político conturbado, gerando uma divisão entre aqueles que são prós e contras a gestão Eurico Miranda, mas uma coisa a instituição Vasco da Gama nunca deixará de ser o Gigante da Colina, que tem uma massa de 10 milhões de apaixonados.

A luta pelo rebaixamento é apenas de muitas lutas que o Vasco enfrenta. Clube fundado por um grupo de 63 rapazes, imigrantes portugueses e luso-descendentes, onde se reuniram em uma sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, localizado no bairro da Saúde, fundando o clube de remo Club de Regatas Vasco da Gama, quando eram comemorados os 400 anos da viagem do célebre almirante à Índia.
Em 1904, O Vasco elegeu o primeiro presidente não-branco da história dos clubes esportivos em atividade no Rio, sendo o oitavo presidente da história do clube. Numa época em que o racismo dominava o esporte, Cândido José de Araújo, um mulato que não dispensava a elegância de um cravo branco na lapela, fez uma gestão exemplar, apresentando o Vasco como um clube aberto e sem preconceitos.

O futebol só veio em 1913, com a criação do Lusitânia era um clube restritivo, que só aceitava portugueses como sócios, o que o impedia de ser incorporado à Liga Metropolitana de Sports Athléticos. O Vasco, por outro lado, aceitava tanto portugueses como brasileiros como sócios. Um acordo entre os clubes celebrado a 26 de novembro de 1915 levou à fusão dos dois, dando origem ao departamento de futebol do Vasco da Gama, mesmo contra alguns remadores, que não aceitavam a criação do departamento de futebol. O Vasco estreou a 3 de maio de 1916, na terceira divisão, perdendo por 10 a 1 contra o Paladino Foot-Ball Club.


O clube então incorporou em seu quadro, jogadores de origem étnica, com a condição que soubessem jogar futebol e em 1922, o Vasco conseguiu o primeiro título ao derrotar o Carioca por 8 a 3, ficando com a taça Constantino, garantindo a ida para a Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). A campanha do clube foi excelente, com onze vitórias, dois empates e uma derrota, sagrando-se assim campeão do Campeonato Carioca de Futebol de 1923 no seu ano de estreia. O time vascaíno era composto por jogadores de várias origens, como negros, mulatos, portugueses e brancos pobres da classe operária, fazendo diferença a outros clubes como Fluminense, América e Flamengo, que não aceitavam ser derrotados por um time formado por negros e pobres e que nem estádio possuía e no ano seguinte deixaram a LMDT e funda a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA).

O Vasco permaneceu na LMDT, ao lado de clubes que não aceitaram as condições ou que não conseguiram cumpriram as exigências da AMEA (casos do Bonsucesso, Andarahy, Villa Isabel, Mackenzie), sendo campeão da Liga Metropolitana em 1924 e no ano seguinte, houve acordo entre o clube e a AMEA, costurado em boa parte por Carlito Rocha, futuro presidente do Botafogo. O Cruzmaltino manteve seus atletas. E o clube, com seus jogadores negros, mulatos e pobres, entraram para a história esportiva do país ao contribuir decisivamente para tornar o futebol um esporte realmente de todos os brasileiros.



Em 1927, em uma campanha de arrecadação permitiu que o sonho se tornasse realidade, com a construção de São Januário, que até 1941, com a inauguração do Pacaembu era o maior estádio do país.



Chegando à década de 40, o Vasco montou um timaço, conhecido como “Expresso da Vitória”, com Augusto, Eli, Lelé, Isaías, Jair, Danilo, Ipojucan, Fiaça, Ademir e entre outros. Com esse elenco, o time, o Vasco conquistou o Campeonato Sul-Americano de Campeões e foi a base da Seleção Brasileira na Copa de 1950.


Assim foram nas décadas seguintes, como na década de 70, o time foi campeão brasileiro em 1974 e alguns nomes que entraram para história do clube como Roberto Dinamite, Zanata, Alcir, Ademir, Jorginho Carvoeiro e entre outros. Na década de 80 outros nomes como Romário, Bebeto, Sorato, Acácio trouxe o bicampeonato brasileiro, em 1989 e nome como o do Cocada, campeão carioca em 1998, sobre o Flamengo.


