domingo, 18 de dezembro de 2016

Editorial - Refletindo sobre o Mundial de Clubes


Criado em 1960 o torneio teve diversos nomes e formatos entre os participantes até o formato atual realizado pela primeira vez em 2005. Após onze anos do torneio sobre o comando da FIFA, o formato volta a ser questionado e comentado entre diversos diretores da entidade e jornalistas esportivos. Muitos questionam sobre o desinteresse dos clubes europeus e do enfraquecimento das equipes sul-americanas, que venceu apenas com o Corinthians após a mudança ao formato atual. Qual seria o formato ideal para que o torneio seja mais atrativo e mais competitivo entre os participantes?

Nos primeiros anos do torneio e com o nome Copa Intercontinental entre as equipes vencedoras dos torneios da América do Sul e da Europa. De 1960 a 1979, as partidas eram realizadas em dois jogos, uma na Europa e outra na América do Sul. A partir de 1980 o nome do torneio mudou para Copa Toyota em partida única realizada no Japão nos anos de 1980 a 2001 realizadas na cidade de Tóquio e 2002 a 2004 em Yokohama, mas com o mesmo formato entre vencedores dos dois continentes.

No Fim da década de 90, a FIFA resolveu assumir o torneio, realizando o primeiro torneio entre os clubes, adicionando outras confederações e o campeão do país sede. Em 2000 foi realizado esse torneio com oito participantes no Brasil. O formato foi de dois grupos de quatro, o campeão de cada grupo se classificava na final e o segundo para disputa do terceiro colocado. Em 2001 o torneio seria realizado na Espanha, porém, retornou apenas em 2005 com o formato de mata-mata, sem o clube campeão local e dois anos em cada país, mas com o formato garantido as equipes da América do Sul e Europa nas semifinais. Em 2009 o campeão do país sede foi adicionado ao torneio, participando de um playoff para se classificar ao torneio para as quartas de finais, sendo o formato atual do campeonato.

Vários formatos e sedes aconteceram no mundial de clubes. Nos últimos anos vimos a soberania dos clubes europeus e o enfraquecimento das equipes sul-americanas. Com a globalização e o mercado da bola mais favoráveis as equipes da Europa, outras equipes acabam perdendo seu principais jogadores após conquistarem seus títulos continentais, ficando mais fracos na participação do torneio. Mesmo assim há críticas as equipes campeãs da América do Sul, pois estando garantidas na semifinal do torneio, não representa mais classificação para a final como no passado e em três ocasiões foram eliminados para equipes do país sede. Outro desfavorecimento seria contra as equipes da CONCACAF, sempre enfrentando equipes da Europa, e financeiramente vivem momento um pouco melhor que as sul-americanas, mas sem tradição nos torneios, assim como a Ásia por causa do futebol chinês que está investindo pesado para fortalecer a liga local e ser uma das principais forças do continente.

Por essas questões e outras, precisamos repensar sobre o formato do torneio. Teoricamente é ruim para o calendário de ambos, seja o mês escolhido. Nesse ponto é comentado um torneio aos moldes da Copa do Mundo, realizados a cada quatro anos ou até dois anos. Aumentar o número de participantes como os campeões da Liga Europa, Copa Sulamericana e outras ligas secundárias de outros continentes, além de colocar os vices de cada torneio. Muitos formatos são estudados e na minha opinião o melhor formato seria de grupos como em 2000, mas com semifinal e final, mas isso será conversado nos próximos anos e pelo que vejo nos noticiários esportivos, em 2019 será com um formato diferente. Agora resta acompanhar e opinar até la.

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*José Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em história. Ama futebol, política e um bom papo de botequim.

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