terça-feira, 19 de agosto de 2014

O fator Marina Silva


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Muitos estão comentando pela suposta vitória do segundo turno sobre a Dilma segundo o Datafolha. Mas vamos, desde os falsos protestos de junho, o nome de Marina era considerado uma opção para derrubar a política tradicional que sempre fica entre PT e PSDB. 


O nome de Marina faz alguns eleitores do Aécio que talvez por não conhecer Eduardo Campos, voltarão a optar pelo nome de Marina. Segundo a BBC, Marina teria apoio de evangélicos e alguns simpatizantes do PSOL, será que essa galera abandonará Pastor Everaldo e Luciana no pleito? O partido da Marina, não conseguiu o registro do TSE, mas partidos como PROS e Solidariedade conseguiram, mas porque a REDE não conseguiu? A galera de esquerda, assim como os Neo-ateus, como simpatizante de partidos retrógrados como PT e PSDB podem reclamar, resmungar, mas o nome da Marina vai incomodar nessas eleições e se for para o segundo turno, têm sim grandes chances de vitória, independente de quem seja o adversário.


Com certeza para os presidenciáveis e seus aliados, o nome de Marina no pleito poderá ser uma preocupação. A pesquisa realizada pelo Datafolha não será apenas um motivo que possa religar a recente morte de Eduardo Campos, o próprio Campos correu atrás de Marina para se unir a sua coligação, após não ter conseguido o registro do seu partido.


Com decorrer da campanha de Campos, o ex-governador de Pernambuco talvez não estivesse ganhando tantos votos segundo as intenções de votos, pois sempre em terceiro entre e 5 a 10%, meses antes, a pesquisa com o nome de Marina, ficava com empates técnicos entre Aécio e Dilma e algumas vezes, atrapalharia a chance de reeleição da candidata do PT. 


Por isso o PT estaria remontando a estratégia de campanha e segundo o site O Tempo estariam buscando alianças com descontentes da aliança entre e REDE e PSB, para se juntarem eu seus palanques, entre eles candidatos a governador e prefeitos, outro fato que atrapalharia os petistas, seria a história de Marina no próprio partido, podendo tirar votos preciosos para a Dilma. Realmente para o PT, Marina possa gerar uma grande preocupação, pois com Campos, talvez a chance de Dilma ganhar no primeiro turno poderia ser real, mas com a Marina no pleito, cresce a chance de um segundo turno, podendo até perder as eleições para a ex-senadora.


Para o PSDB, a situação seria mais preocupante. A cúpula do partido já teme que a ida para o segundo turno contra Dilma esteja ameaçada já que com Campos, o cenário estava “perfeito” para os planos do PSDB e com a entrada da ex-senadora, passou ser certo incomodo primeiro por Marina ter conquistado 20 milhões de votos em 2010 e segundo, a perca de votos que o PSDB poderia conquistar daqueles que não queiram a reeleição da Dilma e tinha Aécio como uma esperança. Agora resta saber como irá se portar a galera do PSDB e como seria a estratégia em conseguir votos que seriam de Campos e de indecisos, para enfim poder buscar o segundo turno, mas sempre de olho do fator Marina.


É claro que ainda é cedo para especular um resultado mais profundo. É preciso deixar passar um tempo após a tragédia envolvendo Eduardo Campos. Vai depender de como irá se comportar cada um dos três candidatos. Aécio e Dilma são favoritos, mas vive com rejeições, Marina ganhou força depois de 2010 e se fortaleceu como opção após os protestos de 2013. Hoje começa o horário eleitoral, sem falar dos debates que virão no decorrer até outubro. Mas uma coisa é quase certa, o fator Marina incomodará PSDB e PT e agora fica quase incerto o resultado nas eleições, mas que ela virá mais forte e preparada do que 2010 e com certeza vai querer entrar na disputa. Então, até outubro.

Texto e Edição: Joseclei Nunes

Foto: VEJA

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