Outros títulos vieram, o Brasileiro de 97 e 2000, a Libertadores, conquistada em seu centenário em 1998, a MERCOSUL em 2000, com uma das viradas históricas no futebol brasileiro, assim como a Copa do Brasil em 2011 e de grandes ídolos como Edmundo, Felipe, Pedrinho, Carlos Germano, Helton, Juninho Pernambucano e entre outros fazem do Vasco um clube gigante e mesmo com toda crise que vive no momento atual, a história que as adversidades virão, mas no final sempre dará a volta por cima.


Parabéns Vasco pelos 117 anos de existência e que sua grandeza seja eterna como toda sua história. 



Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Um romance de carnaval


Conto publicado no Wattpad: Entre Crônicas e Contos

João Marcos é escritor e estudante de Jornalismo. Ele como muito dos cariocas é um amante do carnaval eu um apaixonado pelas escolas de samba. Mas o ano de 2005, seria um atípico e nas vésperas das disputas de samba e há meses de seu casamento, seu noivado de quase 6 anos terminaria e para surpresa de João, sua amada foi embora para África do Sul.

Após termino de seu noivado, ele resolveu deixar de lado por um tempo aquilo que ele mais amava, mas com o carnaval chegando, o desejo de João em voltar a frequentar, mesmo que na etapa final dos ensaios das escolas de samba, era grande, mas depois de muitos anos, ele decidiu que não iria ao sambódromo acompanhar os desfiles e sua escola de paixão, a São Clemente, já que João foi nascido e criado nas redondezas de Botafogo.

Na semana anterior, João resolveu programar seu roteiro para acompanhar pela primeira vez o carnaval de rua, que vem crescendo a cada Ana, mas algo entraria na história, Na sexta-feira, semana que antecede ao carnaval, ele decidiu pular no famoso Bola Preta e quando foi comprar a sua camisa para acompanhar o bloco, ele ficou encantado com uma jovem morena, aparentemente 25 anos, cabelos cacheados, corpo perfeito.

Após o termino de seu noivado, João evitou por algum tempo se aproximar de outra mulher, mas parecia que dessa vez seria diferente e sem hesitar, ele foi em direção da menina.

- Com licença, vir até aqui, pois fiquei muito encantado com a sua beleza e mesmo sabendo que estamos em um bloco pré-carnaval, resolvi chegar até aqui e tentar conhecer mais sobre você e por que fiquei tão encantado por você.

Ela timidamente sorriu, mas respondeu. - Meu nome é Eduarda, sou capixaba e estou a três dias no Rio de Janeiro, mas o que fez você vir até aqui?

- Realmente não sei, mas acho que foi o seu sorriso e algo de diferente que não via em outras pessoas, mas é a primeira vez que você está aqui no Rio de Janeiro.

- Na verdade sim, eu acabo de me formar na faculdade e resolvi tirar férias no Rio de Janeiro, pois sempre gostei do carnaval daqui e achei que seria o momento exato de conhecer.

João sorriu e perguntou. - Então você também gosta de carnaval, mas me diga o que mais gosta e o que já está achando dessas férias?

- Desde pequena, minha família sempre foi ligada ao carnaval. Meu avô é carioca e fala muito do carnaval daqui. Essa paixão passou para o meu pai, que é um dos diretores da MUG, uma escola de samba tradicional na cidade de Vitória.

João então ficou surpreso ao descobrir que aquela beleza, também tem uma paixão pelo carnaval.

- Interessante apesar de acompanhar bem pouco o carnaval de Vitória, aliás, elas não estão desfilando nesse fim de semana?

- Sim, mas na verdade, eu não desfilo na escola já faz alguns anos e mesmo com titulo conquistado no ano passado, não me interessei em voltar, mas você também desfila?

- Na verdade, também não desfilo, mas sempre acompanhei os bastidores do carnaval, pois sempre fui apaixonado por tudo que envolve as escolas de samba, mas nunca me interessei em fazer parte de uma agremiação, apesar de ser Botafogo e apaixonado pela São Clemente, que hoje desfila pelo grupo de acesso, mas você também falou que tinha se formado a pouco tempo, correto?

- Sim, me formei em Geografia e você, também é formado?

- Estou no penúltimo período em jornalismo

- Legal e após de se formar, o que pensa em fazer?

- Na verdade ainda não sei. Estou iniciando um romance e talvez não fique na área da comunicação, mas hoje escrevo para dois sites sobre carnal e de vez em quando, reviso textos para ganhar um extra e você?

- Sou assistente administrativa, mas pretendo seguir a carreira, pois quero ser professora.

- Será uma bela professora. Enquanto a conversa ia fluindo entre os dois, os foliões começavam a caminhar com o bloco, João nesse momento chamou a Eduarda para um lugar mais tranqüilo.

- Topa em sair daqui e irmos para um lugar mais tranqüilo.

- Claro, para onde vamos?

- Podemos ir para a Lapa, conhece?

- Na verdade só de nome, mas aceito o convite

João então chamou o táxi e levou Eduarda para um dos bares da noite da Lapa.

- Aqui é a Lapa, terra da boemia, dos malandros, mas então me diga, já que gosta de carnaval, gosta também de samba?

- Sempre gostei de música, mas ouço pouco de samba. Lembro do meu pai ouvindo Clara Nunes, Dona Ivone Lara, João Nogueira e entre outros, mas sou uma apaixonada pelo Blues e pelo Jazz e as vezes fico horas ouvindo Billie Holiday e Ella Fitzgerald.

- Acho interessante essas cantoras, mas sempre fui ligado ao samba, assim como seu pai, mas a minha paixão sempre foi pelos sambas de enredo, que desde pequeno são as minhas paixões, mas esse ano fiquei um pouco afastado e estou meio que por fora.

- Houve algo com você?

- Sim, terminei um noivado de anos quase no fim do ano e isso me desmotivou, por isso que gostaria de freqüentar novos ares nesse carnaval até encontrar você.

Sem reação, Eduarda agradeceu, mas ainda ficou tímida ao ver o flerte de João Marcos.

- Fico lisonjeada pelo elogio e pelo pouco tempo que conversamos, percebi que é um homem bastante interessante e sinto muito pelo fim do noivado.

- Já foi e agora estou aqui, conversando com você que também é uma mulher muito interessante.

Enquanto o tempo passava e os dois já estavam tontos devido a bebida, João falou que depois do fim de seu noivado, ela foi a coisa mais importante que ele conheceu, sem reação, Eduarda ficou vermelha e não resistiu ao beijo.

No momento do beijo, João falou que ela seria a melhor conquista em muitos anos de carnaval que ele acompanhou, então convidou Eduarda para sua casa, que fica no bairro do Flamengo, quinze minutos da Lapa. Naquela noite, eles se amaram como nunca tinha acontecido para ambos e no dia seguinte parecia até o ano novo, onde ficaram o dia todo na cama se conhecendo, se amando e planejando como seria o carnaval para os dois.

Enquanto João queria maneirar e cair na folia em poucos blocos na cidade do Rio de Janeiro, Eduarda planejava curtir os quatros dias, mas o destino planejou outros eventos nesses dias e a partir dali, João renasceu e viu em Eduarda a coisa mais importante que tinha acontecido para ele, mas a distancia atrapalhou o inicio dessa paixão, mas no fim Eduarda, mesmo contra os pais, saiu de vitória para o Rio de Janeiro onde queria viver um lindo romance que começou no carnaval.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A aparência realmente importa?


Artigo postado no Blog Jovens Cronistas: Clique Aqui

Será que no mundo de hoje ainda podemos analisar as pessoas ou até objetos pelo simples fato de julgar como é, em vez de realmente conhecê-la?

No mundo e na sociedade que vivemos, estamos ficando mais narcisistas, consumimos produtos pelo simples fato de ser aceitos na sociedade, mas será que realmente somos felizes em mostrar o que realmente não somos e porque alguns ainda julgam o livro pela capa.

A questão da aparência hoje está em todos nos lugares na sociedade, envolvendo classes sociais, estilos de música, cor da raça e até mesmo em receber um presente só pelo simples fato da embalagem ser bem apresentado?

Assim como a psicóloga clínica e terapeuta de casal e família da PUC/RJ Viviane Lajter Segal. “Vivemos em uma sociedade em que ter é mais importante que ser. Um exemplo é a ênfase cada vez maior na beleza e estética com uso desenfreado de cirurgias plásticas e dietas radicais inclusive entre jovens.” Quem do seu lado hoje não tem um celular de ultima geração, assim como a roupa da moda ou até mesmo aquele carro importando só pelo simples fato de está dentro de uma sociedade que impõem a ter isso. Assim como ter aquela cor ou corte de cabelo utilizado por uma atriz em uma novela ou em um comercial de beleza. A mídia de fato faz você buscar a beleza e ser como aquela famosa.

Essa seria a grande questão de entender a nossa sociedade, que está ficando mais narcisista e em maioria, o conteúdo vira uma coisa secundária. Um exemplo nos tais aplicativos de relacionamentos como Tinder, Badoo, Kickoff e entre outros. Muitos desses “apps” criam várias maneiras de unir as pessoas, porém peca no mesmo erro, pois de que adianta um usuário colocar em seu perfil que tem um gosto musical, gosta de frequentar lugares cultos se não tem uma boa aparência? Vira mais uma pessoa invisível que não estaria nos padrões da sociedade e teoricamente deixaríamos de conhecer aquela pessoa que tem tudo a ver com você, só pelo simples fato de julgá-lo pela aparência.

Outro fato de gostaria de analisar é sobre os esportes femininos. Com o Pan Americano sendo realizado em Toronto no Canadá, assim como o mundial de feminino e os torneios de Grand Slams de Roland Garros e Wimbledon. A imagem da saltadora Ingrid Oliveira criou uma polêmica, por culpa de comentários machistas de alguns de seus seguidores e toda vez que temos um assunto envolvendo o esporte feminino, sempre vimos à mídia mostrando a beleza das atletas do que o incentivo de seus talentos. Um exemplo é Serena Williams, que está prestes de ser a maior vencedora do tênis feminino, mas poucos falam das conquistas e da importância da atleta para a história do esporte e muitos comentam nas belezas de tenistas como Maria Sharapova e Ana Ivanovic. Toda vez que a Serena conquista um título, sempre vem as criticas sobre o seu corpo e até mesmo com a sua cor com comentários sexistas e racistas. Serena, Ingrid, Maria, Ana e outras atletas merecem  mais do que uma simples foto  ou até mesmo ser julgadas pela a aparência. É preciso reconhecer a luta e o talento de cada atleta feminina como deveria ser.


Ainda precisamos entender que as coisas não podem ser pré-julgadas como elas são, é preciso conhecer seus conteúdos, fazer outra análise de quem elas realmente são, pois não se enganem pelas aparências ou belezas, pois elas sempre enganam.

Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagem: Getty

domingo, 19 de julho de 2015

Cuba, a surpresa caribenha na Copa de 1938



Postado no blog Futebol Retrô: Clique Aaqui

Em período de Copa Ouro, Pan Americano e reconciliação entre Estados Unidos e Cuba, após a revolução Cubana em 1959 e o embargo comercial econômico, comercial e financeiro em 1960, pouco foi citado sobre a Seleção de Futebol de Cuba, porém a equipe caribenha teve uma única participação em Copas, no ano de 1938.

A Copa de 1938 foi a terceira Copa realizada e França derrotou Argentina e Alemanha, causando o desconforto entre as federações da América do Sul, acreditando que as sedes deveriam ser alternadas entre os dois continentes. O torneio foi às únicas participações das Índias Orientais Neerlandesas (agora Indonésia) e Cuba, que se classificou após as desistências de Estados Unidos, Colômbia, México, El Salvador e Guiana Neerlandesa (agora Suriname).

A copa de 1938 foi de formato eliminatório, assim como em 1934, caso de empate, tinha mais 30 minutos de prorrogação em caso de persistência do placar, um jogo de desempate era realizado e na estreia como cabeça de chave contra Romênia com os seguintes selecionados do técnico José Tapia para a competição.

Goleiros: Benito Carvajales (Juventud Asturiana) e Juan Ayra (CD Centro Gallego); Defensores: Jacinto Barquín (CD Puentes Grandes) e Manuel Chorens (CD Centro Gallego); Meio de Campo: Joaquín Arias (Juventud Asturiana), Pedro Berges (Iberia Havana), Arturo Galcerán Nogués (Iberia Havana) e José Antonio Rodríguez((CD Centro Gallego); Atacantes: Juan Alonzo (Fortuna Havana), Tomás Fernández (CD Centro Gallego), Pedro Ferrer (Iberia Havana), José Magriñá (Centro Gallego), Carlos Oliveira (Hispano América), Héctor Socorro (CD Puentes Grandes), Mario Sosa (Hiberia Havana), Juan Tuñas (Juventud Asturiana).

Delegação que foi para França em 1938

No dia 5 de junho, no Estádio Chapou, em Toulouse, Cuba e Romênia empataram em 3/3 com os gols de Socorro (44’ e 103) e Magriña (69) para os cubanos e Bindea (35’), Barátky (88’) e Dobay (105’) para os romenos. O jogo de desempate foi realizado em 9 de junho no mesmo estádio em Toulouse e os cubanos garantiram a classificação vencendo a Romênia de virada, com os gols de Socorro, contra (51’) e Fernández (57’). Dobay (35’) fez o gol para os romenos. Essa foi a primeira vitória de Cuba e de uma seleção do Caribe em Copas do Mundo.
Vitória sobre a Romênia garantiu a classificação paras as quartas de finais

Classificado para as quartas de final, no dia 12 de junho, Cuba entrava no campo do Stade du Fort Carré, em Antibes, contra a Suécia e apesar da classificação sobre os romenos na primeira fase, a Seleção Cubana foi goleada por 8/0 para os suecos com os gols de Anderson (9’, 81’ e 90’) Wetterström (32’, 37’ e 44’), Keller (80’) e Nyberg (84’), terminando a sua participação na França, ficando na sétima posição.

Apesar da eliminação, a Seleção Cubana foi a primeira seleção da federação, que hoje é COCACAF vencer uma seleção da Europa e o maior feito da seleção, já que ela não participou outras copas.

O futebol não é o principal esporte do país, que é o beisebol, Raul Castro, quando era ministro da defesa em 2006, comentou que Cuba também jogaria futebol, que a primeira partida no dia 11 de dezembro de 1911, quando o Rovers venceu o Hatuey por 1 a 0, no campo do Parque Paladino, no centro de Havana, mas as chances da seleção de voltar disputar uma Copa são vagas, apesar de ter conquistado a prata em 1979 e bronze em 1971 nos jogos pan americanos, o 4º lugar  na Campeonato da CONCACAF (hoje Copa Ouro da CONCACAF), Vice campeonatos na Copa do Caribe em 1996, 1999, 2003 e 2005 e o titulo de 2012.


Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes)
Imagens: Getty e O curioso do futebol

1989, o ano que a Colômbia conquistava a primeira libertadores


Postado no blog Futebol Retrô: Clique Aqui 

No dia 31 de maio de 1989 o Atlético Nacional derrotava nos pênaltis o Olimpia do Paraguai, conquistando a primeira Copa Libertadores para o país. O estádio Nemesio Camacho 'El Campin' em Bogotá se tornou palco da façanha dos “Colombianos Puros” após o Atanasio Girardot de Medellín não ser autorizado pela Confederação de Futebol da América do Sul (Conmebol) para a final, devido as capacidades mínimas requeridas.

 Cerca de 250 ônibus da capital de Antioquia, com os fãs do Nacional, chegou a Bogotá, onde 50 mil espectadores encheram as arquibancadas do 'El Campin'. O Atlético Nacional foi liderado por Francisco Maturana e a equipe formada por René Higuita, Luis Carlos Perea, Andrés Escobar (RIP), Gildardo Gómez, John Jairo Carmona, Alexis Garcia, James 'Jimmy' Arango (Perez Felipe 'pipe' (RIP) ), Luis Alfonso Fajardo (NIVER Grove), Albeiro Usuriaga (RIP), e John Jairo Trellez. Os gols foram marcados por Gustavo Benitez, aos 46', e Usuriaga aos 64'. A partida foi para os pênaltis, porque no jogo de ida, em Assunção-PAR, Olimpia foi derrotado pelo mesmo placar.
Usuriaga levanta o trófeu da Libertadores de 1989.
 Os jogadores do Olimpia que cobraram os pênaltis: Já Almeida (fora), Gustavo Benitez (gol), Herib Chamas (gol), Alfredo Mendoza (gol), Raul Amarilla (gol), Gabriel Gonzalez (perdeu), Jorge Guasch (perdeu), Fermin Balbuna (perdeu) e Vidal Sanabria (perdeu). Os jogadores do Nacional que cobraram os pênaltis: Andres Escobar (gol), Albeiro Usuriaga (gol), John Jairo Trellez (gol), Alexis Garcia (perdeu), Rene Higuita (gol), Felipe 'pipe' Perez (perdeu), Gildardo Gómez (perdeu), Luis Carlos Perea (perdeu) e Leonel Alvarez (gol), garantindo a vitória para equipe colombiana por 5/4. O capitão 'beldroegas', Alexis Garcia ergueu o troféu colocando o Nacional como o melhor time do continente sul americano classificando a equipe para o mundial interclubes, onde jogou contra o campeão europeu AC Milan, o título de melhor clube do mundo. A partida foi vencida pelos italianos por 1-0.
22- Nacional campeon copa libertadores -Jun 1 de 1989 BR
Jornal colombiano de quinta-feira noticia a conquista do Atlético Nacional.
Caminho para o título
 O Nacional ganhou o direito de participar da Copa Libertadores 1989, depois de ser o segundo colocado do Campeonato Colombiano. O Millonarios, o outro representante da Colômbia, foi o campeão. Os 25 jogadores listados para a participação do torneio intercontinental: René Higuita, Andrés Escobar, Didi Alex Valderrama, Oscar Galeano, Jaime Arango, Geovanis Cassiani, Gildardo Gómez, Luis Fernando Suárez, Fernando Leon Villa, Luis Fernando Herrera, Jaime Serra Porras, Ricardo Perez, Albeiro Usuriaga, John Jairo Trellez, John Jairo Carmona, Felipe Perez, Luis Alfonso Fajardo, Miguel Nunez, NIVER Arboleda, Jose Fernando Castañeda, Ivan Dario Castañeda, Alexis Garcia, Jairo Juan Galeano, Leonel Alvarez e Luis Carlos Perea.A comissão técnica foi integrada por Francisco Maturana (Técnico), Hernan Dario Gomez (assistente técnico), Diego Barragan (Preparador físico), Hernán Luna (Médico), John Jairo Restrepo (Fisioterapeuta) e Francisco Jaramillo (Equipment Manager). 
Elenco verdolaga campeão de 1989. Dentre eles pode-se destacar René Higuita, Usuriaga e Arango.
 Na primeira rodada do torneio continental, que atraiu um total de 20 equipes divididas em cinco grupos, o Nacional foi colocado no Grupo 3, com o Millonarios e Deportivo Quito e Emelec, ambos do Equador. Após seis jogos disputados, a equipe se classificou em segundo, com sete pontos, obtendo duas vitórias (contra Deportivo Quito e Emelec, em Medellín), três empates (Millonarios em Bogotá; Emelec em Guayaquil; e Deportivo Quito em Quito) e uma derrota (Millonarios em Medellín). O Millonarios, que somou 10 pontos, ficou com a liderança no grupo.

 Nas oitavas de finais, o Nacional enfrentou o Racing, campeão argentino, vencendo o primeiro jogo por 2/0 em Medellín com os gols de Tréllez e Villa, e perdendo por 2/1 na Argentina, classificando-se para as quartas de final, em mais um confronto contra o Millonarios. No jogo de ida disputado em Medellín, o Nacional venceu por 1/0 com o gol de Usuriaga, na semana seguinte, a equipe 'beldroegas' chegou nas semifinais após empatar 1/1 em Bogotá. O Danubio do Uruguai era o próximo time a ser abatido. 'El Verde' empatou a primeira partida em Montevidéu em 0/0 e goleou na volta por 6/0, com quatro gols de Usuriaga, um de García e outro de Arboleda. Para alegria da torcida em Medellín, o time colombiano avançou para a final, garantindo o primeiro titulo para Colômbia, quebrando a série de títulos dos países como Brasil, Argentina e Uruguai. A equipe campeã em 1989, foi também a base da seleção colombiana que disputou a Copa de 1990, com oito jogadores, além do técnico Francisco Maturana.

O troféu obtido pelos colombianos no final da década de 80.
 

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